Na relação pais e filhos é importante que ambos se conheçam mutuamente, no entanto, os filhos, como bons observadores, conhecem muito bem os pais que têm, enquanto os pais, em geral, não costumam conhecê-los tão bem quanto imaginam.
Sabendo que somos
observados, precisamos cuidar de nossos comportamentos e atitudes, pois, de
acordo com aquilo que apresentamos, podemos colher resultados tanto positivos
quanto negativos na educação dos nossos filhos.
Quando somos permissivos e não possuímos firmeza em nossos
posicionamentos podemos nos tornar presas fáceis para filhos manipuladores.
Eles, sabendo dessa fraqueza e fragilidade, poderão utilizar isso para
benefício próprio utilizando de chantagens e manipulações.
Filhos de pais previsíveis se relacionam com eles da mesma forma que se relacionam com a tevê da sala, ou seja, os pais assumem o papel da tevê, e os filhos tomam posse do controle remoto. Sabem como ninguém quais são os botões que devem apertar para conseguirem o que desejam. Conhecem-nos tão bem que sabem por antecipação quais serão nossas atitudes e reações. Sabem quantas vezes será preciso insistir para conseguirem o que buscam; sabem o momento exato de pedir por algo; sabem quais truques ou artimanhas devem utilizar para nos ludibriar; sabem, por exemplo, que fazemos muito barulho mas não possuímos ações.
Filhos de pais previsíveis se relacionam com eles da mesma forma que se relacionam com a tevê da sala, ou seja, os pais assumem o papel da tevê, e os filhos tomam posse do controle remoto. Sabem como ninguém quais são os botões que devem apertar para conseguirem o que desejam. Conhecem-nos tão bem que sabem por antecipação quais serão nossas atitudes e reações. Sabem quantas vezes será preciso insistir para conseguirem o que buscam; sabem o momento exato de pedir por algo; sabem quais truques ou artimanhas devem utilizar para nos ludibriar; sabem, por exemplo, que fazemos muito barulho mas não possuímos ações.
Por outro lado, o fato
deles nos conhecerem bem torna-se um fator positivo quando nossas atitudes são coerentes, quando sabemos defender nossas convicções e somos firmes em nossas decisões. Torna-se
um fator positivo quando somos verdadeiros, quando estabelecemos regras claras
e não fazemos uso de ameaças vazias. Também é um fator positivo quando usamos o elemento surpresa, abandonando padrões repetitivos e previsíveis demais.
É importante que eles
nos conheçam e saibam, por antecipação, que nossa postura não permite
comportamentos indisciplinados, inadequados ou desrespeitosos. É fundamental
que eles saibam, por antecipação, que não aceitamos o uso ou abuso do álcool ou
outras drogas.
Da mesma forma com que
nossos filhos nos observam, também devemos observá-los. Para conseguir esse
objetivo é importante praticarmos o diálogo no ambiente familiar e também desenvolver
a capacidade de prestar atenção e observá-los cuidadosamente. Como já citamos
em outro texto, em média, um pai ou uma mãe só consegue perceber o envolvimento
de um filho com as drogas depois de três a quatro anos de uso, ou seja, quando
eles já estão mergulhados na dependência química.
Antes deles
apresentarem sinais visíveis do uso, eles começam a externar mudanças
comportamentais capazes de indicar que algo está errado. São mudanças que inicialmente
se apresentam de forma sutis e que só é possível percebê-las se estivermos muito
atentos e, da mesma forma, só é possível corrigi-las se não fecharmos os olhos para
os pequenos deslizes e assim, eles, como
observadores atentos, possam perceber que não toleramos os pequenos desvios de
conduta e consequentemente, também tenham ciência que não será tolerado os grandes
desajustes comportamentais.
Abandonarmos comportamentos padronizados e repetitivos, utilizando, por vezes, o fator surpresa e adotarmos um posicionamento claro e firme é fator primordial para nos protegermos de filhos manipulares e chantagistas.
Abandonarmos comportamentos padronizados e repetitivos, utilizando, por vezes, o fator surpresa e adotarmos um posicionamento claro e firme é fator primordial para nos protegermos de filhos manipulares e chantagistas.
Celso Garrefa
Amor-Exigente de Sertãozinho