quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

DA INFÂNCIA PARA A VIDA TODA


Júnior ainda não nasceu. A mãe está nas últimas semanas de gestação e a família se prepara para a chegada do pequeno. O pai, torcedor fanático de um grande clube de futebol, já providenciou os presentinhos. Comprou um lençol com o símbolo do time, uma minúscula camisa com o número dez às costas e não esqueceu do short e da toalhinha de banho, também com a estampa e cores do clube.

Quando vier ao mundo, o pai não medirá esforços para transformá-lo em mais um torcedor do seu time do coração. Assistirá aos jogos na tevê junto com o filho e durante a partida usará todo seu argumento para convencê-lo de que aquela equipe é a melhor, a superior. Quando possível, levará a criança consigo ao estádio de futebol para que ele sinta de perto a vibração da torcida.

            Esse relato nos mostra o quanto nós, pais ou mães, ainda exercemos grande influência sobre a formação dos nossos filhos, principalmente se nos empenharmos e começarmos o mais cedo possível.

            Certa vez, um temido ditador fez a seguinte citação: “Deixe seu filho de zero a quatro anos comigo, depois faça o que você quiser, mas nunca mais ele será seu”. Crianças aprendem aquilo que vivenciam e o que lhes é apresentado nos primeiros anos de existência marcará toda a sua vida. Portanto, não devemos perder a grande oportunidade de plantar, na base de formação dos nossos filhos, valores de integridade moral e ética, princípios que servirão de norte para toda a sua existência.

            É com a mesma vontade, dedicação, empenho e esforço demonstrado pelo pai torcedor, que devemos nos empenhar para fazer dos nossos filhos, pessoas íntegras e de caráter, sem nos esquecermos de que se não o fizermos, futuramente corremos o risco de nos tornarmos as principais vítimas de filhos sem escrúpulos.   

            Na formação da base precisamos ensinar valores como o respeito a si próprio e aos outros, o fortalecimento da autoestima, o desenvolvimento do senso crítico, a valorização da capacidade de fazerem boas escolhas, entre outros, mas dentre todos, não podemos perder a oportunidade de marcar a formação de nossos filhos com a essência de Deus em sua vida.

O pai torcedor, com raríssimas exceções, fará do filho mais um torcedor do clube de sua preferência e ninguém depois o convencerá de mudar de preferência. Fazendo um comparativo,  precisamos marcar a formação dos nossos filhos tão intensivamente, para mais tarde não corrermos o risco de perdê-los para as drogas, para a marginalidade ou para as ruas.


            Texto de Celso Garrefa
            Amor-Exigente de Sertãozinho SP







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