sexta-feira, 25 de agosto de 2017

CONVERSANDO COM OS FILHOS SOBRE DROGAS

(Imagem extraída da internet)
A tática do amedrontamento é utilizada por muitos pais como método para tentar manter os filhos distantes das drogas, porém esse tipo de comportamento não costuma produzir resultados satisfatórios.

É inegável que, o mais cedo possível, devemos conversar com nossos filhos sobre o assunto, caso não o façamos alguém o fará e poderá influenciá-los com informações distorcidas sobre o tema.

Precisamos chegar primeiro e isso exige urgência, pois cada vez mais a iniciação começa mais cedo. Esperar sinais visíveis da iniciação é derrota certa, pois quando os filhos começam a apresentar os primeiros indícios de uso significa que já estão nas drogas a mais de ano.

Nessa abordagem é preciso coragem para falar sobre o assunto sem mentiras, sem fantasias e sem táticas de amedrontamentos. O jovem, como um dia também fomos, pelas características inerentes à idade, sentem-se poderosos e enxergam os riscos como algo muito distante. Pintar as drogas como um monstro prestes a devorá-los não os convencem.

            Precisamos ter a coragem de falar para o filho que usar drogas, num primeiro momento, pode parecer gostoso. Que nos momentos iniciais de uso elas podem dar prazer. É importante que eles saibam dessa verdade através de nós, pois ao apresentarmos algumas veracidades sobre as drogas, também apresentamos outras realidades, que são as consequências do uso. Eles precisam saber que usar drogas pode parecer bom, mas as consequências ao longo do tempo são terríveis. Que elas dão prazer, mas esse prazer resultará em perdas, angústias e muitos sofrimentos.

            Transmitir a ideia de que se usarem irão morrer, ou que as drogas são muito ruins irá confrontar com outros pontos de vista, principalmente dos grupos de amizade, que poderá convencê-los a uma experimentação e caso isso aconteça, em questão de minutos tudo aquilo que os pais sempre falaram sobre as drogas vão água abaixo.

            Toda vez que algumas verdades sobre as drogas forem transmitidas pelos grupos de amizades, outras serão omitidas. Os amigos falam do prazer, mas omitem as consequências. Falam do barato, mas omitem o quanto é caro e doloroso tornar-se escravo e dependente dessas substâncias.

            O melhor caminho é abrirmos espaços para o diálogo familiar, abordando sobre o assunto de forma clara, direta, corajosa e verdadeira. Mais do que fazermos sermões e discursos intermináveis, também precisamos aprender a ouvi-los e discutirmos juntos sobre o tema. Isso pode ajudá-los a desenvolverem o senso crítico, fundamental para os momentos em que farão suas próprias escolhas.

            Também devemos nos posicionar com firmeza em relação às drogas e apresentar a eles outras fontes saudáveis de prazer, capaz de preencher sua existência, sem a necessidade de buscarem o prazer ilusório oferecido pelas drogas.

           


Texto de Celso Garrefa
Programa Amor-Exigente
de Sertãozinho SP

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