(Imagem da internet) |
É comum, ao nos depararmos com uma queixa de
nossos semelhantes, tentar diminuir o tamanho do seu sofrimento, apresentando
receitas prontas e simplistas como solução para o seu drama. Tal comportamento
não costuma diminuir a dor do outro. Não se resolve problemas complexos com “achismos”
ou teorias de sofá.
Quando a dor não é física, mas atinge o fundo da alma da pessoa, parece-nos que os julgamentos ganham contornos ainda mais dolorosos. É cruel, e contribuímos para aumentar sua angústia, sempre que rotulamos tais sofrimentos como “frescura”. Não menos cruel é taxar e transmitir aos nossos semelhantes que o drama que estão vivenciando é motivado pela falta de Deus.
É possível ajudar aqueles que passam por grandes sofrimentos, respeitando a sua dor e nos abrindo ao diálogo, conscientes de que o mais importante não é aquilo que transmitimos, mas a escuta atenta e interessada, sem críticas, sem julgamentos, sem receitas prontas e sem minimizar a dor do outro. Exigem momentos em que a pessoa precisa apenas de um abraço acolhedor, nada mais. Portanto, diante do sofrimento alheio, que sejamos colo e orientemos a buscar a ajuda adequada.