É verdade que os nossos recursos são limitados, mas não devemos fazer disso uma barreira paralisante, que nos mantém estagnados, presos ao problema e incapazes de enfrentar o desafio, pelo contrário, significa que precisamos buscar meios de ampliar nossas potencialidades.
O primeiro passo é resguardar os recursos já existentes, preservando nossas estruturas. Não resolve abandonar emprego porque estamos com um problema familiar, ou deixar de dormir à noite enquanto o filho não chega, ou ainda deixar de nos alimentar porque temos uma dívida etc.
Essas são atitudes disfuncionais que minam nossos recursos materiais, físicos e emocionais e, quanto mais desrespeitamos esses limites, mais adoecemos, mais nos fragilizamos e, consequentemente, diminuímos nossas forças para lidarmos de forma assertiva com o problema.
Mais do que preservar os recursos já existentes, precisamos ampliá-los e para isso, é fundamental buscarmos ajuda, orientação e apoio. Cada um de nós possui conhecimentos e experiências que são de extrema importância para a solução do desafio, no entanto, essas vivências são limitadas, mas não precisamos nos limitar a nós mesmos.
Varias cabeças pensando juntas funcionam melhor que uma sozinha. Quando adotamos a coragem de buscar ajuda ampliamos de forma substancial os recursos necessários para enfrentarmos um grande desafio e passamos a enxergar novas possibilidades que até então não havíamos percebido. Em grupo ampliamos nossos recursos e assim deixamos de enxergar limites como freios para encará-los como alavancas.
Celso Garrefa
Autor dos livros "Assertividade, um jeito inteligente de educar" e "Primeiro dia da minha nova vida"