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domingo, 8 de setembro de 2024

FILHOS AGRUPADOS, PAIS ISOLADOS

Desde muito cedo nossos filhos formam seus grupos, seja na escola onde estudam, seja com os colegas do bairro, seja nos projetos que participam e até mesmo em suas redes sociais. Agrupados, fazem uso intensivo dessas redes de apoio, trocando experiências o tempo todo. Na contramão dessa realidade, encontramos pais sozinhos e isolados.

Os grupos aos quais os filhos se juntam são influenciadores, e dependendo da turma, tanto podem exercê-las de forma positiva como negativa. Além de influenciadores, os grupos exercem pressões e isso exige atenção e cuidado. 

A adolescência é a fase da transição. Neste período eles tendem a ouvir menos os pais e mais os grupos de amizade, os influenciadores de internet, os ídolos etc. Em geral, sentem-se imunes e poderosos, e se testam o tempo todo. É, portanto, a fase em que estão mais sujeitos a desviar do caminho.

Nessa etapa da vida eles precisam fazer escolhas o tempo tempo, e sem exceção, em algum momento alguém vai apresentar-lhes o álcool e outras drogas. Caberá a eles fazer a escolha, com um detalhe, no momento da oferta, nós, pais, não vamos estar presentes, ou seja, a decisão caberá somente a eles.

Por tudo isso me convenço cada vez mais da necessidade dos pais buscarem conhecimentos, orientações e apoio. Filhos agrupados e pais isolados, alienados e ausentes em nada colaboram para uma transição segura e sadia da adolescência para a fase adulta.

Em primeiro lugar, devemos abandonar a negação e aceitar a ideia de que todos os nossos filhos estão sujeitos a desviar-se da rota. Podemos aprender com eles e formar os nossos grupos, onde trocamos experiências e nos preparamos para lidar com os desafios que atualmente é educar filhos, pois, como cito no livro "Assertividade, um jeito inteligente de educar" - Não existem garantias de sucesso, mas sem uma postura educativa é quase certo o fracasso. 



Celso Garrefa 


sábado, 17 de agosto de 2024

CRIANÇAS ADULTAS X ADULTOS CRIANÇAS

Observando os dias atuais percebemos que a presença dos pais na vida dos filhos está cada vez mais reduzida. O estilo de vida acelerado, os compromissos com trabalho e o estresse do dia a dia são, em parte, são responsáveis por este afastamento. 

E não é só isso, o tempo que sobra acaba engolido pelas tecnologias, utilizadas, inclusive, como método de distração dos pequenos, sem regras e sem limites. Nem mesmo na hora das refeições a família se reúne, e mesmo quando fazem a alimentação sentados à mesa, os celulares continuam ao lado dos pratos.  

Não se conversa mais com os filhos, não se incentiva mais a brincadeira fora das redes, e sem o brincar a criança está deixando de ser aquilo que nesta fase da vida ela deveria ser: apenas criança.  

Muitos pais também se renderam às redes sociais e também passam tempo absurdo conectados, e como consequência, assistimos a um distanciamento familiar, e sem essa convivência, não desenvolvemos os vínculos afetivos, fundamentais para uma educação assertiva.   

Não existem mais os ritos de passagem e muitos meninos e meninas estão vivendo esta fase da vida como se fossem adultos, crescendo antes do tempo, acessando conteúdos impróprios para a idade e expostos a uma série de riscos. 

Ironicamente, estas crianças que não foram vistas, nem tratadas como crianças, ao se tornarem adultas, passam a ser tratadas como incapazes, infantilizadas pelos pais, que querem facilitar, querem poupar, querem bancar, querem resolver e fazer por eles aquilo que nesta fase da vida eles próprios deveriam fazer.  

Como consequência, podemos nos deparar com adultos que não conseguem assumir quaisquer responsabilidades, não desejam sair da casa dos pais, demoram para entrarem no mercado de trabalho e assim, assistimos à formação da geração nem-nem, ou seja, nem trabalham, nem estudam. 

Enfim, para formarmos adultos responsáveis, competentes e equilibrados é fundamental respeitarmos a lógica do tempo, ou seja, crianças são crianças, adultos são adultos e não o contrário. 


Celso Garrefa (Autor do livro "Assertividade, um jeito inteligente de educar")



sexta-feira, 7 de abril de 2023

PAIS E FILHOS: DE IGUAL PARA IGUAL

O quarto princípio básico do Programa Amor-Exigente cita uma grande verdade: pais e filhos não são iguais, ou seja, cada um desempenha funções diferentes na organização familiar, que precisam ser respeitadas. Refletindo sobre isso, podemos nos questionar se haverá algum momento em que pais e filhos poderão se relacionar de igual para igual.

E a resposta é sim, se pensarmos na vida como um todo, desde a concepção até o final. Lembrando uma fala do professor Neube José Brigagão, ele citava que um pai poderá se relacionar de igual para igual com os seus filhos quando eles forem capazes de assumir as responsabilidades pela condução da própria vida.

Isso reforma a ideia deste princípio. Para um filho atingir o nível de responsabilidade, de dono, de independência e condutor da própria vida ele vai precisar, durante sua formação, dos pais exercendo o papel de pais. A principal função dos pais é educar, para isso, precisam exercer sua autoridade, que é legítima, norteando as condutas dos filhos, e não se obtém sucesso neste desafio tratando-os de igual para igual, como se fossem seus amiguinhos.

Os pais precisam preparar os seus filhos para a vida e não conquistamos isso resolvendo, facilitando ou fazendo por eles aquilo que é dever deles. Não ajudamos nossos filhos tratando-os como coitadinhos, desvalorizando as suas capacidades. Não atingimos o objetivo com receio de contrariá-los, com medo de dizer "não" como resposta, quando necessário. Não logramos êxito atendendo todas as suas exigências de forma imediata, para não frustrá-los, e parecer "bonzinhos". 

Podemos, inclusive, nos deparar com um momento em que as funções se invertem e os filhos precisam cuidar dos pais, assumindo o papel de pais dos seus pais, em razão da idade avançada ou problemas de saúde e assumir esse cuidado é uma responsabilidade dos filhos, não dos amigos, portanto, que sejamos pais, para que nossos filhos possam ser nossos filhos, quando deles precisarmos.



Celso Garrefa

Assoc. AE de Sertãozinho SP





domingo, 19 de fevereiro de 2023

"DEPOIS, MÃE"

A mãe, atarefada, olha para o filho adolescente e pede seu apoio: - Filho, você pode colocar ração para o cachorro? Ele, espichado no sofá, com seu celular nas mãos...
                                                      Obs.: Em razão de regras contratuais este texto não está mais disponível neste blog, podendo ser lido na íntegra no livro "ASSERTIVIDADE, UM JEITO INTELIGENTE DE EDUCAR", de Celso Garrefa.

Grato pela compreensão



sábado, 24 de dezembro de 2022

SEJA PERMISSIVO COM SEUS FILHOS

Seja permissivo com seus filhos. Permita que eles levantem o traseiro do sofá e vão até a geladeira para se servirem de mais um copo de água. Permita que eles carregam os...

Obs.: Em razão de regras contratuais, este texto não está mais disponível neste blog, podendo ser lido na íntegra no livro "ASSERTIVIDADE, UM JEITO INTELIGENTE DE EDUCAR", de Celso Garrefa.


                                                               Grato pela compreensão.  











domingo, 9 de outubro de 2022

PERGUNTE AO GOOGLE

A pequena menina mal completou três anos de idade e já possui um celular nas mãos, onde desliza os frágeis dedinhos sobre a tela, clica em um ícone, outro clique e...

Obs.: Em razão de regras contratuais, este texto não está mais disponível neste blog, podendo ser lido na íntegra no livro "ASSERTIVIDADE, UM JEITO INTELIGENTE DE EDUCAR", de Celso Garrefa.


                                                               Grato pela compreensão.  



sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

TOMA QUE O FILHO É TEU

Em se tratando da educação dos filhos, ambos os pais são responsáveis e devem se alinhar para falar a mesma língua, criar parceria e não divisão ou disputa. 

Essa não é uma tarefa fácil, considerando a personalidade e as individualidades de cada um. É comum casais possuírem comportamentos opostos. Enquanto um é mais exigente, o outro é permissivo, enquanto um é firme no posicionamento, o outro é facilitador. Enquanto um tenta estabelecer regras, o outro vive quebrando-as. É preciso buscar um ponto de equilíbrio e para isso é imprescindível que o casal aprenda a dialogar.

Na busca da unidade ambos devem apresentar o seu ponto de vista e também precisam ceder em alguns pontos. É desastroso para a educação dos filhos quando os pais não se entendem. A cada vez que um dos lados toma determinada decisão ou atitude e o outro as quebra fragiliza a autoridade do companheiro e os filhos buscam pelo facilitador. 

Também é importante que os dois se posicionem, sem aquela velha frase de mãe: "Você vai ver hora que seu pai chegar". Ou do pai: "Vê lá com sua mãe". 

Essa tarefa torna-se ainda mais desafiadora quando os pais são separados. É importante que ambos compreendam que quem separam são os pais. Os filhos continuam sendo seus filhos e visando o bem deles, e não havendo razões concretas para um impedimento, é fundamental que facilitem o contato com a outra parte. 

É cruel com os filhos envolvê-los nos desafetos entre os pais. Usá-los como forma de vingança não pune apenas o lado contrário. Pune, com intensidade maior, os próprios filhos. 

E antes que me cobrem, não dá para deixar de citar uma realidade muito presente em muitas famílias, que é o abandono de muitos pais, cuja participação não vai além do ato sexual e desaparece, deixando toda a responsabilidade para a mãe. Quando muito, uma minguada pensão, como se isso bastasse. A esses me recuso chamá-los de pai, ou de mãe, se for ela quem abandona o barco.

Por fim, filhos bonzinhos é gostoso e enche-nos de orgulho em chamarmos de nossos, mas se os filhos são problema, continuam sendo nossos e de nossa responsabilidade. Quando não deu certo precisamos nos unir ainda mais na busca de soluções, sem se omitir e sem adotar o discurso do "toma que o filho é teu". 


Celso Garrefa
Sertãozinho SP








domingo, 7 de novembro de 2021

POSICIONAMENTOS FRÁGEIS, MANIPULAÇÕES FORTES

Quando ele quer, não tem jeito, tem que dar, senão ninguém aguenta, reclama a mãe, após a insistência perturbadora do filho de apenas cinco anos. Oras, se não aguentamos a pressão de uma criança...

Obs.: Em razão de regras contratuais, este texto não está mais disponível neste blog, podendo ser lido na íntegra no livro "ASSERTIVIDADE, UM JEITO INTELIGENTE DE EDUCAR", de Celso Garrefa.


                                                               Grato pela compreensão.  




sábado, 24 de abril de 2021

É FÁCIL DIZER NÃO, DIFÍCIL É MANTER O NÃO QUE FOI DITO

Um dia desses falando com a mãe de um garoto de cinco anos, ela argumentou que quando ele quer, não tem jeito, tem que dar, senão ele não para, não tem quem aguenta...

Obs.: Em razão de regras contratuais, este texto não está mais disponível neste blog, podendo ser lido na íntegra no livro "ASSERTIVIDADE, UM JEITO INTELIGENTE DE EDUCAR", de Celso Garrefa.


                                                               Grato pela compreensão.  




sábado, 10 de outubro de 2020

EDUCAÇÃO PREVENTIVA: QUANDO COMEÇAR?

(Foto: www.shutterstok.com)
    Qual é o momento ideal para começarmos a exercer uma educação preventiva é uma pergunta que sempre surge quando falamos sobre a educação dos filhos. Não tenho dúvidas em afirmar que o melhor momento é quando a criança ainda está na barriga da mãe.

     A gravidez é um momento especial para o casal que tanto deseja ter um filho. Período em que os futuros papais se preparam para receber uma nova vida. Serão nove meses de espera, tempo esse de fazer planos, de discutir sobre a escolha do melhor nome para o bebê, de criar expectativas sobre qual será o seu sexo, de programar o quartinho da criança.

    Tudo isso é muito bonito e saudável, mas é necessário, também, começar aí, antes mesmo do nascimento, a planejar sobre qual será o tipo de educação que estão dispostos a adotar na criação desse filho. É o momento de se definir qual será a proposta de  vida que norteará o relacionamento familiar. 

    Como as crianças aprendem aquilo que vivem, uma educação preventiva não começa nela propriamente dita, mas nos comportamentos e no relacionamento do casal. Como pretendem educar para o respeito se o casal não se respeitam e se ofendem o tempo todo? Como pensar em harmonia no lar que breve receberá uma criança, se os futuros pais vivem em estado de histeria e loucura? Como educar pelo exemplo se o casal não faz de suas atitudes um modelo a ser seguido? 

    Deixando um pouco de lado o romantismo e olhando pela ótica da razão, essa criança que breve começará sua jornada nesta vida irá se deparar com um mundo hostil, carregado de perigos e ameaças de toda espécie.  É responsabilidade dos pais prepará-la para esses desafios, caso contrário, ela poderá sentir-se entregue a própria sorte. Precisamos chegar primeiro.

Celso Garrefa 

Sertãozinho SP

domingo, 20 de setembro de 2020

CONSERTE O SEU TELHADO ENQUANTO NÃO CHOVE


    Adotar uma educação preventiva, em relação aos filhos, é como consertar o telhado da nossa casa. Não é durante a chuva o momento ideal para corrigir as goteiras, mas enquanto ainda faz sol. Não é quando os filhos crescem e criam problemas...

Obs.: Em razão de regras contratuais, este texto não está mais disponível neste blog, podendo ser lido na íntegra no livro "ASSERTIVIDADE, UM JEITO INTELIGENTE DE EDUCAR", de Celso Garrefa.


                                                               Grato pela compreensão.  





segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

ISSO NÃO VAI ACONTECER COMIGO


Ninguém está imune aos problemas, por isso prevenir é o melhor caminho
(Imagem da internet)
“Isso não vai acontecer comigo”. Essa ideia de imunidade é a justificativa ideal  para continuarmos vivendo perigosamente, expondo-nos a riscos desnecessários, acreditando que os problemas só acontecem na casa dos outros, porém acreditar nessa crença em nada favorece nossa proteção. 

Para ilustrar essa ideia basta observarmos as advertências contidas nos maços de cigarros, cujas fotos apresentam pessoas acometidas pelas consequências do uso do tabaco e mesmo assim muitos iniciam o hábito de fumar, com a falsa crença de que não se tornarão dependentes do produto, e outros tantos continuam fumando excessivamente. Mesmo que alguns assumem possuir a consciência de que estão sujeitos aos problemas, no fundo, ainda preservam a ideia de que serão premiados pela sorte.

O mesmo exemplo do cigarro pode ser estendido a várias áreas da nossa vida, como por exemplo, a pessoa diabética que precisa controlar a alimentação, sabendo das consequências a que está sujeita, mas não se cuida.

E o que dizer do abusador do álcool ou de outras drogas, que mesmo assistindo a destruição que essas substâncias causam nas pessoas, prefere acreditar que isso não vai acontecer-lhe. Ele não consegue se enxergar no dependente que perdeu tudo e que cata latinhas nas ruas para manter o próprio vício. O cidadão que mendiga pelas ruas em busca de algumas migalhas para manter sua dependência, um dia no passado também pensou-se autoimune aos problemas decorrentes do seu hábito.

Adquirir a consciência de que todos nós estamos sujeitos a sofrer as consequências dos maus hábitos é o primeiro passo para nos cuidarmos, revermos nossas atitudes e aceitarmos a ideia de que isso também pode acontecer conosco. Não precisamos pagar para ver, nem errar para aprender, pois isso poderá nos custar um preço alto demais, melhor não arriscar



Texto de Celso Garrefa
Amor-Exigente de Sertãozinho SP

domingo, 25 de agosto de 2019

COOPERAÇÃO - PRINCÍPIO ÉTICO FAMILIAR

(Imagem extraída da internet)
 Para vivenciarmos o oitavo princípio ético do Amor-Exigente devemos responder a três questões: O que eu posso fazer por você? O que você pode fazer por mim? O que podemos fazer juntos?

A primeira questão nos convida a um olhar sobre nós mesmos para identificarmos como podemos nos envolver, colocando-nos a disposição para apoiar, auxiliar e agir visando o bem do outro. Essa atitude é uma demonstração do quanto nos preocupamos com aqueles que convivem conosco, pois sem isso, tornamo-nos pessoas egoístas e autoritárias, que ditam ordens, cobram, mas nada fazem.

Mas precisamos de cuidado para não nos transformarmos em meros serviçais do outro. Existem coisas que não precisamos fazer, pois eles possuem plenas condições de realizar por si mesmos. Quando carregamos o material escolar dos filhos ou passamos o dia recolhendo tudo o que eles espalham pela casa, enquanto eles vivem espichados no sofá, não estamos cooperando com eles, pelo contrário, além de sofrermos com uma sobrecarga, ainda tiramos deles a oportunidade de crescimento, de independência e de se tornarem futuramente pessoas responsáveis.

A segunda questão nos leva a refletir sobre a aceitação da ideia de também sermos servidos pelo outro. Muitas de nós gostamos de servir, sem aceitar do outro nada em troca.  Dessa forma não valorizamos suas capacidades e menosprezamos a importância do servir como um valor ético. Quando apenas um lado serve, enquanto o outro somente recebe, o relacionamento torna-se frio. 

A terceira questão nos leva a pensar sobre tudo aquilo que podemos fazer juntos para benefício de todos. Essa é a verdadeira essência da cooperação, no entanto, não basta fazermos juntos, precisamos aproveitar o momento para criarmos um ambiente favorável, fazendo das atividades, algo agradável, onde haja um contato sadio e de qualidade.

Os lares funcionais possuem como uma das principais características os fortes vínculos afetivos entre seus membros. A vivência desse princípio ético em sua plenitude é o combustível que alimenta e fortalece esses vínculos, contribuindo para uma convivência familiar agradável, onde a harmonia reina e o respeito mútuo prevalece. E a isso chamamos de família, ou seja, um grupo de pessoas que cooperam entre si. Sem isso, a casa não passa de um amontoado de pessoas e nada mais.


Texto de Celso Garrefa
Sertãozinho SP

sábado, 6 de abril de 2019

COMUM NÃO É SINÔNIMO DE NORMAL

(Imagem da internet)
          Cometemos um grande engano ao tratarmos como normais determinados comportamentos pelo simples fato deles serem  considerados, hoje em dia, como comuns.

Atualmente é comum os jovens fazerem uso da maconha, inclusive dentro da própria casa. É comum crianças desrespeitarem, mandarem e desmandarem em seus pais. Também é preocupantemente comum a corrupção em nosso país. Mas, o fato desses comportamentos serem comuns não os transformam, automaticamente, em normais.

Evidente é que cada um julga aquilo que vivencia de acordo com os seus próprios juízos e sua visão de mundo, mas necessário também é, desenvolvermos um senso crítico diante do que nos é apresentado, pois assim podemos nos posicionar com discernimento.

            Se aceitarmos determinadas atitudes como normais apenas por serem comuns, perdemos em argumentação e abrimos caminho para a aceitação e permissividade. Se aceitamos comportamentos comuns como normais engrossamos a lista de pessoas que adotam hábitos, sem questioná-los, tornando-os cada vez mais comuns.

            Não precisamos transformar em regra, assumir ou aceitar determinadas atitudes apenas sob o ponto de vista de que são comportamentos comuns, pois se assim o fizermos corremos sério risco de nos transformarmos em mera massa de manobra, condicionados a pensar e agir de acordo com interesses, muitas vezes, escusos. Pensar, questionar e refletir são atitudes que nos ajudam a assumir uma personalidade e, consequentemente, a adotarmos um posicionamento diante daquilo que nos é apresentado.

            Também é fundamental possuirmos o devido cuidado para não paralisarmos no tempo. O mundo muda, mudam-se os hábitos e costumes, e precisamos acompanhar essas mudanças. Não dá para ficarmos presos ao passado, lamentando o presente. A vida é hoje, o agora, e o nosso grande desafio é nos adequarmos ao novo tempo, sem, no entanto, assumirmos ou aceitarmos passivamente comportamentos inadequados, sob a desculpa de que são comuns nos dias de hoje.

            Por fim, reforçamos que não é normal aceitarmos como normais situações e comportamentos pelo simples fato de serem comuns. Não podemos confundir: comum não é sinônimo de normal. 

                 Texto de Celso Garrefa
                 Sertãozinho SP





PREVENÇÃO À RECAÍDA

Um dos maiores desafios no processo de tratamento da dependência química são as frequentes recaídas de uma parte das pessoas que buscam ajud...