sexta-feira, 6 de dezembro de 2024
O VALOR DA BANANA
sábado, 12 de outubro de 2024
CABELOS MALUCOS OU MÃES MALUCAS?
Vimos de tudo: cabelos coloridos, elaborados com muito capricho, outros pais utilizaram coisas simples e com muita criatividade realizaram grandes feitos, quase uma obra de arte e houve aqueles pais que simplesmente enviaram os filhos aos cabeleireiros para executar o serviço.
Dá trabalho sim e cada um interpreta essa atividade da sua maneira. Há quem critique os professores, julgando que eles vivem inventando coisas e sobra para os pais, outros reclamam a falta de tempo para elaborar os penteados e muitos entram na brincadeira e curtem o momento.
Sim, cuidar das crianças dá trabalho e em uma época onde pais e filhos pouco interagem, ocupados com seus afazeres ou distraídos pelas redes sociais, essa atividade é uma grande oportunidade de contato, de aproximação, de troca.
Vivemos um tempo em que realizamos as tarefas e cuidados com os filhos quase que mecanicamente. Preparar a mochila, pentear os cabelos, correr com o café da manhã, sair voando para a escola. No retorno das aulas nem sempre perguntamos como seu dia na escola.
Infelizmente, quem terceirizou o serviço, ou quem executou os penteados dos filhos resmungando, reclamando, de mau humor, externalizando uma insatisfação na realização do feito, não aproveitou a oportunidade de estreitar os laços, de fortalecer os vínculos afetivos, de conhecer um pouco mais seus filhos. Quem não aproveitou o retorno das aulas para saber como foi o dia na escola com tantos cabelos malucos, e com tantas coisas que eles têm para transmitir, está perdendo um pouquinho dos filhos que tem.
Executar um penteado maluco nos filhos é trabalhoso, mas não pode ser motivo para nos deixar malucos. Maluco é não aproveitar a oportunidade para curtir o momento, entrar na brincadeira e fortalecer os laços afetivos entre pais e filhos.
Autor do livro "Assertividade, um jeito inteligente de educar"
domingo, 8 de setembro de 2024
FILHOS AGRUPADOS, PAIS ISOLADOS
Os grupos aos quais os filhos se juntam são influenciadores, e dependendo da turma, tanto podem exercê-las de forma positiva como negativa. Além de influenciadores, os grupos exercem pressões e isso exige atenção e cuidado.
A adolescência é a fase da transição. Neste período eles tendem a ouvir menos os pais e mais os grupos de amizade, os influenciadores de internet, os ídolos etc. Em geral, sentem-se imunes e poderosos, e se testam o tempo todo. É, portanto, a fase em que estão mais sujeitos a desviar do caminho.
Nessa etapa da vida eles precisam fazer escolhas o tempo tempo, e sem exceção, em algum momento alguém vai apresentar-lhes o álcool e outras drogas. Caberá a eles fazer a escolha, com um detalhe, no momento da oferta, nós, pais, não vamos estar presentes, ou seja, a decisão caberá somente a eles.
Por tudo isso me convenço cada vez mais da necessidade dos pais buscarem conhecimentos, orientações e apoio. Filhos agrupados e pais isolados, alienados e ausentes em nada colaboram para uma transição segura e sadia da adolescência para a fase adulta.
Em primeiro lugar, devemos abandonar a negação e aceitar a ideia de que todos os nossos filhos estão sujeitos a desviar-se da rota. Podemos aprender com eles e formar os nossos grupos, onde trocamos experiências e nos preparamos para lidar com os desafios que atualmente é educar filhos, pois, como cito no livro "Assertividade, um jeito inteligente de educar" - Não existem garantias de sucesso, mas sem uma postura educativa é quase certo o fracasso.
Celso Garrefa
sábado, 17 de agosto de 2024
CRIANÇAS ADULTAS X ADULTOS CRIANÇAS
E não é só isso, o tempo que sobra acaba engolido pelas tecnologias, utilizadas, inclusive, como método de distração dos pequenos, sem regras e sem limites. Nem mesmo na hora das refeições a família se reúne, e mesmo quando fazem a alimentação sentados à mesa, os celulares continuam ao lado dos pratos.
Não se conversa mais com os filhos, não se incentiva mais a brincadeira fora das redes, e sem o brincar a criança está deixando de ser aquilo que nesta fase da vida ela deveria ser: apenas criança.
Muitos pais também se renderam às redes sociais e também passam tempo absurdo conectados, e como consequência, assistimos a um distanciamento familiar, e sem essa convivência, não desenvolvemos os vínculos afetivos, fundamentais para uma educação assertiva.
Não existem mais os ritos de passagem e muitos meninos e meninas estão vivendo esta fase da vida como se fossem adultos, crescendo antes do tempo, acessando conteúdos impróprios para a idade e expostos a uma série de riscos.
Ironicamente, estas crianças que não foram vistas, nem tratadas como crianças, ao se tornarem adultas, passam a ser tratadas como incapazes, infantilizadas pelos pais, que querem facilitar, querem poupar, querem bancar, querem resolver e fazer por eles aquilo que nesta fase da vida eles próprios deveriam fazer.
Como consequência, podemos nos deparar com adultos que não conseguem assumir quaisquer responsabilidades, não desejam sair da casa dos pais, demoram para entrarem no mercado de trabalho e assim, assistimos à formação da geração nem-nem, ou seja, nem trabalham, nem estudam.
Enfim, para formarmos adultos responsáveis, competentes e equilibrados é fundamental respeitarmos a lógica do tempo, ou seja, crianças são crianças, adultos são adultos e não o contrário.
Celso Garrefa (Autor do livro "Assertividade, um jeito inteligente de educar")
sábado, 22 de julho de 2023
FALAR OU CALAR?
Já na madrugada, o filho chega
cambaleante. – Filho, precisamos conversar. O jovem, não demonstrando qualquer
interesse na fala do pai, reage de forma grotesca: - De novo esse papo, não
estou a fim de conversa, não. Entra no quarto bate a porta e deixa os pais no vácuo.
É inegável que os pais devem e
precisam falar com os filhos sobre o abuso do álcool ou consumo de outras
drogas, porém, é preciso que isso aconteça de forma adequada e em uma melhor hora.
Quando um filho chega sob efeito
de substâncias entorpecentes, qualquer tentativa de diálogo não produz efeito
algum. Nesse momento, aquilo que é transmitido entra por um ouvido e sai pelo
outro, ou ele pode se tornar agressivo e a tentativa de diálogo terminar em confronto.
Mas é importante não deixar cair
no esquecimento. É comum no dia seguinte, quando o filho recuperou do porre da
noitada, os pais se calarem, com receio de tocar no assunto e ele sair para rua
novamente. Como uma forma de se protegerem dos sofrimentos resultantes da convivência
com um dependente, os pais se iludem: quem sabe dessa vez ele para, e adotam o
silêncio.
Não dá para calar diante do
problema, mas também não precisamos exagerar com sermões e broncas
intermináveis. É preciso ser breve e passar o recado, transmitindo nosso posicionamento
contrário ao uso, de forma clara e firme, colocando-nos a disposição para ajudá-lo
a sair do enrosco em que se meteu, porém, descartando qualquer tipo de ajuda
que apenas favoreça a continuidade do problema e facilite o seu uso.
É preciso coragem para toca no assunto e jamais nos calar diante
de um problema, pois, como diz um dito popular, quem cala, consente.
Celso Garrefa
Assoc. AE de Sertãozinho SP
sexta-feira, 7 de abril de 2023
PAIS E FILHOS: DE IGUAL PARA IGUAL
E a resposta é sim, se pensarmos na vida como um todo, desde a concepção até o final. Lembrando uma fala do professor Neube José Brigagão, ele citava que um pai poderá se relacionar de igual para igual com os seus filhos quando eles forem capazes de assumir as responsabilidades pela condução da própria vida.
Isso reforma a ideia deste princípio. Para um filho atingir o nível de responsabilidade, de dono, de independência e condutor da própria vida ele vai precisar, durante sua formação, dos pais exercendo o papel de pais. A principal função dos pais é educar, para isso, precisam exercer sua autoridade, que é legítima, norteando as condutas dos filhos, e não se obtém sucesso neste desafio tratando-os de igual para igual, como se fossem seus amiguinhos.
Os pais precisam preparar os seus filhos para a vida e não conquistamos isso resolvendo, facilitando ou fazendo por eles aquilo que é dever deles. Não ajudamos nossos filhos tratando-os como coitadinhos, desvalorizando as suas capacidades. Não atingimos o objetivo com receio de contrariá-los, com medo de dizer "não" como resposta, quando necessário. Não logramos êxito atendendo todas as suas exigências de forma imediata, para não frustrá-los, e parecer "bonzinhos".
Podemos, inclusive, nos deparar com um momento em que as funções se invertem e os filhos precisam cuidar dos pais, assumindo o papel de pais dos seus pais, em razão da idade avançada ou problemas de saúde e assumir esse cuidado é uma responsabilidade dos filhos, não dos amigos, portanto, que sejamos pais, para que nossos filhos possam ser nossos filhos, quando deles precisarmos.
Celso Garrefa
Assoc. AE de Sertãozinho SP
domingo, 12 de março de 2023
"PAI, FAZ MAIS UM PIX PRA MIM"
segunda-feira, 2 de janeiro de 2023
"A" DE ABELHA, "E" DE ELEFANTE, "Z" DE ZABUMBA
Era uma escola dos anos
iniciais e reservaram uma sala de aula para a apresentação. As cadeiras estavam
enfileiradas em frente a um quadro negro, onde se via, logo acima, um varal feito
com barbante, com muito capricho, onde penduraram as letras do alfabeto
acompanhadas de figuras para ajudar as crianças a memorizarem cada letrinha.
Até aí, tudo muito bem, mas o
que chamou a nossa atenção foi a figura escolhida para representar a letra “K: uma
lata de cerveja cuja marca inicia com “K”.
O varal me fez relembrar da
minha escola na infância, da primeira professora, dos colegas de classe, e da cartilha “Caminho Suave”. Ainda preservo na memória cada figura correspondente a cada letra do alfabeto, desde o “A” de abelha, o “E” de
elefante, até o “Z” da zabumba.
A cena vista hoje retrata o
quanto vivemos em uma sociedade em que o álcool é culturalmente aceito e
glamourizado. As empresas investem alto em campanhas publicitárias, ligando a
marca ao prazer, ao sucesso, à alegria e o primeiro contato da criança com a
substância costuma acontecer dentro de casa, com anuência dos pais.
Ignora-se que o álcool também
é droga, mesmo que lícita para maiores, de alto poder destrutivo para aqueles
que se tornam dependentes dele, e não são poucos. Segundo estimativas, uma
parcela superior a 10% da população possui problemas relacionados a esse
produto.
Infelizmente, a
conscientização dos riscos que o consumo do álcool representa é quase nulo. Se
é desesperador ver pais mergulharem a chupeta do bebê no copo de cerveja, não
menos desesperador é ver uma escola utilizar a imagem de uma substância
alcoólica na alfabetização de crianças.
Não consegui sair do local,
sem alertar sobre a cena. Trocar a imagem é urgente, mas não basta: precisamos
mudar mentalidades. Consciência começa com “C”, mas bem que poderia começar com
“K”, assim poderíamos trocar a figura da cerveja por “Konsciência”.
Celso Garrefa
Assoc. AE de Sertãozinho SP
sábado, 24 de dezembro de 2022
SEJA PERMISSIVO COM SEUS FILHOS
domingo, 23 de outubro de 2022
TENHA CALMA, O DESESPERO É UM GRANDE ENGANO
Em estado de desespero os familiares sofrem um
impacto paralisante, que os impedem de adotar qualquer tipo de ação, ou pior, pode
leva-los agir no impulso do momento e adotar atitudes impensadas que, ao invés
de produzir resultados positivos, agravam ainda mais uma situação que já é
grave.
O pânico impede os familiares de enxergar o
problema na medida certa. É comum super dimensionarem a situação, e com isso,
não conseguem vislumbrar uma saída ou uma solução. Os pensamentos não possuem uma lógica e são
dominados pelo negativismo.
Nos raros momentos em que pensam em alguma
medida, buscam o imediatismo, porém, nem sempre se resolve um problema instalado a longo
tempo em um estalar de dedos e a frustração aumenta ainda mais o estado de
desespero.
O primeiro passo é tentar manter a calma diante de um grande desafio. A calma nos permite lidarmos com um problema de
alta complexidade com discernimento, controle e sabedoria. Ela nos permite
agir ao invés de apenas reagir, conscientes de que manter a calma diante do
caos não significa aceitar comportamentos que desaprovamos, mas lidar com eles
com posicionamentos firmes e ações controladas e equilibradas.
Duas atitudes são fundamentais para mantermos
a calma: fortalecer nossa espiritualidade e buscar ajuda, com a certeza de que
são nos momentos mais difíceis que sentimos com maior intensidade a presença de
Deus em nossa vida.
Por fim, o desespero é um grande engano, portanto, acalme-se, como sugere a canção de Leandro Borges: "Se eu pudesse conversar com sua alma, eu diria, fique calma, isso logo vai passar".
Pedagogo Social
Assoc. AE de Sertãozinho SP
domingo, 9 de outubro de 2022
PERGUNTE AO GOOGLE
sábado, 1 de outubro de 2022
VÍNCULOS AFETIVOS OU LIGAÇÃO EMOCIONAL?
Júnior mal chegou da escola, jogou a mochila num canto da sala, deixou o tênis no meio do corredor, esticou-se no sofá e lançou o primeiro de muitos pedidos para sua mãe: - Mãe, pega uma água pra mim. Ela parou, por um instante, o almoço que fazia, encheu um copo e o serviu.
Se questionada, provavelmente vai
justificar sua atitude como uma demonstração de amor, de cuidado, de carinho, como
um meio de fortalecer os vínculos afetivos, mas para o filho todo o esforço dela é visto apenas como uma obrigação.
O fortalecimento dos vínculos
afetivos é essencial para a solidificação das relações familiares, no entanto,
é preciso muito cuidado para não confundirmos um vínculo afetivo com uma
ligação emocional, que, apesar da linha tênue que os diferenciam, são duas
situações complemente diferentes.
Os vínculos afetivos são
construções conjuntas, uma via de mão dupla, em que um se preocupa com o bem
estar do outro, em que os membros cooperam entre si, visando o bem comum, enquanto
que a ligação emocional apenas um lado atua em função do outro, sem nada
receber em troca, um desejo permanente de resolver a vida do outro, de
facilitar a vida do outro, de viver a vida do outro.
Ligações emocionais são
prejudiciais tanto para quem assume as responsabilidades que não são suas, como
para aquele que tem a vida facilitada. Quem vive a vida do outro, não tem vida.
Quem vive em função do outro, não é visto, não existe. E o que é pior, se em
algum momento a pessoa assistida resolver tomar conta da própria vida, quem o
assistia perde a razão de viver. E agora, quem é você? o que sobrou de você?
A pessoa que tem a vida facilitada, sem necessidade, também é prejudicada. Pode encontrar dificuldades de crescimento pessoal, de evoluir, de se tornar independente e responsável. Torna-se frio e enxerga o outro apenas como um serviçal, obrigado a atendê-lo custe o que custar. Se um dia se ver só, pode não saber que rumo seguir.
Por tudo isso, as ligações emocionais devem ser repensadas nas relações familiares. É um comportamento que adoece todos os envolvidos, enquanto que os vínculos afetivos devem ser valorizados, pois são essenciais na construção de um ambiente familiar funcional. Enfim, para que viver em função do outro, se podemos viver todos?
Assoc. AE de Sertãozinho SP
domingo, 12 de junho de 2022
PAIS E FILHOS: O COMPORTAMENTO DE UM AFETA O OUTRO
Não há como nos isentar totalmente de sermos afetados pelos comportamentos negativos dos filhos, mas não podemos permitir que isso seja tão intenso a ponto de nos desestruturar, de nos adoecer. Para tanto, devemos trabalhar, com apoio do grupo, o equilíbrio necessário para lidarmos com situações adversas, sem esquecermos de nós mesmos, do nosso autocuidado.
Não conseguimos avanços adotando o papel de vítimas, de coitadinhos. Nem sempre um filho está em condições de perceber o quanto os seus comportamentos fazem mal aos pais. E quanto mais debilitados, mais sofrem as consequências dos comportamentos deles.
É importante adotarmos posturas firmes, e nos posicionarmos diante das atitudes dos filhos. Enquanto continuarmos adotando o papel de coitadinhos, a desproporcionalidade do quanto um afeta o outro tende a se intensificar, Por outro lado, comportamentos assertivos e equilibrados ajudam a diminuir este descompasso.
Assoc. AE. de Sertãozinho SP
sexta-feira, 1 de abril de 2022
VIVER É PRECISO
domingo, 20 de fevereiro de 2022
CHANTAGEM EMOCIONAL
A chantagem emocional é um artifício muito utilizado por familiares de dependentes do álcool ou de outras drogas para sensibilizá-los a buscar por tratamento, porém, essa tática quase nunca funciona.
Muitos pais e mães param de se cuidar, exteriorizando um sofrimento profundo numa doce ilusão de que o filho se compadeça com seu sofrimento e mude seus comportamentos. Infelizmente quase nunca isso acontece porque a outra parte não está em condições de perceber o sofrimento alheio ou está desprovido de compaixão. Ao longo do tempo, o dependente muito afetado pelo uso, provavelmente já está enfrentando o seu próprio sofrimento, que nem sempre ele mesmo percebe, que dirá perceber o sofrimento do outro.
Sabemos e reconhecemos que o comportamento do outro nos afeta e sofremos também, mas é importante reconhecermos que tais sofrimentos em nada coopera na busca da solução para o desafio, portanto, devemos cuidar para não os utilizarmos como chantagens emocionais.
Mesmo entre os dependentes que percebem, que conseguem dimensionar o drama da família, essa atitude não é produtiva, considerando que isso apenas aumenta o seu drama, pois além de lidar com a própria dependência, ainda sofre pelo sofrimento que causa aos familiares.
Devemos considerar, ainda, que quanto mais os familiares se debilitam, quanto mais se autoabandonam, menores serão suas forças para enfrentar tamanho desafio. Por tudo isso, as chantagens emocionais não são atitudes assertivas para lidar com tamanho problema. Eles vão precisar muito dos pais, mas pais inteiros, fortalecidos, capazes de ajudá-los. Têm, e não são poucos, mães e pais que chegam aos grupos mais adoecidos do que o próprio dependente e precisam também se curar.Isso não significa que precisamos ou devemos abandonar a pessoa que desejamos ajudar. Podemos fazer por ela tudo o que estiver ao nosso alcance, não medindo esforços na busca da solução para o problema, tomando atitudes assertivas e nos posicionando com firmeza em relação aos seus comportamentos, mas ganhamos força nessa batalha a partir do momento em que compreendemos que não é nos destruindo que vamos salvar quem amamos.
Portanto, abandone o autoabandono, arrume seu cabelo, coloque um sorriso no rosto, acabe com as chantagens emocionais, procure ajuda, cuide-se também e assim ganhará resistência para ajudar aquele que te precisa forte.
Celso Garrefadomingo, 6 de fevereiro de 2022
SOMOS SOMENTE "GENTE", E ISSO É MUITO
(imagem extraída da internet) |
Reconhecer-nos como "gente" é o primeiro passo para aceitarmos nossos limites. Não somos máquinas, nem bancos. Não damos conta de tudo, nem conseguimos viver a vida do outro. Não somos o todo poderoso, prontos para tudo, capazes de tudo. Somos tão somente humanos, carregados de sentimentos que não precisam ser camuflados.
Precisamos abandonar o discurso de que vivemos em função do outro, pois quem vive em função do outro, não vive. Abandonar também o discurso de que para mim qualquer coisa serve, pois se assim o fizermos, assim seremos tratados: como algo sem valor e não como pessoa humana.
Por vezes esquecemos essas verdades e nos posicionamos como se fôssemos uma imponente rocha, capaz de absorver todo impacto, sem se desfazer, porém, ao transmitirmos essa ideia ao outro, não possibilitamos que nos enxerguem como gente, frágeis como somos e após cada pancada, vem outra. Se mesmo a rocha se despedaça quando golpeada, imaginem nós que somos humanos!
Ser gente também significa respeitar as nossas individualidades, mesmo diante de uma sociedade que insiste em nos tratar como números, como estatísticas, condicionando-nos a pensar como um todo e não em nossas peculiaridades.
Reconhecer-nos como pessoas humanas significa acordar para nós mesmos, cobrar nossos direitos, valorizar nossas qualidades, respeitar nossas limitações e viver também em função do meu eu e não apenas para agradar a terceiros.
Celso Garrefa
Sertãozinho SP
PREVENÇÃO À RECAÍDA
Um dos maiores desafios no processo de tratamento da dependência química são as frequentes recaídas de uma parte das pessoas que buscam ajud...
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(Celso Garrefa) Muitas vezes, na vida, nos preocupamos tanto com as pessoas que vivem ao nosso redor e não medimos esforços para protegê-...
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É comum os pais de dependentes químicos demorarem a aceitar que estão diante de um grande desafio, mesmo quando seus filhos já apresentam in...
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A dependência do álcool ou de outras drogas é um problema crescente, que tem afetado muitas famílias. Diante do desafio, muitas delas perceb...