(Celso Garrefa) |
Quantas vezes fazemos uma autocrítica exagerada e
negativa em relação ao nosso eu, diminuindo as nossas capacidades, menosprezando
as nossas qualidades e com isso nos sentimos menores do que realmente somos. Outras
vezes não nos julgamos merecedores e aceitamos qualquer coisa e conformamos com
menos do que fazemos jus.
Também é comum nos colocarmos na posição de “coitados”,
transmitindo, inclusive verbalmente, que para nós qualquer coisa serve, que para
nós tudo está bom, que não ligamos em ser tratados sem
consideração e respeito. Por vezes nos diminuímos tanto que sentimos
incomodados até mesmo diante de um elogio, como se dele não fôssemos merecedores.
Essas atitudes nos impedem de perceber aquilo que
temos de bom, de positivo. Precisamos deixar de ser cruéis em nossa autoanálise
e reconhecer, também, nossos valores, enaltecer, sem arrogância, nossas
qualidades.
Não adianta nos arrebentarmos, não resolve nos anularmos,
não é funcional vivermos apenas em função do outro e esperar o reconhecimento. Não
resolve concentrar todas as nossas energias e esforços em relação às pessoas
que convivem conosco e esperar o retorno, se vivemos diminuindo a nossa importância enquanto
pessoa.
Não somos valorizados por aquilo que fazemos a outras pessoas, nem somos reconhecidos por aquilo que entregamos ao outro. Em geral, as pessoas respeitam aqueles que eles admiram. Isso não significa ser egoísta e deixar de olhar com carinho e cuidado para aqueles que amamos e fazer por eles o nosso melhor, só não podemos esquecer de nós mesmos e nos proteger das autocríticas negativos que traçamos sobre nós. Enfim, eu preciso me proteger de mim, porque se eu não fizer, certamente ninguém o fará.
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