Os pais trabalham, participam de
reuniões, possuem outras obrigações; os filhos vão à escola, participam atividades diversas, outras vezes vão para a casa dos amigos e assim, pais e filhos cada vez mais se isolam. O pouco tempo que resta para a família quase sempre é engolido
pelas tevês, celulares e computadores.
As tecnologias dos tempos modernos
possuem a incrível capacidade de aproximar quem está distante de nós. Através das
redes sociais tornou-se tão fácil conversar com qualquer pessoa no mundo como
se ela estivesse ao nosso lado. Recebemos informações instantâneas de qualquer
pedaço do planeta, porém, essa mesma tecnologia que aproxima quem está distante,
afasta e isola as pessoas que estão ao nosso lado.
As tevês se multiplicaram na casa ganhando cada vez mais espaço. Além da sala, atualmente ela ocupa cada quarto da residência e marca presença até mesmo na cozinha. Cada filho possui o seu celular carregado de recursos e cada membro da família possui o seu canto, vive o seu mundo, no seu isolamento. Os quartos transformaram-se em ilhas.
As tevês se multiplicaram na casa ganhando cada vez mais espaço. Além da sala, atualmente ela ocupa cada quarto da residência e marca presença até mesmo na cozinha. Cada filho possui o seu celular carregado de recursos e cada membro da família possui o seu canto, vive o seu mundo, no seu isolamento. Os quartos transformaram-se em ilhas.
Quem são nossos filhos? De que eles gostam? Quais músicas, curtem? Quem são
seus amigos? Quais são seus medos? E seus sonhos? E eles conhecem os pais que têm? Sabem das suas necessidades? Dos seus desafios? Conhecem os seus princípios?
Não estamos sugerindo o descarte das tecnologias, elas são uma realidade, facilitam nossa vida e fazem
parte do mundo atual, porém não podemos permitir que elas nos engulam. Enxergamos a necessidade
de organizarmos um tempo para que haja contatos familiares, onde os membros da casa consigam dialogar e se relacionar, características essenciais para o desenvolvimento dos vínculos afetivos.
Como já citado em outro texto deste blog, os pais
só percebem que um filho está envolvido com drogas ilícitas, em média, após dois a três
anos do início do consumo, no entanto, antes deles apresentarem visíveis do uso, começam a externar mudanças comportamentais, contudo só seremos capazes de identificá-las se conhecermos bem os filhos que temos e para isso, precisamos preservar os contatos familiares.
Algumas regras simples facilitam essa relação em dias tão concorridos. Como já diziam os mais velhos, as refeições são
sagradas, entretanto, conta-se aos dedos as famílias que ainda preservam esse hábito.
Temos assistido cada membro se alimentando em horários ou locais
diferenciados, com um detalhe: a tevê continua ligada. Atenção: não queremos
perder nenhum segundo da novela, da notícia ou do esporte e não nos damos
conta que estamos perdendo a preciosa oportunidade da convivência familiar. O horário das refeições são curtos, mas todos precisam se alimentar. Podemos aproveitar esse momento para
reunir a família no entorno de uma mesa, reservar tempo adequado para não
engolir as refeições com correria, desligar tevês, eliminar celulares do lado dos pratos, deixar os
problemas, sermões e discussões do lado de fora e fazer desse momento, um
momento familiar.
Reservar tempo e espaço exclusivo
para família, onde os seus membros troquem experiências, diálogos e contatos
são de fundamental importância para o desenvolvimento dos vínculos, tão
necessário para a educação de nossos filhos, lembrando que, se não dispomos
desse tempo, lá fora nossos filhos encontrarão muitas pessoas mal intencionadas com tempo de sobra e ouvidos para emprestar-lhes.
Texto de Celso Garrefa
Sertãozinho SP
Texto de Celso Garrefa
Sertãozinho SP