Bons pais são aqueles que se fazem presentes. Suas ações
visam nortear as condutas dos filhos, criando regras, estabelecendo limites,
corrigindo com amor, enquanto pais bonzinhos são permissivos e facilitadores,
deixando os filhos à mercê de si mesmos. Bons pais sabem dizer “sim” quando a
ocasião permite, mas também sabem dizer “não” quando necessário,
enquanto pais bonzinhos possuem grande dificuldade em dizer um “não” como
resposta, mesmo quando preciso.
Bons pais sabem se posicionar. Eles respeitam os filhos,
mas também exigem respeito. Em suas ações, eles buscam fazer sempre aquilo que
precisa ser feito, mesmo que, vez ou outra, isso contrarie os desejos das
crianças. Pais bonzinhos não se posicionam e nem manifestam nenhuma atitude de
desaprovação quando são hostilizados, ofendidos, ou humilhados pelos
pequenos. Desejando agradar sempre e temendo a rejeição, eles fazem de tudo
para não os contrariar.
Bons pais permitem que os filhos façam tudo aquilo que
eles possuem condições de fazer. Eles não carregam no colo; eles ensinam a
caminhar. Pais bonzinhos acreditam que precisam fazer tudo pelos filhos,
inclusive aquilo que é obrigação deles: eles carregam sua mochila escolar, põem
comida no prato, guardam os objetos que eles espalham pela casa, etc. Bons pais
exercem o papel de pais, enquanto pais bonzinhos exercem o papel de serviçais da
garotada.
Bons pais não são violentos, nem agressivos. Não são
estúpidos, nem grosseiros. Bons pais possuem atitudes coerentes e equilibradas.
Eles sabem elogiar quando existe mérito, mas também sabem ser firmes quando
necessário. São incentivadores e apoiadores das boas condutas e cuidam dos seus
próprios comportamentos, fazendo deles exemplos para seus filhos.
Bons pais proporcionam oportunidades para que os filhos cresçam,
melhorem e conquistem pelos próprios esforços. Pais bonzinhos, desejando
satisfazê-los o tempo todo, atendem de forma imediata todos os desejos da
criançada, mesmo os mais descabidos.
Bons pais cuidam dos pequenos, mas não esquecem de si próprios, enquanto pais bonzinho não possuem vida própria, eles vivem em função dos filhos.
Bons pais cuidam dos pequenos, mas não esquecem de si próprios, enquanto pais bonzinho não possuem vida própria, eles vivem em função dos filhos.
Como resultado, bons pais conquistam autoridade e
respeito, transformando a relação com os filhos em uma convivência harmoniosa,
fortalecida pela criação de vínculos afetivos. Pais bonzinhos facilmente se transformam em verdadeiros “bananas”. Como não possuem atitudes, não são
respeitados. Como se abandonam em função dos filhos, também são esquecidos por
aqueles que mais amam.
Bons pais criam bons filhos; pais bonzinhos criam filhos folgados, imaturos e egoístas. E nós. Que tipo de pais desejamos ser? UM BOM PAI OU UM PAI BONZINHO?
Texto de Celso Garrefa
Sertãozinho SP
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