Mostrando postagens com marcador educação preventiva. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador educação preventiva. Mostrar todas as postagens

sábado, 12 de outubro de 2024

CABELOS MALUCOS OU MÃES MALUCAS?

Nesta semana do dia das crianças uma onda se espalhou pelas escolas e muitas imagens de pequeninos com cabelos enfeitados viralizaram nas redes sociais e junto delas a queixa de muitas mães: estes cabelos malucos estão me deixando maluca. 

Vimos de tudo: cabelos coloridos, elaborados com muito capricho, outros pais utilizaram coisas simples e com muita criatividade realizaram grandes feitos, quase uma obra de arte e houve aqueles pais que simplesmente enviaram os filhos aos cabeleireiros para executar o serviço.

Dá trabalho sim e cada um interpreta essa atividade da sua maneira. Há quem critique os professores, julgando que eles vivem inventando coisas e sobra para os pais, outros reclamam a falta de tempo para elaborar os penteados e muitos entram na brincadeira e curtem o momento.

Sim, cuidar das crianças dá trabalho e em uma época onde pais e filhos pouco interagem, ocupados com seus afazeres ou distraídos pelas redes sociais, essa atividade é uma grande oportunidade de contato, de aproximação, de troca. 

Vivemos um tempo em que realizamos as tarefas e cuidados com os filhos quase que mecanicamente. Preparar a mochila, pentear os cabelos, correr com o café da manhã, sair voando para a escola. No retorno das aulas nem sempre perguntamos como seu dia na escola.

Infelizmente, quem terceirizou o serviço, ou quem executou os penteados dos filhos resmungando, reclamando, de mau humor, externalizando uma insatisfação na realização do feito, não aproveitou a oportunidade de estreitar os laços, de fortalecer os vínculos afetivos, de conhecer um pouco mais seus filhos. Quem não aproveitou o retorno das aulas para saber como foi o dia na escola com tantos cabelos malucos, e com tantas coisas que eles têm para transmitir, está perdendo um pouquinho dos filhos que tem. 

Executar um penteado maluco nos filhos é trabalhoso, mas não pode ser motivo para nos deixar malucos. Maluco é não aproveitar a oportunidade para curtir o momento, entrar na brincadeira e fortalecer os laços afetivos entre pais e filhos. 


Celso Garrefa - Pedagogo Social

Autor do livro "Assertividade, um jeito inteligente de educar"



domingo, 8 de setembro de 2024

FILHOS AGRUPADOS, PAIS ISOLADOS

Desde muito cedo nossos filhos formam seus grupos, seja na escola onde estudam, seja com os colegas do bairro, seja nos projetos que participam e até mesmo em suas redes sociais. Agrupados, fazem uso intensivo dessas redes de apoio, trocando experiências o tempo todo. Na contramão dessa realidade, encontramos pais sozinhos e isolados.

Os grupos aos quais os filhos se juntam são influenciadores, e dependendo da turma, tanto podem exercê-las de forma positiva como negativa. Além de influenciadores, os grupos exercem pressões e isso exige atenção e cuidado. 

A adolescência é a fase da transição. Neste período eles tendem a ouvir menos os pais e mais os grupos de amizade, os influenciadores de internet, os ídolos etc. Em geral, sentem-se imunes e poderosos, e se testam o tempo todo. É, portanto, a fase em que estão mais sujeitos a desviar do caminho.

Nessa etapa da vida eles precisam fazer escolhas o tempo tempo, e sem exceção, em algum momento alguém vai apresentar-lhes o álcool e outras drogas. Caberá a eles fazer a escolha, com um detalhe, no momento da oferta, nós, pais, não vamos estar presentes, ou seja, a decisão caberá somente a eles.

Por tudo isso me convenço cada vez mais da necessidade dos pais buscarem conhecimentos, orientações e apoio. Filhos agrupados e pais isolados, alienados e ausentes em nada colaboram para uma transição segura e sadia da adolescência para a fase adulta.

Em primeiro lugar, devemos abandonar a negação e aceitar a ideia de que todos os nossos filhos estão sujeitos a desviar-se da rota. Podemos aprender com eles e formar os nossos grupos, onde trocamos experiências e nos preparamos para lidar com os desafios que atualmente é educar filhos, pois, como cito no livro "Assertividade, um jeito inteligente de educar" - Não existem garantias de sucesso, mas sem uma postura educativa é quase certo o fracasso. 



Celso Garrefa 


sábado, 17 de agosto de 2024

CRIANÇAS ADULTAS X ADULTOS CRIANÇAS

Observando os dias atuais percebemos que a presença dos pais na vida dos filhos está cada vez mais reduzida. O estilo de vida acelerado, os compromissos com trabalho e o estresse do dia a dia são, em parte, são responsáveis por este afastamento. 

E não é só isso, o tempo que sobra acaba engolido pelas tecnologias, utilizadas, inclusive, como método de distração dos pequenos, sem regras e sem limites. Nem mesmo na hora das refeições a família se reúne, e mesmo quando fazem a alimentação sentados à mesa, os celulares continuam ao lado dos pratos.  

Não se conversa mais com os filhos, não se incentiva mais a brincadeira fora das redes, e sem o brincar a criança está deixando de ser aquilo que nesta fase da vida ela deveria ser: apenas criança.  

Muitos pais também se renderam às redes sociais e também passam tempo absurdo conectados, e como consequência, assistimos a um distanciamento familiar, e sem essa convivência, não desenvolvemos os vínculos afetivos, fundamentais para uma educação assertiva.   

Não existem mais os ritos de passagem e muitos meninos e meninas estão vivendo esta fase da vida como se fossem adultos, crescendo antes do tempo, acessando conteúdos impróprios para a idade e expostos a uma série de riscos. 

Ironicamente, estas crianças que não foram vistas, nem tratadas como crianças, ao se tornarem adultas, passam a ser tratadas como incapazes, infantilizadas pelos pais, que querem facilitar, querem poupar, querem bancar, querem resolver e fazer por eles aquilo que nesta fase da vida eles próprios deveriam fazer.  

Como consequência, podemos nos deparar com adultos que não conseguem assumir quaisquer responsabilidades, não desejam sair da casa dos pais, demoram para entrarem no mercado de trabalho e assim, assistimos à formação da geração nem-nem, ou seja, nem trabalham, nem estudam. 

Enfim, para formarmos adultos responsáveis, competentes e equilibrados é fundamental respeitarmos a lógica do tempo, ou seja, crianças são crianças, adultos são adultos e não o contrário. 


Celso Garrefa (Autor do livro "Assertividade, um jeito inteligente de educar")



sábado, 24 de dezembro de 2022

SEJA PERMISSIVO COM SEUS FILHOS

Seja permissivo com seus filhos. Permita que eles levantem o traseiro do sofá e vão até a geladeira para se servirem de mais um copo de água. Permita que eles carregam os...

Obs.: Em razão de regras contratuais, este texto não está mais disponível neste blog, podendo ser lido na íntegra no livro "ASSERTIVIDADE, UM JEITO INTELIGENTE DE EDUCAR", de Celso Garrefa.


                                                               Grato pela compreensão.  











domingo, 9 de outubro de 2022

PERGUNTE AO GOOGLE

A pequena menina mal completou três anos de idade e já possui um celular nas mãos, onde desliza os frágeis dedinhos sobre a tela, clica em um ícone, outro clique e...

Obs.: Em razão de regras contratuais, este texto não está mais disponível neste blog, podendo ser lido na íntegra no livro "ASSERTIVIDADE, UM JEITO INTELIGENTE DE EDUCAR", de Celso Garrefa.


                                                               Grato pela compreensão.  



sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

TOMA QUE O FILHO É TEU

Em se tratando da educação dos filhos, ambos os pais são responsáveis e devem se alinhar para falar a mesma língua, criar parceria e não divisão ou disputa. 

Essa não é uma tarefa fácil, considerando a personalidade e as individualidades de cada um. É comum casais possuírem comportamentos opostos. Enquanto um é mais exigente, o outro é permissivo, enquanto um é firme no posicionamento, o outro é facilitador. Enquanto um tenta estabelecer regras, o outro vive quebrando-as. É preciso buscar um ponto de equilíbrio e para isso é imprescindível que o casal aprenda a dialogar.

Na busca da unidade ambos devem apresentar o seu ponto de vista e também precisam ceder em alguns pontos. É desastroso para a educação dos filhos quando os pais não se entendem. A cada vez que um dos lados toma determinada decisão ou atitude e o outro as quebra fragiliza a autoridade do companheiro e os filhos buscam pelo facilitador. 

Também é importante que os dois se posicionem, sem aquela velha frase de mãe: "Você vai ver hora que seu pai chegar". Ou do pai: "Vê lá com sua mãe". 

Essa tarefa torna-se ainda mais desafiadora quando os pais são separados. É importante que ambos compreendam que quem separam são os pais. Os filhos continuam sendo seus filhos e visando o bem deles, e não havendo razões concretas para um impedimento, é fundamental que facilitem o contato com a outra parte. 

É cruel com os filhos envolvê-los nos desafetos entre os pais. Usá-los como forma de vingança não pune apenas o lado contrário. Pune, com intensidade maior, os próprios filhos. 

E antes que me cobrem, não dá para deixar de citar uma realidade muito presente em muitas famílias, que é o abandono de muitos pais, cuja participação não vai além do ato sexual e desaparece, deixando toda a responsabilidade para a mãe. Quando muito, uma minguada pensão, como se isso bastasse. A esses me recuso chamá-los de pai, ou de mãe, se for ela quem abandona o barco.

Por fim, filhos bonzinhos é gostoso e enche-nos de orgulho em chamarmos de nossos, mas se os filhos são problema, continuam sendo nossos e de nossa responsabilidade. Quando não deu certo precisamos nos unir ainda mais na busca de soluções, sem se omitir e sem adotar o discurso do "toma que o filho é teu". 


Celso Garrefa
Sertãozinho SP








domingo, 7 de novembro de 2021

POSICIONAMENTOS FRÁGEIS, MANIPULAÇÕES FORTES

Quando ele quer, não tem jeito, tem que dar, senão ninguém aguenta, reclama a mãe, após a insistência perturbadora do filho de apenas cinco anos. Oras, se não aguentamos a pressão de uma criança...

Obs.: Em razão de regras contratuais, este texto não está mais disponível neste blog, podendo ser lido na íntegra no livro "ASSERTIVIDADE, UM JEITO INTELIGENTE DE EDUCAR", de Celso Garrefa.


                                                               Grato pela compreensão.  




sábado, 24 de abril de 2021

É FÁCIL DIZER NÃO, DIFÍCIL É MANTER O NÃO QUE FOI DITO

Um dia desses falando com a mãe de um garoto de cinco anos, ela argumentou que quando ele quer, não tem jeito, tem que dar, senão ele não para, não tem quem aguenta...

Obs.: Em razão de regras contratuais, este texto não está mais disponível neste blog, podendo ser lido na íntegra no livro "ASSERTIVIDADE, UM JEITO INTELIGENTE DE EDUCAR", de Celso Garrefa.


                                                               Grato pela compreensão.  




sábado, 10 de outubro de 2020

EDUCAÇÃO PREVENTIVA: QUANDO COMEÇAR?

(Foto: www.shutterstok.com)
    Qual é o momento ideal para começarmos a exercer uma educação preventiva é uma pergunta que sempre surge quando falamos sobre a educação dos filhos. Não tenho dúvidas em afirmar que o melhor momento é quando a criança ainda está na barriga da mãe.

     A gravidez é um momento especial para o casal que tanto deseja ter um filho. Período em que os futuros papais se preparam para receber uma nova vida. Serão nove meses de espera, tempo esse de fazer planos, de discutir sobre a escolha do melhor nome para o bebê, de criar expectativas sobre qual será o seu sexo, de programar o quartinho da criança.

    Tudo isso é muito bonito e saudável, mas é necessário, também, começar aí, antes mesmo do nascimento, a planejar sobre qual será o tipo de educação que estão dispostos a adotar na criação desse filho. É o momento de se definir qual será a proposta de  vida que norteará o relacionamento familiar. 

    Como as crianças aprendem aquilo que vivem, uma educação preventiva não começa nela propriamente dita, mas nos comportamentos e no relacionamento do casal. Como pretendem educar para o respeito se o casal não se respeitam e se ofendem o tempo todo? Como pensar em harmonia no lar que breve receberá uma criança, se os futuros pais vivem em estado de histeria e loucura? Como educar pelo exemplo se o casal não faz de suas atitudes um modelo a ser seguido? 

    Deixando um pouco de lado o romantismo e olhando pela ótica da razão, essa criança que breve começará sua jornada nesta vida irá se deparar com um mundo hostil, carregado de perigos e ameaças de toda espécie.  É responsabilidade dos pais prepará-la para esses desafios, caso contrário, ela poderá sentir-se entregue a própria sorte. Precisamos chegar primeiro.

Celso Garrefa 

Sertãozinho SP

PREVENÇÃO À RECAÍDA

Um dos maiores desafios no processo de tratamento da dependência química são as frequentes recaídas de uma parte das pessoas que buscam ajud...