Se nos deixarmos influenciar por uma
sociedade que cobra de nós pais uma perfeição, que não está ao nosso alcance, corremos sério
risco de nos tornarmos mais uma vítima do sentimento de culpa.
Esse sentimento não está ligado apenas a fatos ocorridos no passado, em que a pessoa se auto-condena por algo que já aconteceu. Ele também pode nos remeter ao futuro, ou seja, a pessoa se sente culpada antes mesmo de agir.
Esse sentimento não está ligado apenas a fatos ocorridos no passado, em que a pessoa se auto-condena por algo que já aconteceu. Ele também pode nos remeter ao futuro, ou seja, a pessoa se sente culpada antes mesmo de agir.
Muitos pais sabem que existem momentos em que precisam ser firmes, mas paralisam com receio de contrariar os filhos ou por medo da rejeição da criança e amolecem. Existem momentos em que o não é necessário, mas sentem-se culpados por não atender aos apelos da criança e facilitam.
É nossa responsabilidade, como pais, exercer uma educação preventiva e assertiva e isso exige a adoção de atitudes firmes que visem corrigir todo e quaisquer comportamentos que desaprovamos. Nossas ações, por vezes, contrariam os interesses dos pequenos, mas não precisamos agradar o tempo todo. A responsabilidade nos convida a agir; a culpa por antecipação engessa e paralisa nossas ações.
É nossa responsabilidade, como pais, exercer uma educação preventiva e assertiva e isso exige a adoção de atitudes firmes que visem corrigir todo e quaisquer comportamentos que desaprovamos. Nossas ações, por vezes, contrariam os interesses dos pequenos, mas não precisamos agradar o tempo todo. A responsabilidade nos convida a agir; a culpa por antecipação engessa e paralisa nossas ações.
Os filhos, espertos como são, aproveitam e utilizam as armas que possuem: o choro, a birra, o rostinho
emburrado. Nesse momento é preciso muita consciência para fazermos aquilo que precisa
ser feito, sem autopunição, sem autopiedade, sem culpa.
É
fácil identificarmos os pais que se culpam por antecipação. Eles possuem o hábito
de fazer o uso do “e se” diante de tudo aquilo que precisam fazer. – E se eu
não permitir que ele coma mais um doce depois de secar uma caixa inteira de
chocolates e ele ficar doente? - E se eu não comprar mais um
brinquedinho depois de centenas e mais centenas que ele possui e ele não gostar mais de mim?
A
responsabilidade, diferente da culpa, é a consciência de que o verdadeiro amor é aquele que nos leva a fazermos o que precisa ser feito, sem nos omitirmos, sem receios de estabelecermos limites. Precisamos parar de tratar filhos como coitadinhos, pois isso diminui suas potencialidades e capacidades. Mais do que agradar o tempo todo, nossa responsabilidade é a de educar, de preparar para a vida.
Texto de Celso Garrefa
Texto de Celso Garrefa
Sertãozinho SP