sexta-feira, 6 de dezembro de 2024
O VALOR DA BANANA
sábado, 30 de novembro de 2024
NÃO FEZ MAIS DO QUE SUA OBRIGAÇÃO
sábado, 12 de outubro de 2024
CABELOS MALUCOS OU MÃES MALUCAS?
Vimos de tudo: cabelos coloridos, elaborados com muito capricho, outros pais utilizaram coisas simples e com muita criatividade realizaram grandes feitos, quase uma obra de arte e houve aqueles pais que simplesmente enviaram os filhos aos cabeleireiros para executar o serviço.
Dá trabalho sim e cada um interpreta essa atividade da sua maneira. Há quem critique os professores, julgando que eles vivem inventando coisas e sobra para os pais, outros reclamam a falta de tempo para elaborar os penteados e muitos entram na brincadeira e curtem o momento.
Sim, cuidar das crianças dá trabalho e em uma época onde pais e filhos pouco interagem, ocupados com seus afazeres ou distraídos pelas redes sociais, essa atividade é uma grande oportunidade de contato, de aproximação, de troca.
Vivemos um tempo em que realizamos as tarefas e cuidados com os filhos quase que mecanicamente. Preparar a mochila, pentear os cabelos, correr com o café da manhã, sair voando para a escola. No retorno das aulas nem sempre perguntamos como seu dia na escola.
Infelizmente, quem terceirizou o serviço, ou quem executou os penteados dos filhos resmungando, reclamando, de mau humor, externalizando uma insatisfação na realização do feito, não aproveitou a oportunidade de estreitar os laços, de fortalecer os vínculos afetivos, de conhecer um pouco mais seus filhos. Quem não aproveitou o retorno das aulas para saber como foi o dia na escola com tantos cabelos malucos, e com tantas coisas que eles têm para transmitir, está perdendo um pouquinho dos filhos que tem.
Executar um penteado maluco nos filhos é trabalhoso, mas não pode ser motivo para nos deixar malucos. Maluco é não aproveitar a oportunidade para curtir o momento, entrar na brincadeira e fortalecer os laços afetivos entre pais e filhos.
Autor do livro "Assertividade, um jeito inteligente de educar"
domingo, 8 de setembro de 2024
FILHOS AGRUPADOS, PAIS ISOLADOS
Os grupos aos quais os filhos se juntam são influenciadores, e dependendo da turma, tanto podem exercê-las de forma positiva como negativa. Além de influenciadores, os grupos exercem pressões e isso exige atenção e cuidado.
A adolescência é a fase da transição. Neste período eles tendem a ouvir menos os pais e mais os grupos de amizade, os influenciadores de internet, os ídolos etc. Em geral, sentem-se imunes e poderosos, e se testam o tempo todo. É, portanto, a fase em que estão mais sujeitos a desviar do caminho.
Nessa etapa da vida eles precisam fazer escolhas o tempo tempo, e sem exceção, em algum momento alguém vai apresentar-lhes o álcool e outras drogas. Caberá a eles fazer a escolha, com um detalhe, no momento da oferta, nós, pais, não vamos estar presentes, ou seja, a decisão caberá somente a eles.
Por tudo isso me convenço cada vez mais da necessidade dos pais buscarem conhecimentos, orientações e apoio. Filhos agrupados e pais isolados, alienados e ausentes em nada colaboram para uma transição segura e sadia da adolescência para a fase adulta.
Em primeiro lugar, devemos abandonar a negação e aceitar a ideia de que todos os nossos filhos estão sujeitos a desviar-se da rota. Podemos aprender com eles e formar os nossos grupos, onde trocamos experiências e nos preparamos para lidar com os desafios que atualmente é educar filhos, pois, como cito no livro "Assertividade, um jeito inteligente de educar" - Não existem garantias de sucesso, mas sem uma postura educativa é quase certo o fracasso.
Celso Garrefa
domingo, 25 de agosto de 2024
VIVER COM PRESSA NOS IMPEDE DE VIVER
Com pressa não observamos os detalhes, não acompanhamos o crescimento dos filhos, não valorizamos os contatos, não acalmamos o coração, não silenciamos, nem paramos, e como consequência, vivemos estressados e irritados, reclamando da falta de tempo.
Desacelerar é preciso. Rever a maneira como fazemos uso do nosso tempo, descartar a perda de tempo por inutilidades e reorganizá-lo visando tirar dele o máximo proveito. Não adiante desejar que os dias tenham mais horas. Somos nós que devemos nos ajustar a quantidade de horas disponíveis em um dia.
Enfim, estamos vivendo com tanta pressa, que estamos deixando de viver. Vale, neste momento, lembrar daquela música composta por Almir Sater e Renato Teixeira:
“Ando devagar porque já tive pressa e levo esse sorriso porque já chorei demais”
Celso Garrefa
terça-feira, 9 de julho de 2024
TOMADA DE ATITUDE: SEM AÇÃO NÃO EXISTE SOLUÇÃO
A primeiro atitude dos familiares é tentar convencer o dependente a mudar de vida, utilizando a tática do convencimento com palavras e conselhos, no entanto, estamos diante de um problema complexo, multifatorial e de difícil solução. Não é nada fácil convencer o dependente a mudar de vida apenas com palavras, se este não está disposto a nos ouvir e quem mais precisa de conselhos são aqueles que menos desejam recebê-los.
A busca da solução para o problema vai além das palavras. Exige ação, atitude. Enquanto apenas falamos a outra parte ouve, ou finge ouvir e nada acontece; quando tomamos algumas atitudes ela precisa se ajustar às nossas mudanças.
Em primeiro lugar precisamos acabar com as ameaças vazias, que em nada colabora para a solução do problema. Cada ameaça não executada aumenta o descrédito em nossos posicionamentos. Quantas vezes ameaçamos não dar mais dinheiro, e basta uma insistência e cedemos, quantas vezes ameaçamos abandonar tudo e nada fazemos?
O primeiro passo é recuperar o crédito perdido. Podemos começar com atitudes simples, que estejam ao nosso alcance, e que temos condições de mantê-las. Eles devem perceber que a partir de agora aquilo que eu falo, eu faço. Na medida em que vamos recuperando o crédito, na medida em que eles começam a perceber que não estamos mais dispostos a recuar, podemos avançar e ousar nas atitudes tomadas. Mas é de extrema importância estabelecer apenas aquilo que estou disposto a manter.
Não precisamos pensar em uma atitudes que por si só irá solucionar o problema, mas em um conjunto de ações e perseverar. Se nos sentirmos cansados, podemos até parar, por um instante, para descansar, mas nunca para desistir. O importante é agir, pois, sem ação não existe solução.
Celso Garrefa
Assoc. AE de Sertãozinho SP
sábado, 30 de março de 2024
EU PRECISO ME PROTEGER DE MIM
(Celso Garrefa) |
Quantas vezes fazemos uma autocrítica exagerada e
negativa em relação ao nosso eu, diminuindo as nossas capacidades, menosprezando
as nossas qualidades e com isso nos sentimos menores do que realmente somos. Outras
vezes não nos julgamos merecedores e aceitamos qualquer coisa e conformamos com
menos do que fazemos jus.
Também é comum nos colocarmos na posição de “coitados”,
transmitindo, inclusive verbalmente, que para nós qualquer coisa serve, que para
nós tudo está bom, que não ligamos em ser tratados sem
consideração e respeito. Por vezes nos diminuímos tanto que sentimos
incomodados até mesmo diante de um elogio, como se dele não fôssemos merecedores.
Essas atitudes nos impedem de perceber aquilo que
temos de bom, de positivo. Precisamos deixar de ser cruéis em nossa autoanálise
e reconhecer, também, nossos valores, enaltecer, sem arrogância, nossas
qualidades.
Não adianta nos arrebentarmos, não resolve nos anularmos,
não é funcional vivermos apenas em função do outro e esperar o reconhecimento. Não
resolve concentrar todas as nossas energias e esforços em relação às pessoas
que convivem conosco e esperar o retorno, se vivemos diminuindo a nossa importância enquanto
pessoa.
Não somos valorizados por aquilo que fazemos a outras pessoas, nem somos reconhecidos por aquilo que entregamos ao outro. Em geral, as pessoas respeitam aqueles que eles admiram. Isso não significa ser egoísta e deixar de olhar com carinho e cuidado para aqueles que amamos e fazer por eles o nosso melhor, só não podemos esquecer de nós mesmos e nos proteger das autocríticas negativos que traçamos sobre nós. Enfim, eu preciso me proteger de mim, porque se eu não fizer, certamente ninguém o fará.
sábado, 16 de dezembro de 2023
O QUE OS OLHOS NÃO VEEM, O CORAÇÃO NÃO SENTE
Essa negação do problema acontece de forma inconsciente e possui o
objetivo de protegê-los de uma realidade dolorosa, na qual eles não desejam e não sabem como
lidar. Mas não tem jeito, abandonar a negação é necessário e urgente.
Esse não é um momento fácil, tendo em vista que a aceitação dos fatos
aos quais recusam enxergar causa sofrimentos profundos e angustiantes. Para os pais, reconhecer o problema é como receber um choque paralisante, como se nada mais na vida fizesse sentido.
Encarar as verdades, que de maneira inconscientes relutavam para aceitar, é como viver um luto, mas não tem jeito, a família precisa o mais
breve possível despertar do transe provocado pela aceitação da realidade e começar a se mover.
Para tanto, precisam abandonar a ideia de que sozinhos iram solucionar
um problema de alta complexidade e buscar ajuda, não apenas para o filho, mas
também para toda a família, que adoece tanto quanto ou até mais que o próprio
dependente.
Precisam abandonar o sentimento de culpa, parar de justificar os fatos e
enxergá-los na medida certa, sem minimizá-los, nem os maximizar. Tratar da
codependência e trabalhar o desligamento emocional, ou seja, ampliar os seus
recursos para preservar uma mente sã e equilibrada, independente dos
comportamentos insanos do outro.
Encarar a realidade dos fatos é sem dúvidas o primeiro passo para a
busca da solução do problema. Isso é desafiador, mas a família não precisa enfrentar isso
sozinha. Podem contar sempre com a ajuda dos grupos de apoio do Programa
Amor-Exigente para enxergar, com clareza, que um desafio nunca chega sem estar
carregado de oportunidades.
Celso Garrefa
Assoc. AE de Sertãozinho SP
sexta-feira, 8 de setembro de 2023
SEMPRE É TEMPO
Quantas desculpas atribuímos ao tempo de vida para permanecermos na nossa zona de acomodação, e quanto tempo perdemos paralisados no tempo. Não existe o tempo certo, e nunca é tarde para começarmos algo novo.
Sempre
é tempo de revermos nossos conceitos, sempre é tempo de mudarmos nossas
opiniões e comportamentos, sempre é tempo de aprendermos algo novo, sempre é
tempo de começarmos realizar coisas que até então a vida não nos permitiu.
Sempre é tempo de reconhecermos nosso valor, de nos cuidarmos.
Sempre
é tempo de exigir respeito e de respeitar a nós mesmos. Sempre é tempo de viver
a vida, de descobrir coisas novas, de realizar sonhos, de traçar novos planos,
sempre é tempo de ser feliz.
É
certo que o tempo nos traz algumas limitações, que precisam ser respeitadas,
mas não precisamos fazer delas a muleta que nos mantem estagnados. E por falar
em limitações, todos possuem as suas, mesmo que diferentes umas das outras.
Mas o
mesmo tempo que limita, também capacita, torna-nos melhores, mais experientes, mais
sábios. Eis a vida, perdas e ganhos, portanto, valorizemos os ganhos e aceitemos
algumas perdas, sem resmungos, elas fazem parte da nossa existência.
A vida é um grande enigma, carregada de surpresas e incertezas. O tempo de vida não se conta apenas pelo tempo percorrido, cinquenta, sessenta, oitenta, mas também pelo tempo que ainda resta pela frente e neste sentido não sabemos quem possui mais vida, se aqueles cujos cabelos já branquearam pela ação do tempo ou o jovem, cuja tenra idade o faz sonhar grande. Sob este ponto de vista somos todos da mesma idade.
Celso Garrefa - Assoc. AE de Sertãozinho SP
sábado, 22 de julho de 2023
FALAR OU CALAR?
Já na madrugada, o filho chega
cambaleante. – Filho, precisamos conversar. O jovem, não demonstrando qualquer
interesse na fala do pai, reage de forma grotesca: - De novo esse papo, não
estou a fim de conversa, não. Entra no quarto bate a porta e deixa os pais no vácuo.
É inegável que os pais devem e
precisam falar com os filhos sobre o abuso do álcool ou consumo de outras
drogas, porém, é preciso que isso aconteça de forma adequada e em uma melhor hora.
Quando um filho chega sob efeito
de substâncias entorpecentes, qualquer tentativa de diálogo não produz efeito
algum. Nesse momento, aquilo que é transmitido entra por um ouvido e sai pelo
outro, ou ele pode se tornar agressivo e a tentativa de diálogo terminar em confronto.
Mas é importante não deixar cair
no esquecimento. É comum no dia seguinte, quando o filho recuperou do porre da
noitada, os pais se calarem, com receio de tocar no assunto e ele sair para rua
novamente. Como uma forma de se protegerem dos sofrimentos resultantes da convivência
com um dependente, os pais se iludem: quem sabe dessa vez ele para, e adotam o
silêncio.
Não dá para calar diante do
problema, mas também não precisamos exagerar com sermões e broncas
intermináveis. É preciso ser breve e passar o recado, transmitindo nosso posicionamento
contrário ao uso, de forma clara e firme, colocando-nos a disposição para ajudá-lo
a sair do enrosco em que se meteu, porém, descartando qualquer tipo de ajuda
que apenas favoreça a continuidade do problema e facilite o seu uso.
É preciso coragem para toca no assunto e jamais nos calar diante
de um problema, pois, como diz um dito popular, quem cala, consente.
Celso Garrefa
Assoc. AE de Sertãozinho SP
domingo, 9 de julho de 2023
POR QUE COMIGO?
Por vezes, diante dos percalços da vida, inconscientemente, queremos mostrar
o quanto estamos sofrendo e externalizamos esse momento através do
autoabandono, do isolamento, da tristeza profunda estampada no rosto. Isso
significa potencializar um desafio que já é grande.
Manter a cabeça erguida, colocar um sorriso no rosto e abandonar o casulo no
qual nos fechamos são os primeiros passos na direção de uma atitude interior
positiva que nos permite enxergar o nosso desafio na medida certa, sem
minimizá-lo, mas também sem o maximizar.
Rejeitar o muro das lamentações, parar de resmungar, abandonar o papel de coitadinho e buscar ajuda nos permitem um novo olhar sobre o desafio enfrentado, e assim, podemos parar de questionar: “por que comigo?”, “por que na minha casa?”, e compreender que muitas coisas que acontecem conosco possui um propósito que talvez ainda não sabemos, portanto, mudemos o questionamento: “para que isto aconteceu comigo?” “para que isto aconteceu na minha casa?"
As maiores pessoas que conheço e admiro nesta vida são pessoas que tiveram de vencer grandes desafios, e como tenho dito e repetido: sofrimento não é remédio que soluciona problemas, portanto, coloquemos um sorriso no rosto, abandonemos o sofrimento profundo e vamos à luta.
domingo, 18 de junho de 2023
QUAL É A QUALIDADE DOS SEUS PENSAMENTOS?
Somos bombardeados diariamente
por uma avalanche de pensamentos, muitos deles positivos, muitos deles negativos
e diante destes pontos extremos irá sobressair aquele que mais alimentamos.
Dizem que o pensamento é uma semente
que se materializa. Daí a importância de avaliarmos a qualidade dos nossos
pensamentos, valorizando a positividade e reduzindo a negatividade. Pensar que
nada vai dar certo, que não é possível, que não somos capazes, que tudo está
perdido é plantar a semente do insucesso. Por outro lado, acreditar que podemos
evoluir, melhorar, crescer e aprender significa regar a semente de possibilidades
extraordinárias.
Nem sempre dominamos nossos
pensamentos e quando eles insistem em nos incomodar, necessitamos de alternativas
para freá-los. Para tanto, não podemos dar espaço para a ociosidade, ao mesmo
tempo, fortalecer nossa espiritualidade e buscar ajuda.
Encontrar o equilíbrio em relação
ao que pensamos é fundamental para equilibrarmos também a nossa vida. Por vezes
pensamos de menos e agimos no impulso, sem refletir, sem pesar as consequências,
sem pensar no depois. Agindo na irreflexão cometemos
muitas bobagens. Por outro lado, pensar demais e agir de menos paralisa quaisquer possibilidades
de mudanças positivas.
Para lidar com isso podemos contar com o apoio do Amor-Exigente, um programa comportamental capaz de nos ajudar a melhorar a qualidade dos nossos pensamentos, consequentemente, equilibrar nossos sentimentos e a partir disso, construir as nossas mudanças comportamentais, tão necessárias para modificar os rumos daquilo que nos incomoda e adoece. Pense nisso.
Celso Garrefa
Assoc. AE de Sertãozinho SP
sábado, 20 de maio de 2023
O PAPEL DE VÍTIMA NO JOGO DA CULPA
Não podemos ficar presos ao
passado e isso exige de nós o abandono do jogo da culpa, acabando com culpas,
desculpas e culpados. Decidir abandonar este perverso jogo nos coloca diante de
dois pontos importantes a serem pensados, sendo que um deles proporciona alívio
e o outro, desconforto.
Aceitar a ideia de que não
somos os culpados pelos problemas do outro é como retirar uma carga pesada das
costas. Esta atitude traz conforto, alivia nossas angústias, diminui as
exageradas autocríticas que fazemos de nós mesmos e assim podemos soltar as
correntes que nos prendem ao passado e projetar o futuro.
Por outro lado, abandonar este
jogo cruel também pode nos causar certo incômodo, pois, não basta não nos
sentir culpados, precisamos também parar de culpar os outros, cessar as buscas
de justificativas fora de nós mesmos para tudo o que acontece conosco e à nossa
volta. Precisamos abandonar o papel de vítima.
Para tanto, vamos precisar nos
encarar, nos enxergar, reconhecer também as nossas falhas, nossos defeitos, sem
arranjar desculpas para não assumirmos nossas responsabilidades e isso costuma
incomodar. Muitas vezes não gostamos do que vemos em nós e preferimos culpar os outros.
Mas, não existe outro caminho para nos livrarmos deste sentimento. Só conseguimos parar de jogar este jogo quando trocamos a culpa pela responsabilidade. Pode ser difícil nos encarar, admitir nossos defeitos sem ter onde justificá-los, mas é o primeiro passo para a nossa libertação, rumo a uma vida nova, plena e consciente.
Celso Garrefa
Assoc. AE de Sertãozinho SP
domingo, 30 de abril de 2023
DEPENDÊNCIA QUÍMICA, É POSSÍVEL VENCÊ-LA
sexta-feira, 7 de abril de 2023
PAIS E FILHOS: DE IGUAL PARA IGUAL
E a resposta é sim, se pensarmos na vida como um todo, desde a concepção até o final. Lembrando uma fala do professor Neube José Brigagão, ele citava que um pai poderá se relacionar de igual para igual com os seus filhos quando eles forem capazes de assumir as responsabilidades pela condução da própria vida.
Isso reforma a ideia deste princípio. Para um filho atingir o nível de responsabilidade, de dono, de independência e condutor da própria vida ele vai precisar, durante sua formação, dos pais exercendo o papel de pais. A principal função dos pais é educar, para isso, precisam exercer sua autoridade, que é legítima, norteando as condutas dos filhos, e não se obtém sucesso neste desafio tratando-os de igual para igual, como se fossem seus amiguinhos.
Os pais precisam preparar os seus filhos para a vida e não conquistamos isso resolvendo, facilitando ou fazendo por eles aquilo que é dever deles. Não ajudamos nossos filhos tratando-os como coitadinhos, desvalorizando as suas capacidades. Não atingimos o objetivo com receio de contrariá-los, com medo de dizer "não" como resposta, quando necessário. Não logramos êxito atendendo todas as suas exigências de forma imediata, para não frustrá-los, e parecer "bonzinhos".
Podemos, inclusive, nos deparar com um momento em que as funções se invertem e os filhos precisam cuidar dos pais, assumindo o papel de pais dos seus pais, em razão da idade avançada ou problemas de saúde e assumir esse cuidado é uma responsabilidade dos filhos, não dos amigos, portanto, que sejamos pais, para que nossos filhos possam ser nossos filhos, quando deles precisarmos.
Celso Garrefa
Assoc. AE de Sertãozinho SP
domingo, 2 de abril de 2023
MUITOS "EUS" HABITAM EM MIM
Se deixarmos de exercer um papel que é nosso, ou uma função que nos é de direito, abrimos espaço para outros assumirem. Agindo assim, perdemos o controle da nossa vida e passamos a viver sob os domínios dos outros, inclusive por quem não gostaríamos que estivessem no comando.
Um pai ou uma mãe que deixa de exercer o papel de pais transferem o comando da casa para os filhos e essa inversão de papeis é desastrosa para a organização familiar. Um chefe que não coordena seus subordinados pode colapsar uma empresa. Um dirigente que não estabelece as regras da sua instituição, vive sob as regras dos outros e perde o controle.
Para equilibrar e fortalecer as relações entre as pessoas nos meios em que interagimos é necessário uma definição clara dos papeis e atribuições de cada um. Devemos assumir os compromissos que são nossos, ao mesmo tempo, abandonar aqueles que não são nossas funções, delegando responsabilidades, respeitando uma hierarquia.
Somos um só, e somos muitos, mas não somos todos e não podemos assumir tudo sozinhos, e sendo um só precisamos preservar o nosso eu, tão precioso, tão raro, caso contrário, corremos o risco de deixarmos de ser um só para nos tornarmos ninguém.
Celso Garrefa
Assoc. AE de Sertãozinho SP
domingo, 12 de março de 2023
"PAI, FAZ MAIS UM PIX PRA MIM"
sábado, 4 de março de 2023
OS MEUS LIMITES SÃO MEUS E QUEM OS DEFINE SOU EU
Diante dessa realidade, somos
nós quem devemos estabelecer os limites do aceitável, em relação a outras
pessoas, criando uma barreira protetora capaz de nos proteger daqueles que não
possuem escrúpulo algum, que não têm controle sobre a própria vida e, se
encontrarem espaço em nós, também vão nos arrastar para o mesmo abismo.
Para evitarmos tamanho
prejuízo precisamos nos posicionar com firmeza, diante de pessoas tóxicas, e
para isso, precisamos aprender o valor do “não”, essa palavra mágica capaz
de frear manipuladores, chantagistas e sanguessugas de plantão.
Mas, esses “nãos” precisam ser
ditos com convicção e clareza. Na dúvida, podemos pedir um tempo para pensar no
assunto e, definida a resposta, ela deve ser transmitida sem rodeios. Devemos
saber que o manipulador está sempre preparado para nossas desculpas,
encontrando nelas o que precisa para continuar o ataque.
O Programa Amor-Exigente nos transmite
uma grande verdade: não possuímos o poder sobre a vida do outro, porém,
possuímos o poder sobre nossa própria vida e não devemos abrir mão disso.
Portanto, se os meus limites são meus, quem os define sou eu.
Celso Garrefa
Assoc. AE de Sertãozinho SP
PREVENÇÃO À RECAÍDA
Um dos maiores desafios no processo de tratamento da dependência química são as frequentes recaídas de uma parte das pessoas que buscam ajud...
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(Celso Garrefa) Muitas vezes, na vida, nos preocupamos tanto com as pessoas que vivem ao nosso redor e não medimos esforços para protegê-...
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