Os retornos das partilhas são fundamentais
para as reuniões do grupo, mas um bom retorno começa pelo interesse e atenção na
fala das pessoas. O maior responsável pelo alívio proporcionado para aqueles que
chegam carregados de problemas não é a nossa fala, mas a nossa escuta
interessada.
Por isso, deixemos falar, conscientes da importância
de tudo o que for dito. Ouçamos a história de cada um com muito respeito,
atenção e empatia, sem a ansiedade de apresentar receitas e soluções imediatas
para o problema. Muitos que chegam até nós, num primeiro momento, sequer
conseguem nos ouvir.
Caso necessário, o nosso retorno deve ser breve,
sem fazer deles uma palestra. Deve ser acolhedor e compreensivo, com todo o
cuidado para não fazermos comparações com o nosso momento atual.
Se precisarmos organizar o tempo, é
importante usarmos toda a nossa empatia para interferir, sem cortes bruscos,
mostrando que desejamos conhecer mais a sua história, convidando para que
retornem nas próximas reuniões.
Por tudo isso, a nossa entrega durante as
reuniões deve ser plena. Nossos ouvidos devem trabalhar mais que a nossa boca,
pois a melhor resposta é, sem dúvidas, aquela que começa pela escuta.
Celso Garrefa
Assoc. AE de Sertãozinho SP