Esta semana vi uma cena que me chamou a atenção. Uma mãe carregava duas sacolas cheias na mão direita, mais duas ou três na mão esquerda e ainda, nas costas, carregava a mochila escolar do filho, um menino quase do tamanho dela, que brincava sem compromisso algum.
Essa atitude não é exclusividade dessa mãe. Basta pararmos alguns minutos em frente a uma escola, no horário da saída, e assistiremos muitos pais, mães ou mesmo
avós praticamente arrancarem a mochila escolar da mão da criança e pendurar em suas costas.
Esse comportamento não se resume ao material escolar. Dentro do ambiente familiar ele ganha contornos ainda mais graves. Muitas mães passam o dia recolhendo os objetos que os filhos vão espalhando pela casa: brinquedos, roupas, calçados, lápis, cadernos, etc. Outras chegam ao absurdo de fazerem as tarefas escolares para eles e ainda têm aquelas que utilizam do famoso "aviãozinho", servindo comida na boquinha de filhos de nove ou dez anos de idade para que comam alguma coisa.
Esse comportamento não se resume ao material escolar. Dentro do ambiente familiar ele ganha contornos ainda mais graves. Muitas mães passam o dia recolhendo os objetos que os filhos vão espalhando pela casa: brinquedos, roupas, calçados, lápis, cadernos, etc. Outras chegam ao absurdo de fazerem as tarefas escolares para eles e ainda têm aquelas que utilizam do famoso "aviãozinho", servindo comida na boquinha de filhos de nove ou dez anos de idade para que comam alguma coisa.
Ao serem indagados justificam
dizendo que consideram esse gesto como uma demonstração de amor, de carinho e
de atenção e eles têm razão. Para os pais isso é um gesto de cuidado, mas será que as crianças também conseguem assimilar essa atitude como uma demonstração de carinho? Infelizmente, quase nunca isso acontece. Normalmente, os pequenos interiorizam essa ação como uma obrigação dos pais e passam a relacionar-se com eles com extrema frieza.
Ao fazermos para os filhos tudo aquilo que eles possuem condições de fazer colaboramos para a
formação de filhos folgados e irresponsáveis. Além disso, vamos perdendo as nossas reais funções e responsabilidades de pais, para assumirmos o papel de serviçais, de empregados
domésticos dos filhos.
Com isso, muitas crianças e jovens desenvolvem o que chamamos da síndrome do sofá: chegam da escola, nem sequer tiram o material escolar do carro, jogam o tênis no meio da casa, ligam a tevê ou isolam-se no celular, espicham-se no sofá, onde controla a mãe da mesma forma com que controla os canais que assistem: - “Mãe, pega um copo de água; mãe, traz um biscoito; mãe, faz um suco; mãe, pega o copo que já está vazio; mãe, traz um café; mãe, prepara um pão”. Ao final do dia continuam ditando ordens, enquanto a mãe está arrebentada.
Com isso, muitas crianças e jovens desenvolvem o que chamamos da síndrome do sofá: chegam da escola, nem sequer tiram o material escolar do carro, jogam o tênis no meio da casa, ligam a tevê ou isolam-se no celular, espicham-se no sofá, onde controla a mãe da mesma forma com que controla os canais que assistem: - “Mãe, pega um copo de água; mãe, traz um biscoito; mãe, faz um suco; mãe, pega o copo que já está vazio; mãe, traz um café; mãe, prepara um pão”. Ao final do dia continuam ditando ordens, enquanto a mãe está arrebentada.
Aos fazemos aos filhos tudo aquilo que eles mesmos possuem condições de fazer menosprezamos suas potencialidades e capacidades, como consequência futura, podemos nos deparar com adultos irresponsáveis e folgados.
Ao estimularmos que os filhos assumam responsabilidades, de acordo com sua faixa etária e suas capacidades, contribuímos para o desenvolvimento de sua autonomia, preparando-os para tornarem-se adultos competentes e responsáveis, caso contrário, estamos apenas roubando-lhes a oportunidade do aprendizado e do crescimento e isso não é uma demonstração de amor.
Texto de Celso Garrefa
Sertãozinho SP
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