“Eduquem os meninos e não será
preciso castigar os homens”. Essa frase citada por Pitágoras, há
aproximadamente 500 anos antes de Cristo, continua tão atual e verdadeira que
parece dita ontem. Naquela época, Pitágoras já tinha razão. Se não investirmos,
hoje, em nossas crianças, como podemos esperar que no futuro se tornem pessoas de bem?
Não dá para falarmos em formação e educação dos
pequeninos, sem abordarmos sobre três instituições que são os pilares nessa construção: a
família, a escola e a igreja.
Dentre
elas, a família é a primeira referência na vida das crianças. Os pais devem
assumir suas responsabilidades enquanto pais, agindo ativamente na educação
dos filhos, sem transferir responsabilidades. Infelizmente, o mundo moderno tem
prejudicado os contatos familiares. Como já citei em outros textos, estamos
assistindo, em nossos dias, uma formação familiar trágica, que chamamos de
família de desconhecidos, isto é, pessoas que vivem na mesma casa e nada mais. Cada um em
seu canto, assistindo a sua tevê, usando seu celular ou absorvidos pelas redes
sociais. Não sobra tempo para as interações familiares.
Outras famílias são tão ausentes ou permissivas que transformam seus filhos em
crianças órfãs de pais vivos, ou seja, não assumem as responsabilidades que são
suas e deixam os pequenos a mercê de si mesmos. Não tomam atitude alguma
diante dos comportamentos inadequados dos filhos, são permissivos,
facilitadores e tentam compensar a sua passividade com presentes e brinquedos.
O outro pilar e, não menos importante, são nossas
unidades escolares. É óbvio que educar é missão dos pais, mas a escola não deve
colocar-se a margem disso, limitando seu papel em ensinar seus alunos, pelo contrário,
também é dever da escola atuar ativamente na construção do sujeito, complementando aquilo que é dever da
família começar em casa. Sabemos que muitas de nossas crianças chegam nas salas de aula sem noção alguma de regras ou limites e a escola é a segunda chance de
inserirmos essas princípios na vida dos pequenos.
O terceiro pilar são as igrejas, independente de suas
denominações. Cabe aos pais introduzir seus filhos nos ensinamentos religiosos
e é missão das igrejas cativá-los com a essência do Ser Superior. Tenho contato
com várias comunidades terapêuticas e já ouvi muito dependente químico
confessar que seu maior problema não eram as drogas, mas a falta de Deus em sua
existência. As drogas, uma consequência.
A ausência ou a falha destas instituições na educação da criança poderá acarretar prejuízos a sua formação. Isso nos sinaliza
sobre a importância que cada um delas exerce na construção do sujeito. Sem referências educativas, restam, aos meninos, a rua e sem um norte que os guiem, se tornam adultos e se falharem, não têm perdão: julgamos, condenamos e
punimos.
Programa Amor-Exigente
de Sertãozinho SP
de Sertãozinho SP