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domingo, 12 de março de 2023

"PAI, FAZ MAIS UM PIX PRA MIM"

O Pix, um modo de transferências e pagamentos instantâneos, é mais um recurso tecnológico que chegou para facilitar a nossa vida, porém, para muitos familiares isso está se tornando um tormento. Muitos filhos estão achando que seus pais são bancos e a qualquer hora...


Obs.: Em razão de regras contratuais, este texto não está mais disponível neste blog, podendo ser lido na íntegra no livro "ASSERTIVIDADE, UM JEITO INTELIGENTE DE EDUCAR", de Celso Garrefa.


                                                               Grato pela compreensão.  





sábado, 4 de março de 2023

OS MEUS LIMITES SÃO MEUS E QUEM OS DEFINE SOU EU

Os nossos recursos são limitados e são nossos, no entanto, muitas vezes damos poderes para outras pessoas invadirem nossa vida, abusar da nossa boa vontade, sugar todos os nossos recursos e energias. Quem não respeita os próprios limites, certamente não respeitará os limites do outro.

Diante dessa realidade, somos nós quem devemos estabelecer os limites do aceitável, em relação a outras pessoas, criando uma barreira protetora capaz de nos proteger daqueles que não possuem escrúpulo algum, que não têm controle sobre a própria vida e, se encontrarem espaço em nós, também vão nos arrastar para o mesmo abismo.

Para evitarmos tamanho prejuízo precisamos nos posicionar com firmeza, diante de pessoas tóxicas, e para isso, precisamos aprender o valor do “não”, essa palavra mágica capaz de frear manipuladores, chantagistas e sanguessugas de plantão.

Mas, esses “nãos” precisam ser ditos com convicção e clareza. Na dúvida, podemos pedir um tempo para pensar no assunto e, definida a resposta, ela deve ser transmitida sem rodeios. Devemos saber que o manipulador está sempre preparado para nossas desculpas, encontrando nelas o que precisa para continuar o ataque.

O Programa Amor-Exigente nos transmite uma grande verdade: não possuímos o poder sobre a vida do outro, porém, possuímos o poder sobre nossa própria vida e não devemos abrir mão disso. Portanto, se os meus limites são meus, quem os define sou eu.



Celso Garrefa

Assoc. AE de Sertãozinho SP

segunda-feira, 16 de março de 2020

LIMITES: SUPERAR OU FREAR?

(Foto da internet)
Limites muitas vezes são vistos como uma barreiras paralisantes, no entanto, dependendo do contexto, devemos analisar nossos limites sob dois pontos de vista. Há momentos em que o objetivo será superá-los, com garra e determinação, e existem situações em que devemos tomar atitudes para interromper um processo antes de atingirmos nossos extremos e a consciência sobre os limites dos nossos recursos é o fator que delimita os momentos em que precisamos frear e os momentos em que é possível superá-los com determinação. 
Em relação a determinadas situações, limites não devem ser vistos como um ponto final, nem utilizados como justificativa para a acomodação, mas sim, como possibilidades de crescimento, de evolução. Essa busca pela superação deve relacionar-se as situações positivas, ou seja, aquelas que são saudáveis e que sua superação tende a nos fazer bem, a nos melhorar.
Como exemplos, podemos ampliar nossa busca por mais conhecimento, melhorar nosso desempenho no trabalho, lutar por melhores condições de vida, encarar situações novas, experimentar novos desafios, abandonar nossa zona de conforto, etc.
Por outro lado, existem momentos que vivenciamos sérios problemas, que exigem ação rápida. Em relação a esses momentos não precisamos esperar atingir nossos extremos para tomarmos atitudes, mas antecipar nossas ações. Empurrar o problema com a barriga, numa crença cega de que as coisas se resolverão por si só apenas faz aumentar nossos dramas e nos expõe a alto grau de risco.
Como exemplo, observemos os dependentes do álcool ou de outras drogas. A cada dia o problema cresce, ganha intensidade, causa danos severos e a resistência em buscar ajuda é enorme. Muitos, somente aderem ao tratamento quando atingem a degradação total, o limite, que alguns preferem chamar de fundo do poço, outros de fundo da fossa. Na família não é diferente. Vivem um drama crescente a cada dia, minam todos os seus recursos e nutrem uma ilusão de que as coisas mudarão por si só. Seguem procrastinando até os limites das suas forças e só buscam ajuda quando não aguentam mais.
Nessas situações, a grande sacada é despertar antes do colapso total, agindo o mais rápido possível para solucionar o problema. Caso seja necessário, podemos buscar ajudar e nos mover, pois esperar até o último segundo para tomarmos uma atitude poderá ser tarde demais. Existem momentos em que precisamos ser sábios, pois, como sugere um velho ditado, sábio é aquele que dá valor ao que tem, antes de perder.
Celso Garrefa
Sertãozinho SP

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

DEPENDÊNCIA QUÍMICA E FALÊNCIA FAMILIAR

(Imagem extraída da internet)
Muitos familiares, movidos pelo desespero, cometem algumas loucuras na tentativa de tirar o filho das drogas. As decisões tomadas por impulso e sem uma base orientadora, além de não produzir o efeito esperado, ainda podem minar todos os recursos da família. 

Ouço com frequência algumas ideias equivocadas em relação à solução do problema. Muitos idealizam mudar para outra cidade, de preferência o mais longe possível, acreditando que, ao tirar o filho do atual ambiente, tudo se resolve. Enganam-se. O problema está na pessoa e não no local. Como ele possui enorme capacidade para identificar os seus iguais, rapidamente está novamente na ativa. 

Outros pais detonam seus recursos para tentar recuperar o filho. Há mães que abandonam um emprego de anos, imaginando que se ficar em casa com ele conseguirá controlá-lo. Não demoram em perceber que o impulso pelas drogas grita mais alto que a sua capacidade de contê-lo. Tem familiares que vendem a própria casa, destroem suas estruturas, casais se separam, outros se enchem de dívidas e o problema permanece.

Muitos gastam absurdos em clínicas que parecem um hotel cinco estrelas, onde ele, apesar de todo dano causado, é premiado com piscinas de água quente, saunas, fartos banquetes e mordomias, porém com pouca eficácia em relação ao tratamento. 

Existem, ainda, muitos familiares que gastam horrores bancando a dependência do filho, imaginando, enganosamente, que pagando suas drogas evitam que ele cometa furtos ou que seja preso e assim estão o protegendo. Quando acordam para a realidade não possuem mais onde tirar dinheiro e o dependente continua fazendo uso descontrolado com apoio da família. 

É óbvio que tratar um filho gera gastos. Um profissional tem seu custo. Mantê-lo em uma internação também tem seu preço, mas a família precisa respeitar os seus limites, preservar sua estrutura, buscar a solução mais viável e tomar cuidado com pessoas que exploram o momento difícil que está vivenciando. No retorno do tratamento é justo que ele repare os danos e seja cobrado a ressarcir os prejuízos que provocou, inclusive os gastos no tratamento.

Por tudo isso é importante buscarmos ajuda. Um grupo de apoio nada cobra e as trocas de experiências nos ajudam a agir de forma orientada, respeitando nossos limites e preservando nossas estruturas, caso contrário, a falência é uma possibilidade iminente. Com apoio e orientação evitamos agir no escuro, por impulso e motivados pelo desespero, que é, sem dúvidas, o pior dos nossos enganos.



Texto de Celso Garrefa
Sertãozinho SP


sábado, 16 de março de 2013

OS RECURSOS SÃO LIMITADOS



Vivemos em uma sociedade consumista e na tentativa de nos enquadrarmos aos padrões por ela exigidos, somado ao desejo de dar aos nossos filhos tudo aquilo que não tivemos, fizeram com que nos esquecêssemos 
que possuímos recursos limitados e como consequência, adoecemos. 

Muitas vezes gastamos mais do que ganhamos, comprando coisas que nem sempre precisamos e nos endividamos. Apelamos para os cartões de créditos, com seus juros exorbitantes, e facilmente estouramos todos os limites dos nossos recursos financeiros. 

Somos pressionados a pagar o que devemos e para cumprir com os compromissos, precisamos trabalhar mais, arrumar bicos nos horários vagos, fazer horas extras, trabalhar nos fins de semana e assim, extrapolamos os limites dos nossos recursos físicos. 

As pressões aumentam, o clima na casa torna-se insuportável, nossa saúde começa a ser afetada: a cabeça dói, o estômago dói. As preocupações não nos permitem dormir bem à noite. Somos afetados pela ansiedade e pelo estresse, que nos levam a compulsões. Por vezes, comemos demais, bebemos demais, fumamos demais, dormimos demais ou de menos e experimentamos o desespero. Como consequência, extrapolamos os limites dos nossos recursos emocionais e afundamos em antidepressivos.

Precisamos parar. É hora de revermos nossos conceitos e traçar metas para reorganizar nossa vida. Precisamos aprender a dizer “não”, primeiro para nós mesmos: não, isso eu não preciso; não, isso eu não quero; não, isso eu não posso; não, isso eu não aceito. É hora de reavaliarmos nossos recursos e aprender a respeitá-los. 

Também precisamos transmitir ao outro, com muita clareza, que não somos um banco e nem máquinas. Somos apenas gente e não uma fonte inesgotável de recursos, disponíveis o tempo todo. É hora de aprendermos que não somos obrigados a tudo e possuímos o direito de também dizer não como resposta.

Caso não o façamos, continuaremos sufocados e adoecidos. Continuaremos a ser explorados, manipulados, cobrados e exigidos em coisas que não estão ao nosso alcance. Precisamos de coragem e atitude para modificarmos esse processo doentio e retomar o equilíbrio na busca de um viver com melhor qualidade.

Conscientes dos limites dos nossos recursos, devemos nos posicionar de maneira que possamos barrar toda forma de pressão, de manipulação, de chantagem. Parar de sermos o alvo de pessoas que nos exploram, sem pena ou piedade, inclusive filhos folgados que sugam tudo o que podem, sem pudor e sem piedade, com o infantil discurso de que não pediram para nascer.

Por fim, não devemos temer que o respeito aos nossos limites seja algo que vai nos paralisar, deixando-nos estagnados e muito menos utilizá-los como justificativa para a acomodação. Não é isso. Limites é, acima de tudo, proteção. Quando possuímos clareza de quais são os limites dos nossos recursos podemos traçar metas para avançar sem nos arrebentarmos, podemos seguir em frente, crescer, melhorar, ir além, viver melhor e evoluir, porém, com saúde, equilíbrio e segurança.

Celso Garrefa 
Assoc. AE de Sertãozinho SP

PREVENÇÃO À RECAÍDA

Um dos maiores desafios no processo de tratamento da dependência química são as frequentes recaídas de uma parte das pessoas que buscam ajud...