(Imagem extraída da internet) |
A primeira questão nos convida a um olhar sobre nós mesmos para
identificarmos como podemos nos envolver, colocando-nos a disposição para apoiar, auxiliar e agir visando o bem
do outro. Essa atitude é uma demonstração do quanto nos preocupamos com aqueles
que convivem conosco, pois sem isso, tornamo-nos pessoas egoístas e
autoritárias, que ditam ordens, cobram, mas nada fazem.
Mas precisamos de cuidado para não nos transformarmos em meros
serviçais do outro. Existem coisas que não precisamos fazer, pois eles possuem
plenas condições de realizar por si mesmos. Quando carregamos o material
escolar dos filhos ou passamos o dia recolhendo tudo o que eles espalham
pela casa, enquanto eles
vivem espichados no sofá, não estamos cooperando com eles, pelo contrário, além de sofrermos com uma sobrecarga, ainda tiramos deles a oportunidade de crescimento, de independência e de se tornarem futuramente pessoas responsáveis.
A segunda questão nos leva a refletir sobre a aceitação da ideia de também sermos servidos pelo outro. Muitas de nós gostamos de servir, sem aceitar do outro nada em troca. Dessa forma não valorizamos suas capacidades e menosprezamos a importância do servir como um valor ético. Quando apenas um lado serve, enquanto o outro somente recebe, o relacionamento torna-se frio.
A terceira questão nos leva a pensar sobre tudo aquilo que podemos fazer juntos
para benefício de todos. Essa é a verdadeira essência da cooperação, no
entanto, não basta fazermos juntos, precisamos aproveitar o momento para
criarmos um ambiente favorável, fazendo das atividades, algo agradável, onde
haja um contato sadio e de qualidade.
Os lares funcionais possuem como uma das principais características os fortes
vínculos afetivos entre seus membros. A vivência desse princípio ético em sua
plenitude é o combustível que alimenta e fortalece esses vínculos, contribuindo para uma convivência
familiar agradável, onde a harmonia reina e o respeito mútuo prevalece. E a
isso chamamos de família, ou seja, um grupo de pessoas que cooperam entre si. Sem isso, a casa não passa de um amontoado de pessoas e nada mais.
Texto de Celso Garrefa
Sertãozinho SP