Mostrando postagens com marcador motivação. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador motivação. Mostrar todas as postagens

sábado, 30 de novembro de 2024

NÃO FEZ MAIS DO QUE SUA OBRIGAÇÃO


Certa vez no meu trabalho, ao responder o que havia feito em relação a uma situação, recebi um comentário em tão de afronta: não fez mais do que sua obrigação. E de fato era sim a minha obrigação, era meu dever trabalhar para sanar o problema, mas, seja em meu trabalho, seja nos grupos aos quais pertenço, seja no dia a dia, não me contento em apenas fazer pela obrigação, mas sim, procuro entregar o meu melhor, ou seja, fazer além da obrigação, do dever. 

Fazer apenas pela obrigação significa contentar-se com o mínimo, significa tornar as tarefas árduas, os dias arrastados, transformando nossos deveres em um peso na nossa vida. Significa fazer por fazer, e assim, não exploramos nossas competências e não aproveitamos as oportunidades que a vida oferece.

Também devemos refletir sobre quais são as obrigações nossas do dia a dia. Quais são produzidas pelos outros, ou impostas pela sociedade? Destas, quais são aquelas que de fato precisamos nos responsabilizar e entregar o nosso melhor e quais são impostas por pessoas folgadas e manipuladoras e que não devemos abraçar. 

É fundamental compreendermos que existem responsabilidades que não são nossas e portanto, não devemos assumi-las, conscientes de que todas as vezes que assumimos uma obrigação que ao outro pertence, retiramos dele a oportunidade de se responsabilizar pelos seus atos. 

Existem, ainda, as obrigações que criamos para nós mesmos e essas são as melhores. São as nossas metas, nossos objetivos e as motivações que nos levam a cumpri-las com foco e determinação. Quem não estabelece seus objetivos vive em função dos objetivos dos outros e entregar o nosso melhor não é obrigação, é competência.  



Celso Garrefa
Pedagogo Social 














domingo, 9 de julho de 2023

POR QUE COMIGO?

Manter um sorriso no rosto, mesmo diante de um grande problema, não é uma atitude fácil de adotarmos, mas, ainda assim, devemos lutar bravamente para consegui-lo, não com o objetivo de mantermos as aparências, ou fingir que tudo está bem, mas como uma força impulsionadora capaz de nos fortalecer no enfrentamento do desafio.

Por vezes, diante dos percalços da vida, inconscientemente, queremos mostrar o quanto estamos sofrendo e externalizamos esse momento através do autoabandono, do isolamento, da tristeza profunda estampada no rosto. Isso significa potencializar um desafio que já é grande.

Manter a cabeça erguida, colocar um sorriso no rosto e abandonar o casulo no qual nos fechamos são os primeiros passos na direção de uma atitude interior positiva que nos permite enxergar o nosso desafio na medida certa, sem minimizá-lo, mas também sem o maximizar.

Rejeitar o muro das lamentações, parar de resmungar, abandonar o papel de coitadinho e buscar ajuda nos permitem um novo olhar sobre o desafio enfrentado, e assim, podemos parar de questionar: “por que comigo?”, “por que na minha casa?”, e compreender que muitas coisas que acontecem conosco possui um propósito que talvez ainda não sabemos, portanto, mudemos o questionamento: “para que isto aconteceu comigo?” “para que isto aconteceu na minha casa?"

As maiores pessoas que conheço e admiro nesta vida são pessoas que tiveram de vencer grandes desafios, e como tenho dito e repetido: sofrimento não é remédio que soluciona problemas, portanto, coloquemos um sorriso no rosto, abandonemos o sofrimento profundo e vamos à luta. 




Celso Garrefa
Assoc. AE de Sertãozinho SP

domingo, 18 de junho de 2023

QUAL É A QUALIDADE DOS SEUS PENSAMENTOS?


Começo este texto fazendo a você uma pergunta: Qual é a qualidade dos seus pensamentos? 

Nós, seres humanos, somos sujeitos pensantes e são os nossos pensamentos que geram os nossos sentimentos e, consequentemente, os nossos comportamentos, assim sendo, um processo de mudança comportamental não começa no comportamento em si, mas nos pensamentos.

Somos bombardeados diariamente por uma avalanche de pensamentos, muitos deles positivos, muitos deles negativos e diante destes pontos extremos irá sobressair aquele que mais alimentamos.

Dizem que o pensamento é uma semente que se materializa. Daí a importância de avaliarmos a qualidade dos nossos pensamentos, valorizando a positividade e reduzindo a negatividade. Pensar que nada vai dar certo, que não é possível, que não somos capazes, que tudo está perdido é plantar a semente do insucesso. Por outro lado, acreditar que podemos evoluir, melhorar, crescer e aprender significa regar a semente de possibilidades extraordinárias.

Nem sempre dominamos nossos pensamentos e quando eles insistem em nos incomodar, necessitamos de alternativas para freá-los. Para tanto, não podemos dar espaço para a ociosidade, ao mesmo tempo, fortalecer nossa espiritualidade e buscar ajuda.

Encontrar o equilíbrio em relação ao que pensamos é fundamental para equilibrarmos também a nossa vida. Por vezes pensamos de menos e agimos no impulso, sem refletir, sem pesar as consequências, sem pensar no depois. Agindo na irreflexão cometemos muitas bobagens. Por outro lado, pensar demais e agir de menos paralisa quaisquer possibilidades de mudanças positivas.

Para lidar com isso podemos contar com o apoio do Amor-Exigente, um programa comportamental capaz de nos ajudar a melhorar a qualidade dos nossos pensamentos, consequentemente, equilibrar nossos sentimentos e a partir disso, construir as nossas mudanças comportamentais, tão necessárias para modificar os rumos daquilo que nos incomoda e adoece. Pense nisso.


Celso Garrefa

Assoc. AE de Sertãozinho SP


sábado, 18 de março de 2023

UMA PORTA SE FECHA, OUTRAS SE ABREM

Muitas vezes, na vida, criamos grandes expectativas e somos surpreendidos por um grande "não" e nos frustramos. A resposta tão desejada não acontece como esperávamos, e nos coloca diante de uma questão: E agora, o que fazer?

Não possuímos domínio sobre a resposta do outro, mas diante dela podemos fazer nossas próprias escolhas. Baixar a cabeça, desanimar e desistir diante de um não que não estava em nossos planos significa conformar com a derrota. Mas, não devemos permitir que esses nãos nos paralisem e nos façam desistir, pelo contrário, podemos adotar uma postura diferente e fazer dessa adversidade a alavanca capaz de nos erguer ainda mais fortes e determinados. 

O primeiro passo é fechar os ouvidos para aquele grupo de pessoas que insiste em nos convencer de que não somos capazes, de que não damos conta, de que não vamos conseguir. Aqueles que não acreditam em nós, também não acreditam neles próprios e transferem a descrença em si mesmos, nos outros. Esses, incomodam-se com o sucesso alheio e fazem de tudo para impedir nosso progresso. 

Não podemos dar o direito a outras pessoas de interferirem em nossos projetos, em nossos sonhos, muito menos invadirem a nossa vida prejulgando as nossas capacidades. Se desanimarmos de alcançar nossos planos em função do que escutamos dos outros, não chegamos a lugar algum e validamos a opinião alheia em relação a nós: "eu não disse que você não era capaz"?

Não se trata de não aceitar receber um não como resposta. Eles fazem parte da vida e dependendo do contexto ele sinaliza que precisamos mudar de rota. Existem situações em que precisamos acatar o não recebido, com muita tranquilidade, e nos desprendermos de algo que está travando nossa vida e impedindo novos caminhares. 

Conhecer a si próprio é uma atitude determinante para lidarmos com as frustrações que cruzam nosso caminho com alguma frequência, diferenciando os momentos em que podemos fazer das adversidades a motivação para superarmos os desafios e os momentos em que precisamos soltar as amarrar e mudar os rumos da nossa vida. 

Para isso, precisamos acreditar em nós mesmos. Acreditar na nossa capacidade de superação e também na nossa capacidade de mudar a rota, se preciso for, conscientes de que toda vez que uma porta se fecha para nós, há sempre outras que se abrem. 



Celso Garrefa
Assoc. AE de Sertãozinho SP







sábado, 11 de fevereiro de 2023

ZONA DE CONFORTO OU DE ACOMODAÇÃO?

Uma das principais barreiras que impede um processo de mudança é a dificuldade de abandonarmos a nossa zona de conforto. O medo do novo, de enfrentar um desafio, de encarar o desconhecido faz com que não nos movamos em busca de novas possibilidades e com isso nos contentamos com o momento vivido, mesmo que não estejamos contentes com ele, sem perceber que essa zona de conforto, muitas vezes, não passa de zona de acomodação.

Nós, seres humanos, somos por natureza adaptáveis às situações vivenciadas. Sem percebermos vamos acostumando com tantas coisas, mesmo que isso nos cause dissabores, e acomodamos. Acostumamos a ser desrespeitados pelo parceiro, para não perder e vamos nos perdendo de nós mesmos. Acostumamos com os gritos em nossos ouvidos. Acostumamos com o som alto, para não contrariar. Acostumamos a nos abandonar em função do outro e transformamos a zona de conforto também em zona de abandono. 

Essa acomodação ao que não nos faz bem não permite enxergamos que a zona de conforto não produz conforto algum. Na verdade nos acomodamos à nossa zona de desconforto, naturalizamos situações que não deveriam ser naturalizadas, e ao nos adaptarmos ao que adoece, não buscamos ajuda, nem a cura, pelo contrário, buscamos justificativas para continuarmos não fazendo nada para corrigir o que precisa de correção.

Portanto, que tenhamos coragem para mudar o que precisa de mudanças e o primeiro passo para isso é nos inconformarmos com tudo aquilo que adoece, que causa estagnação, que impede o crescimento e que nos acorrenta a zona de desconforto. 



Celso Garrefa

Assoc. AE de Sertãozinho SP

sábado, 17 de dezembro de 2022

AMOR PRÓPRIO, UM REMÉDIO NATURAL

Amar a si mesmo pode soar como um ato egoísta, por isso, muitos de nós vivemos nos colocando em segundo, terceiro, décimo plano, esperando receber de outros...


Obs.: Em razão de regras contratuais, este texto não está mais disponível neste blog, podendo ser lido na íntegra no livro "ASSERTIVIDADE, UM JEITO INTELIGENTE DE EDUCAR", de Celso Garrefa.


                                                               Grato pela compreensão.  





sábado, 19 de novembro de 2022

TENTE OUTRA VEZ

Às vezes, na vida, precisamos tentar de novo, quantas vezes for preciso. Nem sempre alcançamos nossos objetivos em uma primeira tentativa, e isso não deve ser motivo para desistirmos. A cada novo começo, devemos eliminar aquilo que não funcionou na primeira peleja, buscar novos jeitos de fazer, acrescentar o que ainda não foi feito e seguirmos firmes na busca do nosso propósito.
Nessa caminhada é importante comemorarmos cada conquista, por menor que seja, vibrar com cada pequena meta alcançada. Por vezes queremos atingir um grande objetivo e não valorizamos os pequenos sucessos. Sem valorizá-los, desistimos. Um grande objetivo é alcançado através de pequenas metas, que vão se somando e encorpando.
Quando a batalha é grande é natural cansarmos, afinal, somos gente, e na vida, vez ou outra precisamos de uma pausa. Podemos aproveitá-la para refletir, descartar velhos hábitos, corrigir o que for necessário, abandonar o que não serve mais, recarregar as energias e retomar a caminhada com muita força. Mas, tomemos cuidado: parar para descansar não significa parar para desistir.
Na vida, existem momentos em que precisamos mudar os rumos da nossa trajetória, com coragem. De nada adianta lamentar o passado, se nos acomodamos e nada fazemos para mudar o futuro.
A canção composta por Ney Azambuja, Tavito e Paulo Sérgio Valle nos leva a refletir, quando cita: “A vida tem sons que pra gente ouvir precisa aprender a começar de novo. É como tocar o mesmo violão e nele compor uma nova canção”. E como sugere o Programa Amor-Exigente, nada muda se eu não mudar. Existem momentos em que precisamos trocar a música que rege a nossa vida e abrir espaço para um nova canção.


Celso Garrefa

Assoc. AE de Sertãozinho SP


domingo, 23 de outubro de 2022

TENHA CALMA, O DESESPERO É UM GRANDE ENGANO


Muitas vezes nos vemos diante de uma situação tão complicada, que não enxergamos uma saída e entramos em desespero. A descoberta de que um filho está fazendo uso abusivo de drogas é um exemplo de drama que leva muitos pais a experimentarem essa terrível sensação.

Em estado de desespero os familiares sofrem um impacto paralisante, que os impedem de adotar qualquer tipo de ação, ou pior, pode leva-los agir no impulso do momento e adotar atitudes impensadas que, ao invés de produzir resultados positivos, agravam ainda mais uma situação que já é grave.

O pânico impede os familiares de enxergar o problema na medida certa. É comum super dimensionarem a situação, e com isso, não conseguem vislumbrar uma saída ou uma solução.  Os pensamentos não possuem uma lógica e são dominados pelo negativismo.

Nos raros momentos em que pensam em alguma medida, buscam o imediatismo, porém, nem sempre se resolve um problema instalado a longo tempo em um estalar de dedos e a frustração aumenta ainda mais o estado de desespero.

O primeiro passo é tentar manter a calma diante de um grande desafio. A calma nos permite lidarmos com um problema de alta complexidade com discernimento, controle e sabedoria. Ela nos permite agir ao invés de apenas reagir, conscientes de que manter a calma diante do caos não significa aceitar comportamentos que desaprovamos, mas lidar com eles com posicionamentos firmes e ações controladas e equilibradas.

Duas atitudes são fundamentais para mantermos a calma: fortalecer nossa espiritualidade e buscar ajuda, com a certeza de que são nos momentos mais difíceis que sentimos com maior intensidade a presença de Deus em nossa vida.

Por fim, o desespero é um grande engano, portanto, acalme-se, como sugere a canção de Leandro Borges: "Se eu pudesse conversar com sua alma, eu diria, fique calma, isso logo vai passar". 


Celso Garrefa

Pedagogo Social 

Assoc. AE de Sertãozinho SP

sábado, 17 de setembro de 2022

SEM DISCIPLINA OS COMEÇOS NÃO CONHECEM OS FINS

A perseverança é uma das atitudes que nos permite alcançarmos o êxito, sem isso, tornamo-nos especialistas em começar, porém, não saímos do início. Começar é, sem dúvidas, um passo essencial na busca dos objetivos ou da resolução de um grande problema, mas sem disciplina, esses começos não conhecem os fins.

As mudanças que tanto desejamos nem sempre acontece num estalar de dedos e a busca pelo imediatismo pode nos levar a desistir de caminhar e, desistindo, não chegamos a lugar algum.

Em um processo de mudança pessoal é fundamental percebermos e valorizarmos cada pequeno progresso, por mais sutil que seja. Chegamos ao final de um livro grosso lendo página por página; construímos grandes casas assentando tijolo por tijolo. Nestes casos é fácil percebermos o avanço. Como pessoas humanas nem sempre fica nítido o quanto estamos evoluindo.

A falta de percepção do progresso, que muitas vezes acontece a conta gotas, faz com que muitos de nós abandonemos os objetivos, paramos pelo caminho e assim, não chegamos a lugar algum.

Costumo comparar o nosso crescimento pessoal à fase de crescimento físico dos nossos filhos, quando ainda pequenos. Quem convive com eles diariamente não consegue perceber o quanto estão crescendo de um dia para o outro, no entanto, basta chegar alguém que não os vê a meses para externar em tom admirado: - Nossa, quanto eles cresceram!

Portanto, para atingir um objetivo, comece, sem se prender ao imediatismo. Insista, perceba e valorize cada pequeno avanço, porque os resultados finais certamente serão evidentes e extraordinários.



Celso Garrefa

Assoc. AE de Sertãozinho SP


domingo, 28 de agosto de 2022

NÃO PRECISA SER FÁCIL, BASTA SER POSSÍVEL

(Imagem extraída da internet)
Quantas vezes na vida desistimos facilmente, ou sequer começamos a caminhada em busca de um objetivo, argumentando que nosso desejo é muito difícil, que vai dar muito trabalho ou exigir muito esforço. Quantos vezes nos vemos na necessidade de tomarmos uma atitude para modificarmos uma situação que tanto nos incomoda, mas antes mesmo de darmos os primeiros passos interiorizamos a ideia de que não vamos dar conta.

Plantarmos essas ideias significa acomodar diante dos desafios da vida. Quem acredita que não é capaz, com certeza não vai chegar a lugar algum e com isso irá validar a própria incapacidade. Quem deseja algo, mas não está disposto e encarar a batalha, não conseguirá resolver o seu desafio.

Outras vezes, argumentamos que não sabemos como fazer. Mas, na vida ninguém nasce sabendo e aprendemos a cada dia. Reconhecer que ainda não sabemos, mas que estamos dispostos a aprender significa nos abrir para novas oportunidades.

A busca pelo imediatismo impede-nos de atingir nossos desejos. Devemos perceber cada pequeno avanço por mais sutil que se apresente e valorizá-lo. Aceitar que nem todas as coisas na vida são fáceis, ou recebemos prontas, e que as maiores conquistas são aquelas que exigem maiores esforços. Nem sempre vai ser fácil, porém, como a frase citada no filme Sound Surfer – coragem de viver – “Quem disse que precisa ser fácil, só precisa ser possível”. E se é possível, então que vamos à luta.


Celso Garrefa

Pedagogo Social 

Assoc. AE de Sertãozinho SP

sábado, 16 de julho de 2022

PRIMEIRO EU, SEGUNDO EU, TERCEIRO EU?


Muitas vezes, no intuito de agradar, acabamos vivendo exclusivamente em função do outro, para o outro, e pelo outro. Ao longo do tempo, muitos de nós, chegamos a triste conclusão de que essa atitude, além de anular a nossa vida, não...


Obs.: Em razão de regras contratuais, este texto não está mais disponível neste blog, podendo ser lido na íntegra no livro "ASSERTIVIDADE, UM JEITO INTELIGENTE DE EDUCAR", de Celso Garrefa.


                                                               Grato pela compreensão.  





sexta-feira, 1 de abril de 2022

VIVER É PRECISO

A dependência química é vista por muitos pais como algo distante, que acontece apenas na casa dos outros e de repente, muitos de nós somos surpreendidos pelo problema, que chega como uma verdadeira avalanche e da noite para o dia parece que tudo se transforma. 

A descoberta provoca em muitos familiares um choque paralisante, como se nada mais na vida fizesse sentido. É comum deixarmos de fazer coisas que estávamos acostumados no dia a dia. Abandonamos o lazer, paralisamos projetos e planos, procuramos o isolamento. É como se a vida pessoal parasse a partir da descoberta para vivermos tão somente em função do nosso desafio e com isso experienciamos um sofrimento profundo.

Abandonar os cuidados pessoais não é solução para o problema. Podemos fazer muito pelo outro, sem medir esforços na busca de soluções para o desafio, sem que para isso precisemos deixar de viver a nossa vida. Deixar de nos alimentar, não dormir a noite, abusar do uso de remédios ou buscar o isolamento apenas nos fragilizam e fragilizados reduzimos as nossas forças para lidarmos com tamanho desafio.

Desejamos imensamente ajudar o nosso familiar a se livrar do problema, mas em estado de choque, adoecemos e vamos precisar de apoio para nos livrarmos de sentimentos paralisantes, como o medo, o estado depressivo e a culpa etc., tão presentes nas famílias codependentes. 

A vida continua, e é urgente resgatá-la. Precisamos despertar do impacto paralisando que o problema provoca. Não precisamos desistir do outro, mas não podemos esquecer de nós. Se não formos capazes de cuidar da nossa vida, onde vamos encontrar forças para tentar ajudar o outro? 

Celso Garrefa
Sertãozinho SP

domingo, 20 de fevereiro de 2022

CHANTAGEM EMOCIONAL

A chantagem emocional é um artifício muito utilizado por familiares de dependentes do álcool ou de outras drogas para sensibilizá-los a buscar por tratamento, porém, essa tática quase nunca funciona.

Muitos pais e mães param de se cuidar, exteriorizando um sofrimento profundo numa doce ilusão de que o filho se compadeça com seu sofrimento e mude seus comportamentos. Infelizmente quase nunca isso acontece porque a outra parte não está em condições de perceber o sofrimento alheio ou está desprovido de compaixão. Ao longo do tempo, o dependente muito afetado pelo uso, provavelmente já está enfrentando o seu próprio sofrimento, que nem sempre ele mesmo percebe, que dirá perceber o sofrimento do outro. 

Sabemos e reconhecemos que o comportamento do outro nos afeta e sofremos também, mas é importante reconhecermos que tais sofrimentos em nada coopera na busca da solução para o desafio, portanto, devemos cuidar para não os utilizarmos como chantagens emocionais.

Mesmo entre os dependentes que percebem, que conseguem dimensionar o drama da família, essa atitude não é produtiva, considerando que isso apenas aumenta o seu drama, pois além de lidar com a própria dependência, ainda sofre pelo sofrimento que causa aos familiares. 

Devemos considerar, ainda, que quanto mais os familiares se debilitam, quanto mais se autoabandonam, menores serão suas forças para enfrentar tamanho desafio. Por tudo isso, as chantagens emocionais não são atitudes assertivas para lidar com tamanho problema. Eles vão precisar muito dos pais, mas pais inteiros, fortalecidos, capazes de ajudá-los. Têm, e não são poucos, mães e pais que chegam aos grupos mais adoecidos do que o próprio dependente e precisam também se curar.

Isso não significa que precisamos ou devemos abandonar a pessoa que desejamos ajudar. Podemos fazer por ela tudo o que estiver ao nosso alcance, não medindo esforços na busca da solução para o problema, tomando atitudes assertivas e nos posicionando com firmeza em relação aos seus comportamentos, mas ganhamos força nessa batalha a partir do momento em que compreendemos que não é nos destruindo que vamos salvar quem amamos. 

Portanto, abandone o autoabandono, arrume seu cabelo, coloque um sorriso no rosto, acabe com as chantagens emocionais, procure ajuda, cuide-se também e assim ganhará resistência para ajudar aquele que te precisa forte. 

Celso Garrefa 
Sertãozinho SP


domingo, 6 de fevereiro de 2022

SOMOS SOMENTE "GENTE", E ISSO É MUITO

(imagem extraída da internet)
Somos gente. Isso nos parece tão óbvio, porém, por vezes esquecemos essa verdade e desejamos atingir uma perfeição que não está ao nosso alcance. Ser gente é reconhecer que possuímos obrigações, mais também direitos. Direito de viver sem sermos massacrados pelos comportamentos desajustados do outro; direito de sermos respeitados; direito ao lazer, ao silêncio quando desejado; direito de cuidarmos também da nossa vida; direito de dizer não como resposta; direito de mudar de opinião e de comportamento.

Reconhecer-nos como "gente" é o primeiro passo para aceitarmos nossos limites. Não somos máquinas, nem bancos. Não damos conta de tudo, nem conseguimos viver a vida do outro. Não somos o todo poderoso, prontos para tudo, capazes de tudo. Somos tão somente humanos, carregados de sentimentos que não precisam ser camuflados.

Precisamos  abandonar o discurso de que vivemos em função do outro, pois quem vive em função do outro, não vive. Abandonar também o discurso de que para mim qualquer coisa serve, pois se assim o fizermos, assim seremos tratados: como algo sem valor e não como pessoa humana.

Por vezes esquecemos essas verdades e nos posicionamos como se fôssemos uma imponente rocha, capaz de absorver todo impacto, sem se desfazer, porém, ao transmitirmos essa ideia ao outro, não possibilitamos que nos enxerguem como gente, frágeis como somos e após cada pancada, vem outra. Se mesmo a rocha se despedaça quando golpeada, imaginem nós que somos humanos!

Ser gente também significa respeitar as nossas individualidades, mesmo diante de uma sociedade que insiste em nos tratar como números, como estatísticas, condicionando-nos a pensar como um todo e não em nossas peculiaridades.  

Reconhecer-nos como pessoas humanas significa acordar para nós mesmos, cobrar nossos direitos, valorizar nossas qualidades, respeitar nossas limitações e viver também em função do meu eu e não apenas para agradar a terceiros. 

Celso Garrefa

Sertãozinho SP

domingo, 30 de janeiro de 2022

O CONHECIMENTO SEM A PRÁTICA, DE NADA SERVE

O conhecimento é um dos maiores recursos que o ser humano pode adquirir. Ele não ocupa espaço, não se gasta e ninguém pode roubá-lo, no entanto, o saber apenas faz sentido se utilizado. Um conhecimento, por maior que seja, se não colocado em prática, não possui valor algum.

Também não podemos confundir conhecimento com informação. Atualmente, com a evolução tecnológica, o volume de informações que chegam até nós é estrondoso, porém, nem sempre confiável. É evidente que o saber começa pela informação, mas ela precisa ser filtrada, refletida, analisada, questiona e avaliada, para depois ser absorvida de acordo com nossas convicções. Buscar fontes confiáveis é importante, pois tem muita ignorância travestida de especialidade. 

Uma vez adquirido, o conhecimento precisa ser colocado em prática. Não adianta saber que precisamos controlar a alimentação, se não a controlamos. De nada vale reconhecer que o álcool é um problema se continuamos fazendo uso abusivo dele. Não adianta participar de infinitas reuniões de grupo, mas não modificarmos em nada a nossa vida. Não possui produtividade assistir a uma palestra maravilhosa, mas não absorver nada para o nosso dia a dia. Perdemos tempo lendo um bom livro, sem que dele nada tiramos proveito. 

Além de colocarmos os nossos conhecimentos em prática, também devemos repassá-los. O saber, diferente das coisas, não se gasta, pelo contrário, quanto mais utilizamos, quanto mais repassamos, mais ele se intensifica, por isso, podemos usá-lo sem egoísmo e sem moderação.

O domínio do conhecimento, sem a prática, não modifica, não transforma e não serve para nada, portanto, que sejamos sábios e façamos dos nossos saberes instrumentos de crescimento e evolução e assim, que possamos ficar cada vez melhores. 


Celso Garrefa

segunda-feira, 29 de novembro de 2021

ACREDITE QUE VOCÊ É CAPAZ

Para alcançarmos nossos objetivos precisamos abandonar a ideia de que não somos capazes. Enquanto valorizamos nossa incapacidade não chegamos a lugar algum. O descredito em nós mesmos cria barreiras mentais que bloqueiam nossas ações e nos paralisam. 
 
Precisamos parar de arrumar desculpas para nossa auto sabotagem. A ideia de que não somos capazes, que não damos conta, que não levamos jeito são pensamentos que minimizam nossas potencialidades. Por vezes são apenas desculpas que inconscientemente utilizamos para continuarmos estagnados. 

Nem sempre sabemos como fazer e esse não saber nos coloca diante de duas questões: ou cruzamos os braços e acomodamos ou enxergamos a possibilidade de aprender a fazer. Ninguém nasce sabendo e a cada dia a vida nos convida a evoluir.

Além de acreditarmos em nós mesmos, ainda vamos precisar fechar os ouvidos para pessoas tóxicas, cujo único objetivo é nos diminuir. São raríssimas aquelas dispostas a nos elevar e estas precisamos valorizar. A grande maioria não deseja ver o sucesso alheio.

Em relação a essas pessoas também nos vemos diante de duas possibilidades: ou damos ouvidos e desistimos, ou utilizamos isso como a força impulsionadora das nossas ações rumo aos nossos objetivos.

A partir do momento em que acreditamos em nossa capacidade e fechamos os ouvidos para aqueles que tentam nos derrubar abrimos caminho rumo as nossas realizações. O próximo passo é foco, disciplina, perseverança e fé. 


Celso Garrefa 

Sertãozinho SP

PREVENÇÃO À RECAÍDA

Um dos maiores desafios no processo de tratamento da dependência química são as frequentes recaídas de uma parte das pessoas que buscam ajud...