sábado, 25 de junho de 2016

DIA MUNDIAL DE COMBATE ÀS DROGAS

O Dia Internacional de Combate às Drogas foi estabelecido pela ONU em 1987 com o objetivo de estimular o debate sobre o assunto, planejar ações de enfrentamento ao uso, abuso e tráfico de drogas ilícitas e criar ações de cooperação para uma sociedade livre da dependência química. Ao longo destes anos não há muito que comemorarmos. As estatísticas apresentam um consumo crescente, com iniciação cada vez mais cedo e a cada dia surgem novos tipos de drogas.
É óbvio que precisamos de estratégias de combate e enfrentamento ao uso, porém não podemos limitar as ações somente diante dos problemas instalados. Quando a droga entrou na vida do cidadão, recuperá-lo é tarefa árdua e uma luta desigual.
Acredito que só conseguiremos avanços significativos e uma redução do consumo quando as autoridades, o poder público e os pais acordarem para essa triste realidade e investirem pesado na prevenção. Mais do que correr atrás, precisamos nos antecipar e chegar antes do problema.
A família é a primeira referência na vida da criança e os pais devem assumir suas responsabilidades, guiando, orientando e servindo de modelo aos pequenos. Os pais precisam de coragem para falar sobre o assunto com os filhos, de forma segura e convincente, e isso exige um mínimo de conhecimento, caso contrário, não convencem ninguém e não são levados a sério.
Outro instrumento fundamental na prevenção são as escolas, local por onde passam praticamente todas as crianças e jovens. No currículo escolar há espaço para o desenvolvimento dos temas transversais que podem ser muito aproveitados. Não adianta ensinar um aluno sobre o que aconteceu a 2.500 a.C. se não discutirmos com eles sobre a realidade atual e os perigos iminentes.
O poder público também precisa se empenhar na prevenção. Criar espaços onde nossas crianças e jovens possam encontrar formas saudáveis de prazer, como a prática de esportes, a dança, a música, o teatro, etc. Atividades saudáveis que os cativem a ponto de não sentirem a necessidade de buscar o prazer ilusório que as drogas oferecem.
As igrejas também são fundamentais na prevenção. Precisam cativar o jovem, abordar o tema sem medo e transbordar sua vida com a essência do Ser Superior.
Só alcançaremos resultados significativos no combate às drogas quando cada um de nós entrarmos em ação, fazendo a nossa parte, sem acomodação e sem esperar para ver o que acontece. O dia mundial de combate às drogas é um convite à ação, e como diz aquela canção do Geraldo Vandré: “Vem, vamos embora que esperar não é saber. Quem sabe faz a hora. Não espera acontecer”.
Assoc. AE de Sertãozinho SP

sábado, 11 de junho de 2016

DROGAS: UM PRAZER FATAL

Quando tratamos sobre o assunto drogas, não podemos menosprezar sua principal característica: Elas proporcionam prazer e essa realidade é um dos fatores que dificulta a adesão do dependente ao tratamento.

            Durante as fases de experimentação ou de uso esporádico, o prazer é dominante e os prejuízos, pequenos, porém, a busca contínua pela manutenção da sensação prazerosa faz com que o usuário busque quantidades cada vez maiores dessas substâncias e na mesma proporção com que ele aumenta o consumo, aumentam também os prejuízos decorrentes do uso.

            A busca  contínua pela manutenção do prazer domina de tal forma o dependente que ele, ao longo do tempo, vai perdendo o interesse pelos outros prazeres saudáveis que a vida oferece. Mesmo sofrendo os prejuízos pelo uso, muitos passam a viver única e exclusivamente na busca das sensações provocadas pelo consumo das drogas.

            Quando o dependente dá uma pausa no consumo, ele enfrenta momentos de depressão e arrependimento profundo e neste intervalo muitos chegam a jurar que nunca mais farão uso das drogas, no entanto, o corpo e a mente, acostumados ao prazer, logo gritam por elas e assim, ele vai se revezando entre consumir, arrepender-se, consumir novamente, etc.

  Quando ele compreender que esse prazer custa-lhe caro demais e optar pela recuperação, confrontará com um vazio imenso que precisará ser preenchido. A dependência o afastou dos bons amigos, de hábitos saudáveis e, muitos deles, até mesmo da família e de Deus. Em geral, perderam o emprego e a confiança de todos. Reencontrar o caminho, a essa altura, não será fácil e ele vai precisar de ajuda.

          A partir do momento em que ele, com humildade e sinceridade se propõe a viver em sobriedade, deverá considerar o fator “prazer” no conjunto de ações e estratégias no enfrentamento do seu desafio. É importante que ele redescubra outros prazeres que sejam saudáveis, que saia da ociosidade e do vazio que a ausência das drogas irá proporcionar e que busque por grupos de pessoas que trabalham a manutenção da sobriedade, como Amor-Exigente, os Narcóticos ou Alcoólicos Anônimos, etc.

No processo de recuperação, o dependente precisa redescobrir outros prazeres capazes de proporcionar um novo sentido a sua vida, caso contrário, o prazer proporcionado pelo uso das drogas pode tornar-se um prazer fatal. 

            Texto de Celso Garrefa

            Amor-Exigente de Sertãozinho SP

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Ultrapassamos a marca de meio milhão de visualizações em nosso blog. Um número para comemorar e agradecer a todos que de alguma forma contri...