quinta-feira, 16 de outubro de 2025

Entre folgados e sufocados

- Você não presta para nada, reclama a mãe para a filha durante a realização de uma tarefa em conjunto. A filha abaixa a cabeça, para o que está fazendo e se retira. Com essa atitude, a mãe perde uma preciosa oportunidade de estreitar os laços e estabelecer o diálogo, atitudes fundamentais para o fortalecimento dos vínculos afetivos. 

Outras vezes queremos poupar os filhos de realizar quaisquer tarefas dentro de casa, preferindo fazer sozinhos aquilo que podemos realizar em parceria.

A cooperação exerce uma função determinante na aproximação entre pais e filhos, desenvolve a empatia e transmite a ideia de pertencimento, no entanto, para que haja essa construção não basta fazer juntos, é preciso aproveitar o momento.

Dependendo da maneira como nos comportamentos podemos colher resultados opostos. Ninguém se sente valorizado e incentivado a cooperar se, durante as atividades estamos despejando broncas, externando nosso mau humor, resmungando e reclamando de tudo.

Por sua vez, se valorizamos o apoio recebido, realizando as tarefas de forma prazerosa, incentivando e elogiando quando há merecimento, criamos uma via de mão dupla, dar e receber, eu preciso de você, assim como você precisa de mim. Isso favorece o respeito mútuo.

Nossa casa pertence a todos que nela habita e uma convivência familiar sadia exige que a cooperação seja valorizada nas relações, pois sem ela, os seus membros transitarão entre dois extremos: os folgados e os sufocados.

 


Celso Garrefa

Autor dos livros "Assertividade, um jeito inteligente de educar" e "O primeiro dia da minha nova vida".

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