- Você não presta para nada, reclama a mãe para a filha durante a realização de uma tarefa em conjunto. A filha abaixa a cabeça, para o que está fazendo e se retira. Com essa atitude, a mãe perde uma preciosa oportunidade de estreitar os laços e estabelecer o diálogo, atitudes fundamentais para o fortalecimento dos vínculos afetivos.
Outras vezes queremos poupar os filhos de realizar quaisquer tarefas dentro de casa, preferindo fazer sozinhos aquilo que podemos realizar em parceria.
A cooperação exerce uma função
determinante na aproximação entre pais e filhos, desenvolve a empatia e transmite
a ideia de pertencimento, no entanto, para que haja essa construção não basta
fazer juntos, é preciso aproveitar o momento.
Dependendo da maneira como nos
comportamentos podemos colher resultados opostos. Ninguém se sente valorizado e
incentivado a cooperar se, durante as atividades estamos despejando broncas,
externando nosso mau humor, resmungando e reclamando de tudo.
Por sua vez, se valorizamos o
apoio recebido, realizando as tarefas de forma prazerosa, incentivando e
elogiando quando há merecimento, criamos uma via de mão dupla, dar e receber,
eu preciso de você, assim como você precisa de mim. Isso favorece o respeito mútuo.
Nossa casa pertence a todos
que nela habita e uma convivência familiar sadia exige que a cooperação seja
valorizada nas relações, pois sem ela, os seus membros transitarão entre dois
extremos: os folgados e os sufocados.
Celso Garrefa

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