Com a decisão da Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (ANVISA) de liberar, no Brasil, o uso terapêutico do
canabidiol, ele deixa de fazer parte da lista de substâncias proibidas pela
agência. Tal decisão deixa no ar um questionamento: afinal, a maconha é um
problema ou uma solução?
Normalmente somos condicionados a fazer
escolhas baseado nos extremos: tudo ou nada; certo ou errado; sim ou não;
contra ou a favor. Precisamos desenvolver nosso senso crítico, buscar
informações para nos posicionarmos sem simplismos, compreendendo que entre o
branco e o preto existem muitos tons de cinza.
"O
canabidiol é um dos 480 compostos da maconha. Extraído do caule e das folhas da
planta, a substância não é psicoativa nem tóxica. O que promove o efeito
alucinógeno é o tetraidrocanabinol (THC), substrato da resina e da flor da
Cannabis sativa. É ele o responsável pela alteração de raciocínio, lapsos de
memória, perda cognitiva e dependência". (Fonte http://veja.abril.com.br/noticia/saude/anvisa-libera-o-uso-do-canabidiol)
acessado em 23/01/2015
Como estudos têm demonstrado que o uso
terapêutico do canabidiol tem diminuído as crises convulsivas entre pacientes
com doenças neurológicas graves e a liberação da substância no Brasil, facilitará
o desenvolvimento de pesquisas visando à criação de novos medicamentos, como
por exemplo, para os tratamentos do mal de Parkinson e do Alzheimer entre
outros, seria contraproducente nos posicionarmos contrários a isso, baseados
simplesmente na repulsa que o nome “maconha” nos remete.
Precisamos nos lembrar que tanto a heroína
como a morfina são substâncias extraídas da papoula. A heroína, quando
utilizada como entorpecente, possui alto poder de dependência com conseqüências
devastadoras, enquanto a morfina, utilizada como medicamento, possui alto poder
analgésico, muito utilizado em pacientes terminais de câncer como forma de
aliviar a dor.
Também não podemos cair na ingenuidade.
Muitos jovens usuários da erva, já argumentavam que ela é remédio. Maconha não
é remédio e o canabidiol não é maconha e sim um composto derivado dela, livre
do THC (tetraidrocanabinol). A maconha fumada é droga, causa dependência e
possíveis danos à saúde e em relação a isso, nosso posicionamento continua o
mesmo: somos contrários ao uso da erva como entorpecente.
Por fim, é importante distinguirmos as
diferenças entre o que cura e o que adoece, para não fazermos da maconha, nem
anjo nem demônio e a diferença está exatamente na forma e na maneira com que o
ser humano manipula a erva.
Texto
de Celso Garrefa
Amor-Exigente
de Sertãozinho SP
Leia também: Maconha: Entrada para outras drogas? disponível no link abaixo:
https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=6594050642586374024#editor/target=post;postID=4383256899850871886;onPublishedMenu=allposts;onClosedMenu=allposts;postNum=2;src=postname
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