segunda-feira, 21 de setembro de 2015

FAMÍLIA: PRINCIPAL GRUPO DE APOIO

(Imagem da internet)
     Uma verdadeira família é aquela em que seus membros cooperam entre si e que o bem estar de cada um é responsabilidade de todos, porém na contramão da sua importância, a família cada vez mais se isola.

     Possuímos tantas tarefas, compromissos e atividades que sobra pouco tempo para os relacionamentos familiares e o que resta muitas vezes é preenchido por tevês, uma em cada quarto, por celulares carregados de tecnologias capazes de nos conectar ao mundo mas, ao mesmo tempo, distanciar aqueles que estão ao nosso lado.

As tecnologias são inerentes ao mundo atual e de utilidades infinitas, mas precisamos dominá-las, fazendo uso adequado e equilibrado, sem permitir que elas ocupem todo o nosso tempo e espaço, reduzindo a zero os momentos de convivência física entre as pessoas que vivem sob o mesmo teto, sob o risco de nos enquadrarmos numa formação familiar trágica, que costumo chamar de família de desconhecidos.

Para fazermos da nossa família, o nosso principal grupo de apoio e referência, precisamos criar dentro da nossa casa, momentos favoráveis à construção de um relacionamento sadio entre os seus membros, para tanto, podemos adotar algumas atitudes simples, como por exemplo, fazer as refeições com a família reunida, com todos sentados à mesa, com a tevê desligada e sem celulares ligados ao lado dos pratos. Se não conseguimos reunir a família nem mesmo na hora da alimentação, quando pretendemos? 

       Também precisamos ter claro que um grupo de apoio é uma via de mão dupla, ou seja, dar e receber, portanto, para fazermos do nosso lar um verdadeiro grupo de apoio, precisamos desenvolver a cooperação entre os membros da casa, servindo e também sendo servidos, dividindo tarefas e fazendo outras em conjunto, valorizando o respeito mútuo e que os esforços de cada um contribua para o bem estar de todos. Sem isso não existe família, apenas um amontoado de pessoas.



Texto de Celso Garrefa
Sertãozinho SP

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

DROGAS: PRAZER OU PREJUÍZO?

                       
          As drogas proporcionam prazer e essa realidade é um dos fatores que dificulta a aceitação do tratamento por parte do dependente.

            No início do uso, quando ele atravessa as fases de experimentação ou uso esporádico, esse prazer ocupa muito espaço e os prejuízos são pequenos. A busca contínua pela manutenção dessa sensação faz com que ele prolongue o uso ao longo do tempo, podendo desenvolver tolerância à droga de consumo, ou seja, para obter o mesmo prazer, ele precisa consumir doses cada vez maiores, e como consequência, os prejuízos crescem na mesma proporção.

            A abertura e aceitação do tratamento ocorre quando o dependente começa a sentir que os prejuízos decorrentes do uso são maiores do que os prazeres proporcionados pelo consumo. Nesse momento a família, quando preparada para lidar com o seu desafio, pode fazer toda a diferença.

            Sem preparo ocorre o inverso, ou seja, a família movida por pena, medo ou insegurança agem na contramão, adotando toda atitude possível para evitar que o seu dependente confronte com os prejuízos resultantes do consumo abusivo ou da dependência.
           
            Toda vez que os familiares poupam o dependente dos prejuízos resultantes do seu consumo, pagando suas dívidas, sendo permissivos e tolerantes em relação às suas atitudes, assumindo suas responsabilidades, bancando-o em todas as suas exigências, proporcionam um amortecimento dos prejuízos que ele possa sofrer, ou seja, o adicto continua saboreando os prazeres do uso e a família é quem arca com os prejuízos e as consequências.

            Ninguém muda ninguém e é muito difícil convencer alguém a mudar quando o próprio não deseja mudanças, mas a família do dependente pode sim ser o diferencial capaz de levá-lo a assumir uma atitude de recuperação. Para tanto, é preciso coragem para tomar atitudes, firmeza para se posicionar e sabedoria para permitir que o adicto confronte com os prejuízos decorrentes da sua dependência. A verdadeira ajuda não é fazermos aquilo que o dependente deseja que façamos, mas sim, fazermos aquilo que precisa ser feito, mesmo contrariando aos seus interesses.

Permitir ou mesmo proporcionar situações onde o adicto sofra e perceba as consequências e prejuízos oriundos da sua dependência não significa fechar-lhe as portas e deixá-lo ao abandono, pelo contrário, deve ser uma ação consciente, com o objetivo de conduzi-lo a um tratamento, para tanto, devemos transmitir com muita clareza, que ele pode contar sempre com nossa ajuda e apoio para se tratar, mas que não estamos dispostos a arcar com os prejuízos causados pelo seu uso e nem possuímos condições de protegê-lo das consequências da sua dependência.




          Texto de Celso Garrefa 
Sertãozinho SP

PREVENÇÃO À RECAÍDA

Um dos maiores desafios no processo de tratamento da dependência química são as frequentes recaídas de uma parte das pessoas que buscam ajud...