domingo, 26 de novembro de 2017

FILHOS CONHECEM BEM OS PAIS QUE TÊM

(Imagem extraída da internet)
Para uma boa relação entre pais e filhos é importante que ambos se conheçam mutuamente, no entanto, os filhos, como bons observadores, conhecem muito bem os pais que têm, enquanto os pais, não costumam conhecê-los tão bem quanto imaginam.

            Em geral, os comportamentos dos pais são previsíveis demais, padronizados demais, e os filhos, observadores demais. Como bom observadores sabem de antemão quais as atitudes serão adotadas pelos pais. Sabem quantas vezes será preciso insistir para conseguirem o que buscam, sabem quando fazem muito barulho, mas que cedem quando pressionados.

            Os comportamentos padronizados e facilitadores dos pais induzem os filhos a se relacionarem com eles da mesma forma com que se relacionam com a tevê da sala. Sabem exatamente em quais teclas devem apertar para conquistarem o que desejam. 

            Mas, se por um lado os comportamentos previsíveis fazem dos pais presas fáceis para filhos manipuladores, por outro, também podem servir como um ponto positivo na educação deles. A diferença está na maneira como agimos. Os filhos, como bons observadores, sabem se os pais são facilitares ou exigentes, se são firmes em suas decisões ou se cedem com facilidade. 

Como os filhos conhecem muito bem os pais que têm, é importante que eles saibam que somos firmes na educação deles, coerentes em nossas decisões, que nossas regras são claras e que não cedemos diante das suas pressões.

É importante que saibam, por antecipação, que a postura dos pais não permite comportamentos indisciplinados, inadequados ou desrespeitosos. É fundamental que eles saibam, de antemão, que seus responsáveis não aceitam e não toleram, por exemplo, o uso ou abuso do álcool ou de outras drogas.

Normalmente, os filhos não se mostram por inteiro. Eles contam aos pais até onde os relatos não os comprometem, por isso, da mesma forma com que eles nos observam, também devemos observá-los atentamente. Essa prática ajuda-nos a agirmos diante dos pequenos desvios de conduta, pois, é corrigindo as pequenas falhas que prevenimos as grandes.

   Por fim, se os nossos posicionamentos são firmes e atuamos na educação dos filhos, é muito bom que eles conhecem muito bem os pais que têm.
           


Texto de Celso Garrefa

Sertãozinho SP

domingo, 19 de novembro de 2017

O FANTÁSTICO PODER DA MESA DE JANTAR


Todos os pais que almejam uma convivência familiar harmônica, com fortes vínculos afetivos, tão importantes para uma educação assertiva e preventiva, devem começar fazendo suas refeições com a família reunida no entorno da mesa de jantar.

Infelizmente, percebo que essa não é uma prática comum nos nossos lares. Cada um se alimenta a seu modo e em seu tempo. Um no sofá da sala, assistindo televisão, com o prato nas mãos, outro no seu quarto, outro come qualquer coisa na rua e os membros da família se isolam, até mesmo no momento em que deveriam estar juntos.

Vivemos em uma época onde o tempo parece-nos curto demais. Os pais saem cedo para o trabalho, muitas mães também trabalham fora ou possuem seus afazeres. Os filhos estudam, participam de atividades e cursos, com isso, o tempo que sobra para a convivência familiar é muito reduzido.

Mas, ainda há uma certeza. Todos precisam se alimentar e podemos aproveitar e fazer desse momento, um momento familiar, realizando as refeições sentados à mesa, com a família reunida. Mas é importante que seja, de fato, um momento da família, sem a interferência de tevês ligadas ou de celulares postos ao lado dos pratos.

É importante, dentro dessa regra, estabelecermos um tempo definido para a alimentação, aonde as pessoas, mais do que engolir correndo aquilo que é servido, possam agradecer e saborear a alimentação oferecida.

Não é hora de sermões, reclamações ou críticas, mas de abertura ao diálogo, de troca de contatos familiares. É uma grande oportunidade de plantarmos valores capazes de conduzir nossos filhos no caminho do bem, de marcarmos presença, deixarmos a nossa marca, introduzirmos valores e princípios familiares e assim, fortalecermos os vínculos afetivos, que é, sem dúvidas, um dos principais fatores de proteção na formação dos filhos.

Essa prática também nos permite enxergarmos, acompanharmos e observarmos nossos filhos. Somente quem os conhecem muito bem e possuem contato direto com eles são capazes de  perceber pequenas nuances de mudanças comportamentais e assim, orientar, ensinar e agir se necessário.

           O alimento servido na mesa de jantar, com a família reunida, além de alimentar o corpo físico, se bem aproveitado, possui o fantástico poder de fortalecer as relações, que é a base para a construção de uma família saudável. Enquanto a tevê da sala, os celulares carregados de recursos e as redes sociais distanciam as pessoas que vivem juntas, a mesa de jantar possui um fantástico poder de unir, de agregar. 

               


Texto de Celso Garrefa
Sertãozinho SP

sábado, 4 de novembro de 2017

FACULDADE: UNS SAIRÃO FORMADOS, OUTROS ALCOÓLATRAS

Entrar para a faculdade é o sonho de muitos jovens e também de pais e mães que desejam ver um filho formado. A universidade é um período de vida decisivo, de preparação para um futuro promissor, mas também não deixa de ser um momento perigoso, tendo em vista que é uma época onde a oferta do álcool é marcante.

O ingresso na faculdade é um momento onde ocorre certo desligamento do convívio familiar, sobretudo, entre aqueles que se alojam em repúblicas para estudantes. O convívio com outros jovens, longe da supervisão dos pais, proporciona a esses alunos a liberdade para fazerem suas próprias escolhas, sem repreensões.

Em muitos casos a entrada para a faculdade costuma ser comemorada com excessivo consumo de bebidas alcoólicas. Um hábito que pode se prolongar durante todo o curso, nas festas com a turma, onde é comum uma prática perigosa, que são as competições entre estudantes para medir quem consome maior quantidade do álcool. Brincadeira que já resultou em morte de universitários.

A pressão exercida pela turma é também um fator que incentiva o hábito de beber. O jovem não deseja sentir-se excluído e para fazer parte do grupo, o consumo de bebidas é praticamente uma regra. Algumas repúblicas de estudantes, inclusive, não aceitam, em sua composição, alunos que sejam abstêmios.

O alcoolismo, reconhecido pela OMS (Organização Mundial da Saúde) como uma doença, se desenvolve ao longo do tempo, através do uso frequente e prolongado do hábito de beber. O desenvolvimento da doença não está sob o controle do bebedor. É engano acreditar que o sujeito é fraco para bebida, por isso tornou-se alcoólatra. Todos os jovens estudantes que consomem esses produtos correm riscos, que aumentam de acordo com o volume e frequência dessa atitude.

Além do risco de desenvolverem o alcoolismo, outro fator preocupante é uma modalidade de consumo, muito frequente entre os universitários, conhecida como beber em binge, ou seja, o consumo de grande quantidade de álcool em curto espaço de tempo. Nesse caso, mesmo não havendo, ainda, desenvolvido a doença, esse consumo apresenta riscos iminentes, pois podem induzir o estudante ao coma alcoólico, envolver-se em brigas ou dirigir sob o efeito da bebida.

Todo cuidado é pouco. O consumo abusivo de substâncias alcoólicas, tão comum entre universitários, pode transformar sonhos em pesadelos e, ao invés de finalizarem os estudos como profissionais qualificados, podem deixar a faculdade como meros doentes alcoolistas. Tudo é uma questão de escolha e consciência.




Texto de Celso Garrefa
           Sertãozinho SP











PREVENÇÃO À RECAÍDA

Um dos maiores desafios no processo de tratamento da dependência química são as frequentes recaídas de uma parte das pessoas que buscam ajud...