domingo, 31 de março de 2019

PAIS E FILHOS NÃO SÃO IGUAIS


       
Em um passado recente, o autoritarismo era marcante na educação das crianças. Os filhos não eram vistos, nem ouvidos. Não tinham voz, nem vez. Esse tipo de comportamento não se encaixa mais na educação moderna, e precisava ser interrompido. No entanto, no ímpeto da mudança fomos de um extremo a outro. Passamos a nos relacionar com os filhos de igual para igual, tratando-os mais como amiguinhos e esquecemos que, antes de sermos seus amigos, somos pais e precisamos exercer o nosso papel de pais.

Sem isso, invertemos os papéis e quem passam a  mandar na casa, a ditar as regras são os filhos, enquanto os pais apenas obedecem e essa é a receita certa para o colapso familiar. Sem exercermos nossas responsabilidades de pais, na educação das crianças, permitimos que cresçam a mercê de si mesmos, entregues a própria sorte, como filhos órfãos, porém de pais vivos. 

Os pais são guias e orientadores. Devem exercer sua autoridade para nortear a conduta dos filhos, cientes de que esse exercício é facilitado quando, em se tratando da educação das crianças, pai e mãe possuem unidade e falam a mesma língua. 

Um fator essencial para o exercício da autoridade, e que a difere do autoritarismo, é o poder do exemplo. É complicado desejar que os filhos sejam equilibrados se vivemos em estado de loucura. É difícil aconselhá-los em relação ao abuso do álcool se eles assistem nosso consumo abusivo. É tarefa complicada colocar Deus na vida dos pequenos, se não vivemos uma espiritualidade. Sem sermos exemplos deixamos de exercer nossa autoridade, que é legítima, para adotarmos duas outras atitudes nada funcionais: ou nos tornamos autoritários ou caímos na passividade.

É importante, também, compreendermos que autoridade se conquista respeitando e exigindo respeito, com posicionamento firme e claro e não através do uso de agressões ou violências, barulhos ou gritos.

Por fim, e para não restar dúvidas, não há problema em sermos amigos dos nossos filhos, desde que, antes disso exercemos nosso papel de pais com autoridade, equilíbrio, coerência e responsabilidade.

(Celso Garrefa - Sertãozinho SP)

domingo, 24 de março de 2019

CONSTRUINDO UMA PROPOSTA DE VIDA FAMILIAR



“Para quem não sabe aonde vai, qualquer caminho serve“. Essa frase, citada por Lewis Carroll, no livro “Alice nos País das Maravilhas”, faz-nos refletir sobre a importância de estabelecermos uma proposta de vida para nossa família. 

O primeiro passo nessa construção começa conosco. Precisamos, em primeiro lugar, vivenciar a proposta de vida que estamos dispostos a transmitir no nosso meio familiar.  Quais são os nossos princípios de vida? Que valores vivenciamos em nosso dia-a-dia? Que condutas e atitudes adotamos visando um comportamento equilibrado e coerente? 

A proposta de vida que estamos dispostos a transmitir deve visar o bem comum, o respeito mútuo e o fortalecimento dos vínculos afetivos, que são a essência de uma família equilibrada e funcional. E como estamos falando em respeito, não dá para pensarmos uma proposta de vida familiar, sem ouvirmos e envolvemos os membros que a compõem.

Também é importante sermos fiéis, honestos e verdadeiros na vivência da nossa proposta de vida, transmitindo-a com clareza, e sem acomodação, trazendo à tona e cobrando a correção de quaisquer problemas que não condizem com nossa proposta de vida, sem camuflar a verdade e sem empurrar para debaixo do tapete questões que precisam ser debatidas.

Atitudes e comportamentos equilibrados, coerentes e responsáveis são essências na construção e transmissão da nossa proposta de vida, sem isso, não se organiza ou reorganiza uma família, e sem um norte, cada um dos seus membros vaga perdido, sem saber que rumo tomar. 

Celso Garrefa
Assoc. AE de Sertãozinho SP

PREVENÇÃO À RECAÍDA

Um dos maiores desafios no processo de tratamento da dependência química são as frequentes recaídas de uma parte das pessoas que buscam ajud...