(Imagem extraída da internet) |
Atualmente, um dos grandes
problemas da família é a falta de interação. Seus membros não se relacionam mais dentro de
casa, e cada um vive do seu modo, no seu canto, absorvidos pelas suas redes
sociais. Mesmo morando na mesma casa, chegam ao absurdo de se comunicarem via
mensagens de celular.
Até mesmo na hora do jantar esses aparelhos continuam ao
lado dos pratos. Os filhos vivem com fones nos ouvido e a família não conversa
mais. Essa realidade criou uma nova formação familiar, que costumo chamar de
família de desconhecidos, ou seja, pessoas que moram na mesma casa, dormem na
mesma casa, comem na mesma casa e nada mais.
Para vivenciarmos esse princípio ético, primeiro vamos
precisar criar momentos de interação na família, pois não é possível nos
relacionarmos fraternalmente, se sequer interagimos. Que tal começarmos criando
a regra de jantarmos sem tevês ligadas, e sem a presença dos celulares na mesa?
Em seguida, valorizar cada momento, abandonando a
estupidez, a agressividade, a apatia, e aprendermos também o valor do elogio,
do diálogo agradável. Ouvir com interesse e atenção, e até nos momentos que precisarmos
ser firmes, fazê-lo com educação e respeito.
Estendendo este princípio ético para além da nossa casa,
podemos adotá-lo também nos grupos em que atuamos, visando criar uma relação
fraterna com cada um, respeitando as opiniões e pontos de vista do outro, mesmo
que não coincidam com os nossos. Não julgar ou fazer qualquer diferença das
pessoas em razão da sua religião, da sua orientação sexual ou da sua cor de
pele.
Respeitar as pessoas, independente do cargo que exercem
ou da posição social que ocupam, sem bajular ou tratar com luvas de pelica aqueles
que ocupam cargos ou funções superiores, nem desprezar aqueles que não tiveram
melhores oportunidades na vida. Abandonar o papel de ciclista, que se curva em cima
e pisa embaixo.
Vivenciando
na prática este princípio valorizamos as pessoas que convivem conosco, alicerçamos
as relações e esperamos a reciprocidade, que são comportamentos fundamentais
para uma convivência respeitosa e harmônica. Que tenhamos coragem de desligar
um pouco nossos celulares.
Texto de Celso Garrefa
Sertãozinho SP