sábado, 26 de novembro de 2022

"AH, SE FOSSE MEU FILHO!

“Ah, se fosse meu filho”! Essa é a frase preferida e proferida por muitos teóricos de poltrona, que se acham especialistas em tudo, apresentando soluções simplórias para problemas complexos, no entanto, essa manifestação apenas demonstra o quanto quem a utiliza é desconhecedor do assunto.

Enquanto não sentimos na pele a força de um grande problema, costumamos julgá-lo de fácil solução, mas nem sempre é tão simples assim. Somente quando o desafio bate à nossa porta é que de fato sabemos o quão desafiador ele é. Enquanto não vivenciamos o problema é fácil minimizar seu potencial, difícil é nos colocarmos, de fato, no lugar do outro.

Achar, muita gente acha muita coisa, mas ter certeza é para poucos. Toda orientação fundamentada em “achismos” não se sustenta como uma base concreta e segura de informação. Por isso, devemos receber com cautela todas as sugestões e receitas fundamentadas em hipóteses não confirmadas, apresentadas por pessoas que não dominam o assunto, ou que não vivenciaram o problema.

A partir do momento em que experienciamos o drama mudamos radicalmente a maneira como o enxergávamos. Nesse momento, muitos preconceitos caem por terra, muitos pré-julgamentos se desfazem.

“Ah, se fosse meu filho”! Reproduzir essa fala é olhar para nós mesmos e nos julgar perfeitos, donos da verdade e conhecedores da receita, ao mesmo tempo em que olhamos para o outro como se ele fosse incapaz.

“Ah, se fosse meu filho! Se fosse seu filho com certeza não diria isso, porque saberia o quão complexo e desafiador é lidar com um problema de alta complexidade. Mas, se por acaso for seu filho, não tenha medo de buscar a ajuda adequada, com a certeza de que todo grande problema vem sempre acompanhado de grandes aprendizados.


Celso Garrefa

Assoc. AE de Sertãozinho SP

sábado, 19 de novembro de 2022

TENTE OUTRA VEZ

Às vezes, na vida, precisamos tentar de novo, quantas vezes for preciso. Nem sempre alcançamos nossos objetivos em uma primeira tentativa, e isso não deve ser motivo para desistirmos. A cada novo começo, devemos eliminar aquilo que não funcionou na primeira peleja, buscar novos jeitos de fazer, acrescentar o que ainda não foi feito e seguirmos firmes na busca do nosso propósito.
Nessa caminhada é importante comemorarmos cada conquista, por menor que seja, vibrar com cada pequena meta alcançada. Por vezes queremos atingir um grande objetivo e não valorizamos os pequenos sucessos. Sem valorizá-los, desistimos. Um grande objetivo é alcançado através de pequenas metas, que vão se somando e encorpando.
Quando a batalha é grande é natural cansarmos, afinal, somos gente, e na vida, vez ou outra precisamos de uma pausa. Podemos aproveitá-la para refletir, descartar velhos hábitos, corrigir o que for necessário, abandonar o que não serve mais, recarregar as energias e retomar a caminhada com muita força. Mas, tomemos cuidado: parar para descansar não significa parar para desistir.
Na vida, existem momentos em que precisamos mudar os rumos da nossa trajetória, com coragem. De nada adianta lamentar o passado, se nos acomodamos e nada fazemos para mudar o futuro.
A canção composta por Ney Azambuja, Tavito e Paulo Sérgio Valle nos leva a refletir, quando cita: “A vida tem sons que pra gente ouvir precisa aprender a começar de novo. É como tocar o mesmo violão e nele compor uma nova canção”. E como sugere o Programa Amor-Exigente, nada muda se eu não mudar. Existem momentos em que precisamos trocar a música que rege a nossa vida e abrir espaço para um nova canção.


Celso Garrefa

Assoc. AE de Sertãozinho SP


sábado, 12 de novembro de 2022

DISCIPLINA: PONTE PARA A SOBRIEDADE

A dependência do álcool ou de outras drogas é um problema complexo que atinge um número elevado de pessoas, causando inúmeras consequências negativas, afetando não só o usuário, como também seus familiares. Muitos deles chegam a manifestar o desejo de superar o problema, porém, a maioria espera por uma solução pronta, uma resposta imediata, sem esforços e com isso não alcançam a recuperação.
É plenamente possível superar o problema, mas, é preciso muita perseverança e disciplina, características que não costumam fazer parte da rotina de um dependente, entretanto, são especialistas em arranjar desculpas para desistir e essas justificativas quase nunca estão em si mesmos, mas nos outros.
Muitos buscam um tratamento, porém, poucos perseveram. Isso, em parte, justifica o baixo índice de pessoas dependentes que conseguem superar o vício.
Segundo o Programa Amor-Exigente é preciso exigência na disciplina para ordenar e organizar a nossa vida. O uso de substâncias é um fator capaz de desestruturar a vida de qualquer pessoa e não é tarefa fácil reorganizar o que se transformou em uma desordem total.
É preciso muita disciplina, determinação, perseverança e insistência com foco em um objetivo e um conceito muito interessante, cuja autoria desconheço, cita que “disciplina é fazermos aquilo que precisa ser feito, mesmo quando não estamos com vontade de fazer”.
O foco na disciplina é uma atitude necessária para o sucesso e manutenção da sobriedade, sem isso, o desejo de superar o desafio não passa de mais uma enganação, não dos outros, mas de si próprio.


Celso Garrefa
Assoc. AE de Sertãozinho SP 

PREVENÇÃO À RECAÍDA

Um dos maiores desafios no processo de tratamento da dependência química são as frequentes recaídas de uma parte das pessoas que buscam ajud...