sábado, 22 de fevereiro de 2025

MAIS "GENTE", MENOS "COISA"

Parece-nos que o ser humano está perdendo sua humanidade. As relações entre as pessoas estão cada vez mais frias, ausentes de sensibilidade e pouco empáticas e isso nos deixa um questionamento: será que estamos perdendo nossa essência humana e nos tornando mais "coisa" e menos "gente"?

As evoluções tecnológicas fizeram com que os seres humanos se distanciassem e com isso, estamos vivendo cada vez mais as relações virtuais e menos as presencias. A frieza das redes sociais, de certa forma, fez com que muitos de nós esquecêssemos que somos seres humanos. Nas redes, desejamos mostrar o sucesso, as conquistas e escondemos nossos desafios e dificuldades. Ignoramos que somos gente e que o outro também o é. 

Quantas vezes nos deparamos com postagens nas redes sociais e, mesmo sem conhecer a fonte e a veracidade, friamente, compartilhamos ou fazemos comentários inapropriados e esquecemos que existe uma vida humana do outro lado da tela, uma pessoa que possui sentimentos e sofre as consequências de um ataque desnecessário e gratuito?

Mesmo diante de toda a tecnologia que nos cerca, ainda continuamos a ser gente e como gente possuímos sentimentos que precisamos proteger, com posicionamentos firmes, não permitindo ser invadidos, explorados, manipulados, massacrados, inclusive dentro da nossa própria casa. Todo grande abuso começa com pequenos ataques, que se ignorados ganham em intensidade ao longo do tempo.

O primeiro passo é aceitarmos o óbvio, somos gente, e reconhecendo isso, não aceitar e não permitir sermos tratados como qualquer coisa, como algo sem valor, que não merece respeito e assim, que possamos ser cada vez mais "gente" e menos "coisa".


Celso Garrefa

Pedagogo Social

Autor dos livros "Assertividade, um jeito inteligente de educar" e "O Primeiro dia da minha nova vida"

sábado, 15 de fevereiro de 2025

AMOR-EXIGENTE, UM PROGRAMA QUE SALVA VIDAS

Um questionamento que nos chega com frequência é o porquê os pais devem participar de reuniões de grupo, sendo que é o filho quem está fazendo uso de drogas. Acontece que a dependência química não atinge apenas a pessoa que faz uso de substâncias entorpecentes, mas também afeta todos aqueles que convivem com ele.

É comum os familiares chegarem aos grupos mais adoecidos que o próprio dependente. Chegam com o relato de que desejam intensamente ajudá-lo, mas, afetados pela codependência, carregam uma mistura de sentimentos e um sofrimento profundo.

Sentimentos como culpa, medo, tristeza, desespero, entre outros, os fazem paralisar. A vontade de ajudar é imensa, mas estão tão fragilizados que não sabem como agir, por onde começar.

Sem uma base orientadora e sem conhecimento da problemática que envolve a dependência, as tentativas de ajuda, além de não solucionar o problema, podem agravar ainda mais a situação. Cego guiando cego corre-se o risco dos dois caírem no buraco.

Nos grupos de apoio a família começa a despertar do impacto paralisante provocado pela descoberta do problema e a se libertar de sentimentos negativos que travam suas ações. São nos grupos de apoio que as famílias se fortalecem e quando fortes, deixam de ser alvo de fácil manipulação. Aprendem a lidar com um problema de alta complexidade de forma assertiva e orientada.

Enfim, a família deve participar de um grupo de apoio porque, mesmo não fazendo uso de drogas, adoece tanto quanto o dependente e quando enfrentam os desafios juntos, estatisticamente, as possibilidades de sucesso do tratamento aumentam de forma extraordinária, portanto, venham se capacitar com o Amor-Exigente, um programa que salva vidas.


Celso Garrefa

Pedagogo Social

Autor dos livros "Assertividade, um jeito inteligente de educar" e "O primeiro dia da minha nova vida"

SEM DISCIPLINA FAZEMOS O NOSSO MÍNIMO E NÃO CHEGAMOS A LUGAR ALGUM

Um dos objetivos da disciplina é ordenar e organizar a nossa vida e também a vida da nossa família. Para tanto, todos os membros da casa dev...