O sétimo princípio básico do Programa Amor-Exigente cita que "tomar atitude precipita uma crise". Mas, crises incomodam, causam desconforto e insegurança, e muitos de nós não queremos abandonar nossa zona de acomodação.
No entanto, existem momentos na vida em que nos deparamos com grandes desafios, que nos colocam diante de uma enorme crise e para enfrentá-la não existe outro caminho que não seja por meio da ação, da atitude.
E isso nos coloca diante de um dilema: se já estamos vivenciando uma grande crise, por que tomar atitudes para provocar novas crises?
Acontece que as crises que vivenciamos muitas vezes foram provocadas pelos comportamentos do outro e, portanto, ele a administra de acordo com os seus interesses, enquanto nós arcamos com as consequências. Uma criança provoca uma crise de birra para desestabilizar os pais e eles cederem, atendendo o desejo dela; um jovem dependente químico ameaça abandonar a família, se ela dificultar seu acesso às drogas, para convencê-la a bancar seu vício etc.
A partir do momento em que começamos a agir, a tomar atitudes em relação aos comportamentos alheios, que desaprovamos, quem vão precisar se ajustar às nossas ações são eles.
Devemos, ainda, compreender que tomadas de atitudes são ações concretas, que possuem um objetivo a ser alcançado. Devem ser ações que se sustentam, que temos condições de mantê-las com firmeza, caso contrário, caímos nas ameaças vazias e perdemos o crédito.
Enquanto nos sujeitamos aos comportamentos inadequados do outro, sofremos as consequências das crises por ele estabelecida, mas quando nós tomamos atitudes, quem vai precisar se ajustar às nossas mudanças é ele. Tomar uma atitude significa, portanto, retirar o comando da nossa vida das mãos de outra pessoa e trazê-la para o nosso domínio, esse é o segredo da mudança positiva que tanto desejamos.
Autor dos livros: "Assertividade, um jeito inteligente de educar" e "Primeiro dia da minha nova vida".
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