sexta-feira, 30 de maio de 2014

O QUE É AMOR-EXIGENTE?

           
 PROGRAMA AMOR-EXIGENTE

O Amor-Exigente é um programa inovador que atua com grupos de apoio e orientação aos pais, jovens e educadores para prevenir o abuso e dependência do álcool e outras drogas. Os grupos apóiam e facilitam as mudanças comportamentais na família e na sociedade, visando à melhoria na qualidade de vida.
            Tem como público alvo todos que querem se envolver na prevenção às drogas – crianças, jovens, usuários e dependentes, pais, mães, cônjuges, companheiros, idosos, escolas e comunidade. Começou nos Estados Unidos e chegou ao Brasil em 1984. Atualmente, existem mais de 575 grupos distribuídos pelo território brasileiro e no exterior, além disso, conta com o trabalho de cerca de 10.000 voluntários.
            Os voluntários capacitados neste projeto atuarão nos grupos de apoio, serão multiplicadores e mestres para difundir o programa em igrejas, clubes, no ambiente de trabalho e para amparar o próximo nos momentos de dor. A atuação do voluntário é pautada em Princípios Básicos e Éticos, responsabilidade social e espiritualidade pluralista, mobilizando sua rede social para enfrentar adequadamente as questões relacionadas às drogas e violência.
                         Fonte: Informativo FEAE (Federação de Amor-Exigente)


            ASSOC. AMOR-EXIGENTE DE SERTÃOZINHO

A Assoc. Amor-Exigente de Sertãozinho, filiada à FEAE, inscrita no Conselho Municipal de Assistência Social e no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, atua no município de Sertãozinho desde o ano de 1994. Atende por reunião semanal uma média 50 familiares através do grupo para famílias, 18 dependentes químicos através do grupo Frutos do AE e 12 crianças/adolescentes através do Programa Amor-Exigentinho, além de realizar palestras educativas em escolas, programas sociais, empresas, etc.
A regional Sertãozinho de Amor-Exigente englobam as cidades de Sertãozinho, Pitangueiras e Viradouro. Estamos em processo de implantação do Grupo em Barrinha SP e em breve iniciaremos os trabalhos para a implantação do grupo em Pontal SP.


Onde nos encontrar - Venham nos conhecer

            Reuniões todas as quintas-feiras da 20 as 22 horas 
Local: Escola Nair Teixeira Ortolan
Endereço: Av. Hideo Takada, 1008 - Inocoop II 
Sertãozinho SP
Grupos de apoio para familiares e para dependentes de álcool e outras drogas
Contato: 
e-mail: aesertaozinho@yahoo.com
Fone: 9 9230-1530 (Celso Garrefa)
facebook: www.facebook.com/amorexigente.sertaozinho
Visitem e curtam também nossa página no facebook: pesquise por amor-exigente de sertaozinho


NOSSO BLOG

Nosso blog possui como objetivo apresentar, através de nossos textos, a nossa visão dos princípios básicos do programa, além de outros variados sobre a prevenção e a complexidade da dependência química.
Os textos devem servir como reflexão e soma de conhecimentos, porém não devem substituir as reuniões de grupo.
Sugerimos que procurem por um grupo em sua cidade ou na localidade mais próxima. Para saber onde encontrar um grupo de Amor-Exigente consulte o site da FEDERAÇÃO DE AMOR-EXIGENTE: www.amorexigente.org.br

Sempre que visitarem nosso blog, deixem um comentário, uma sugestão ou pergunta.

Um grande abraço a todos
Celso Garrefa – Autor do blog

terça-feira, 13 de maio de 2014

EM MEU JARDIM QUERO ROSAS, NÃO MACONHA

Estamos em pleno auge de uma discussão importante sobre a maconha. O Deputado Jean Wyllys protocolou um projeto de lei que, caso aprovado, o governo passa a ter o controle da comercialização da droga no país e cada usuário terá a permissão para cultivar até doze pés da planta em sua residência. De acordo com o deputado, o projeto apresenta um modelo alternativo ao atual que, segundo ele, é reconhecidamente um modelo fracassado.
Antes de me aventurar a escrever este texto, procurei colher opiniões e comentários sobre o assunto e o que ficou claro é que as opiniões se divergem. Entre aqueles que são contra, argumentam que a maconha é substância que causa dependência e prejuízos à saúde ou que como conseqüência da liberação assistiremos um aumento ainda maior no número de usuários. Os defensores da legalização acreditam que a liberação elimina a figura do traficante, resultando em uma diminuição da violência. Argumentam ainda que o modelo atual não consegue diminuir o consumo ou ainda que a arrecadação com a venda poderia ser investido em educação, saúde, etc.
Tenho que concordar com o deputado em relação à busca de modelos alternativos no enfrentamento ao uso da droga, no entanto, trabalhando e convivendo há dezoito anos com familiares e dependentes químicos, não acredito que o modelo alternativo seja a liberação e tentativa de controle da venda.
Todas as vezes que uma alteração da lei é proposta, precisamos refletir sobre os prós e contras que a mudança poderá proporcionar. Como pró, podemos pensar no dependente adulto que faz uso apenas da maconha e que não pretende ou não consegue parar. Com a mudança da lei, estes poderão utilizar o produto através das vendas autorizadas pelo governo sem precisar arriscar-se em pontos de tráfico, eliminando a intermediação do traficante, no entanto, a mudança não produziria diminuição do uso.
Como contra, caso a lei seja aprovada semelhante ao modelo Uruguaio, a venda continuaria proibida aos menores de idade. Acontece que a iniciação, com raríssimas exceções, começa na adolescência, portanto esse grupo de jovens continuaria a busca pela droga nas bocas de fumo, com um agravante: os traficantes, além de continuar com a venda da maconha, intensificariam a venda de outras consideradas mais danosas, como cocaína ou crack.
Também acredito que o governo não possui capacidade para controlar o comércio da substância. Moramos em um país de dimensões continentais onde o poder público encontra dificuldades para controlar serviços básicos, seria utópico imaginar que controlaria a produção e o comércio da maconha.
Precisamos considerar ainda que o método do governo para tentar reduzir o consumo, baseia-se quase que exclusivamente em fixação de altas taxas de impostos sobre os produtos. Dessa forma estaremos diante de um impasse: se o produto oferecido pelo governo encarece devido aos pesados impostos, os usuários continuarão a buscar a erva com os traficantes. Caso o produto oferecido e controlado pelo governo seja barateado, corremos o risco de assistir um aumento ainda maior no número de consumidores.
Além disso, ainda há muitas perguntas que nos enchem de preocupações e precisam ser respondidas: Caso a lei seja aprovada, quem será o produtor? Quem e como pretendem controlar as vendas? Como pretendem proteger as plantações? Como irão fiscalizar as residências para controlar apenas o plantio de doze pés da planta? Quem receberá autorização para vender o produto? Em um país culturalmente marcado pela corrupção, não seria este mais um campo fértil para aproveitadores? Tudo isto nos assusta.
Em relação à possibilidade do usuário possuir a permissão para cultivar até doze pés da cannabis em sua residência, com todo respeito ao deputado, mas me parece ideia insana. Como podemos imaginar uma diminuição do consumo com a mudança da lei, se ela própria permitirá trazer a droga para o quintal das residências, normalmente freqüentados por crianças, adolescentes e jovens muitas vezes desacompanhados de seus responsáveis? Imaginem esses pequenos reunidos em grupinhos sozinhos na casa. Juntem a isso a curiosidade natural da idade, somados as desinformações ou informações distorcidas que chegam até eles e agregue a tudo isso, a facilidade de acesso, com o produto ao alcance das mãos.
Não consigo visualizar no projeto de lei do deputado, nada que me convença que sua aprovação fará diminuir o consumo da maconha ou de outras drogas no país. Respeito quem pensa diferente, mas o meu posicionamento é contrário a legalização da droga no Brasil. Parece-me irônico pensar na redução do uso da maconha, facilitando o acesso à droga, inclusive trazendo a planta para dentro de casa.
Acredito sim, que necessitamos de políticas públicas voltadas à educação e prevenção, onde as abordagens comecem o mais cedo possível. Acredito que precisamos orientar os pais com informações de qualidade, capacitar os educadores e demais profissionais que lidam diretamente com crianças, adolescentes e jovens, levando a prevenção para dentro da sala de aula, semelhante ao que acontece em relação à dengue e assim criar uma cultura de valorização da vida. Precisamos preparar os jovens para que façam escolhas saudáveis. Eu já fiz a minha: Em meu jardim quero rosas, não maconha.

                      Texto de Celso Garrefa
                      Amor-Exigente de Sertãozinho 


PREVENÇÃO À RECAÍDA

Um dos maiores desafios no processo de tratamento da dependência química são as frequentes recaídas de uma parte das pessoas que buscam ajud...