Sempre
que falamos sobre os problemas relacionados ao consumo do álcool costumamos nos
focar nos problemas gerados pelo alcoolismo, que afeta parte significativa da
população, causando danos imensuráveis, porém existe outra forma de beber, conhecida
como “binge drinking” ou “beber em binge” cujos danos à saúde e riscos pessoais
ou a terceiros equiparam-se ou, por vezes, até superam os problemas
relacionamos ao alcoolismo.
"Beber
em binge" é uma modalidade que se caracteriza pelo consumo esporádico de bebidas
alcoólicas, porém em quantidade elevada de álcool em um curto espaço de tempo. Essa
maneira de consumir bebidas alcoólicas é bastante comum entre os mais jovens e
ocorre principalmente em finais de semana ou em baladas.
O
alcoolismo define-se como o consumo excessivo, duradouro e compulsivo de
bebidas alcoólicas. Considerado pelo OMS (Organização Mundial da Saúde) como
uma doença que se instala ao longo do tempo. O bebedor em "binge", em geral,
ainda não é um alcoólatra. É um abusador do consumo do álcool.
Normalmente,
ele critica o alcoólatra, julgando-o como um fraco para beber e não acredita que
ele próprio caminha para o alcoolismo. Adora se vangloriar do consumo pesado do
álcool, exibindo-se aos amigos. Faz piadas com aqueles que não bebem e adora
postar o consumo excessivo em sua rede social. Acredita que precisa mostrar aos
outros o quanto bebe, como se isso fosse um grande feito e julga-se como alguém
que bebe socialmente.
Mesmo
não sendo, ainda, um alcoólatra, o bebedor em “binge” frequentemente se envolve
em problemas. Após consumir grande quantidade de álcool, muitos pegam a direção
do carro colocando em risco a própria vida, de seus familiares e de terceiros.
Também se envolvem frequentemente em conflitos familiares, violências
domésticas, acidentes pessoais, afogamentos e até homicídios.
O
“beber em binge”, apesar de muitas vezes passar despercebido, merece grande
atenção, pois, além de todos os prejuízos já citados, é uma modalidade de
consumo que arrasta o bebedor a passos largos rumo ao alcoolismo. Só há uma
forma de barrar esse processo desastroso: “Conscientização”. Infelizmente, uma
atitude que está distante do “bebedor em binge”, pois em geral, ele não
acredita nas consequências e prefere pagar para ver, pena que o preço será caro
demais.
Texto de Celso Garrefa
Amor-Exigente de Sertãozinho
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