sábado, 16 de abril de 2022

RESPEITE O SEU "EU", ELE É ÚNICO


Vivemos em uma sociedade que insiste em nos tratar como se fôssemos todos iguais, mas  como pessoas humanas somos únicos e exclusivos e devemos assumir a nossa identidade. Não precisamos fazer o que os outros fazem, não precisamos gostar daquilo que os outros gostam, nem precisamos atuar apenas para agradar a massa. 

Diariamente somos bombardeados e pressionados a adotar comportamentos que não condizem com nossa personalidade. As propagandas televisivas e de outras mídias ditam ordens e criam padrões o tempo todo: compre determinada marca, beba este produto, vista esta grife, etc.

Diante dessa pressão, muitos de nós cedemos e adotamos comportamentos padronizados. Compramos coisas que não precisamos, consumimos produtos que não gostamos, fazemos coisas que não desejamos. Vivemos mais preocupamos em agradar aos olhos dos outros, que a nós mesmos.

Não se trata de paralisarmos no tempo. O mundo e a vida mudam em alta velocidade e precisamos nos ajustar às novas realidades, mas é importante desenvolvermos em nós a habilidade do questionamento. Para que eu preciso disso? Por que devo adquirir esta marca? Que necessidade tenho de adotar determinado comportamento? 

Além de assumirmos nossa identidade também devemos enxergar os outros em suas diversidades e aceitá-los como são. A expansão das redes sociais trouxe à tona o quanto o ser humano é intolerante em relação aqueles que julga diferentes de si. É com tristeza que vemos ainda hoje a necessidade de campanhas para combater a intolerância, seja ela, racial, sexual, política, religiosa, etc.

A maravilha da vida está na diversidade e cada um de nós é uma versão única e exclusiva de nós mesmos. Aceitemo-nos como somos e respeitemos as diferenças e que cada um seja feliz a seu modo.


Celso Garrefa 
Amor-Exigente de Sertãozinho SP





sexta-feira, 1 de abril de 2022

VIVER É PRECISO

A dependência química é vista por muitos pais como algo distante, que acontece apenas na casa dos outros e de repente, muitos de nós somos surpreendidos pelo problema, que chega como uma verdadeira avalanche e da noite para o dia parece que tudo se transforma. 

A descoberta provoca em muitos familiares um choque paralisante, como se nada mais na vida fizesse sentido. É comum deixarmos de fazer coisas que estávamos acostumados no dia a dia. Abandonamos o lazer, paralisamos projetos e planos, procuramos o isolamento. É como se a vida pessoal parasse a partir da descoberta para vivermos tão somente em função do nosso desafio e com isso experienciamos um sofrimento profundo.

Abandonar os cuidados pessoais não é solução para o problema. Podemos fazer muito pelo outro, sem medir esforços na busca de soluções para o desafio, sem que para isso precisemos deixar de viver a nossa vida. Deixar de nos alimentar, não dormir a noite, abusar do uso de remédios ou buscar o isolamento apenas nos fragilizam e fragilizados reduzimos as nossas forças para lidarmos com tamanho desafio.

Desejamos imensamente ajudar o nosso familiar a se livrar do problema, mas em estado de choque, adoecemos e vamos precisar de apoio para nos livrarmos de sentimentos paralisantes, como o medo, o estado depressivo e a culpa etc., tão presentes nas famílias codependentes. 

A vida continua, e é urgente resgatá-la. Precisamos despertar do impacto paralisando que o problema provoca. Não precisamos desistir do outro, mas não podemos esquecer de nós. Se não formos capazes de cuidar da nossa vida, onde vamos encontrar forças para tentar ajudar o outro? 

Celso Garrefa
Sertãozinho SP

PREVENÇÃO À RECAÍDA

Um dos maiores desafios no processo de tratamento da dependência química são as frequentes recaídas de uma parte das pessoas que buscam ajud...