domingo, 14 de dezembro de 2025

EMPATIA: QUEM É O "EU" QUE DESEJO COLOCAR NO LUGAR DO OUTRO?

Atualmente, observamos que muitas pessoas se tornaram especialistas em criticar, condenar, dar palpites na vida dos outros, mesmo sem conhecer a pessoa, sua história de vida, seu contexto familiar. Julgam-se sabedores de tudo, e adoram apresentar soluções simplistas e mirabolantes para problemas complexos. A estes costuma chamar de especialistas de poltrona. 

A empatia, ou seja, a capacidade de nos colocarmos no lugar do outro, parece-nos que cada vez mais está em desuso. Desenvolver essa qualidade é fundamental para enxergarmos o outro em suas diversidades, e pensarmos em, de fato, ser um membro capaz de apoiar, de ajudar, de cooperar com aqueles que tanto necessitam de um socorro, de um auxílio.

É necessário, para tanto, pensar sobre a empatia. Muitas vezes nos preocupamos tanto em relação ao nosso próximo e esquecemos de nós mesmos e nos abandonamos. Seguimos cuidando de tudo e de todos, tentando resolver os problemas alheios e não adotamos, em relação a nós mesmos, o autocuidado e assim, vamos nos colocando em segundo, terceiro, décimo plano. 

E posto isto, surge um questionamento: qual é o "eu" que desejo colocar no lugar do outro? É um "eu" que não se enxerga, não se valoriza, não reconhece o seu valor e não se ama ou um "eu" que sabe do poder do amor-próprio? Se não somos capazes de nos amar, certamente vamos encontrar dificuldades para amar o outro. Será que esse "eu" que desejamos colocar no lugar do outro, é aquele que ele deseja?

Reafirmamos a importância de desenvolvermos a empatia, ao lidarmos com nossos semelhantes, mas para que isso tenha a funcionalidade que desejamos, primeiro precisamos desenvolver a empatia conosco mesmos. Muitas vezes nos colocamos distantes de nós mesmos, ausentes de nossa realidade, vivemos de fantasias, e de acordo com padrões estabelecidos pelos outros. Ou seja, desejamos nos colocar no lugar do outro, e quem sou eu?

Por tudo isso, somos o ponto de partida, cuidando-nos, valorizando-nos, plenos de amor-próprio, e assim, que possamos ser capazes de colocar no lugar do outro um "eu"  que valha a pena.


Celso Garrefa









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