A ameaça do Coronavírus chegou
para mexer com nossa rotina, encher-nos de preocupações e incertezas, deixando-nos
apreensivos, inseguros e com medo, sem saber ao certo o que vem pela frente. É
um momento delicado que precisamos, mais do que nunca, buscar o equilíbrio
necessário para lidarmos com esse desafio.
Não podemos menosprezar os
riscos, diminuindo o potencial de contaminação do vírus, acreditando que
estamos isentos do problema, pois todo vez que não enxergamos os perigos não
adotamos os cuidados necessários para nossa proteção, da nossa família e da
sociedade em geral.
O medo faz parte da vida e na
dose certa é um recurso essencial para nossa proteção. Quem tem medo adota as
medidas e os cuidados necessários para tentar ao máximo não ser atingido pelo
problema. No entanto, o medo não pode atingir níveis extremos, pois ele acima
da dose causa pânico e em estado de pânico travamos.
Enquanto a ausência total do
medo nos condiciona a ver os riscos de forma minimizada, o medo
exagerado maximiza nossa visão do problema. O medo transformado em pânico
adoece e adoecidos fragilizamos. O emocional abalado não é receita capaz de diminuir os riscos,
pelo contrário, ele agrava uma situação que já é grave.
Pensamentos negativistas não
colaboram conosco e mergulharmos todo o nosso tempo no problema também é uma
atitude que adoece. Devemos, portanto, acompanhar o que está acontecendo aqui e
no mundo, manter-nos informados, mas também precisamos desviar desse foco por
alguns instantes, direcionando nossos pensamentos e nossas atitudes para outras
atividades e afazeres que não tenham relação com o problema. Abastecer-nos também de boas notícias, que não são poucas.
Por fim, a fé é uma força
poderosa que nos permite enfrentarmos um grande desafio, sem desespero e são
nos momentos mais difíceis que sentimos com maior intensidade a força que vem
do alto. São nos momentos mais tenebrosos que sentimos com maior intensidade a
manifestação divina. Busquemo-la. Força e fé para todos nós.
Texto de Celso Garrefa
Sertãozinho SP
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