1- Raízes
Culturais
Somos brasileiros e
culturalmente gostamos do contato, de beijos no rosto, de abraços, de
aconchegos e carinhos. Mas, nesse momento de enfrentamento da Covid-19 é
necessário nos adequarmos a essa realidade, modificando temporariamente nossos
hábitos, evitando o contato físico com quem convivem conosco ou com aqueles
que nos relacionamos no nosso dia a dia.
2-
Também somos gente
Não somos super-heróis, nem
super-humanos, somos tão somente gente e também corremos sérios riscos em
relação à Covid-19. Adotar a ideia da imunidade não é medida capaz de nos
proteger. Precisamos aceitar que isso também poderá acontecer conosco, e assim adotar
todo o autocuidado necessário para a nossa proteção.
3- Os Recursos são limitados
Não podemos esperar o
problema atingir níveis alarmantes para começarmos a agir. Precisamos nos
antecipar, adotando atitudes de respeito aos limites, inclusive limitando ao
máximo nosso contato com as pessoas. Sabemos que nosso sistema de saúde também é
limitado e uma explosão de casos poderá levá-lo ao colapso. Nossas ações serão
importantes para o achatamento da curva de contaminação.
4
Este é o momento de
retribuirmos o que nossos pais ou avós fizeram por nós. As pessoas acima de 60
anos fazem parte dos grupos de risco. Devemos nos proteger para protegê-los.
Por mais que eles desejam sair, precisamos segurá-los em casa e oferecer a eles
toda a atenção possível. Somos diferentes: se corremos menos riscos, eles não.
5-
Culpa
Não é hora de procurar culpados,
nem arranjarmos desculpas para descumprir as determinações das autoridades de saúde,
mas assumir responsabilidades, sem esperar tudo do outro, do sistema, da saúde
ou do governo. Cada um deve fazer a sua parte, sem transferir
responsabilidades, lembrando que a culpa nos paralisa, enquanto a
responsabilidade nos convida a ação.
6-
Comportamento
Mesmo diante desse momento
complexo devemos buscar o nosso equilíbrio comportamental. Histeria, desespero,
pânico em nada ajudam, pelo contrário, adoecem. É importante adotarmos as
medidas recomentadas pelas autoridades de saúde, porém precisamos manter a
calma, evitando, inclusive, o sofrimento por antecipação ou a dramatização do
problema.
7-
Tomada de atitude
Não precisamos esperar para
ver o que acontece, mas entrar em ação. E a atitude neste momento é de recuo,
de confinamento, de autocuidado, de cuidado com os outros. Devemos agir mesmo
em confinamento para evitar o estresse e o tédio. Podemos ler um livro que nos
tire por alguns momentos das notícias ruins, fazer um curso a distância,
aprofundar nossos conhecimentos, etc.
8-
Crise
É evidente que a crise ora
instalada mexe conosco, deixando-nos apreensivos, inseguros e com medo, sem
saber ao certo o que vem pela frente. Mas essa crise também vai passar e dela
também vamos tirar lições positivas, de aprendizado e superação. Após
atravessarmos essa turbulência, sairemos mais fortes e certamente aprenderemos
grandes lições.
9-
Grupo de apoio
Os grupos de apoio são
fantásticos, mas o momento exige distanciamento. Podemos suspender as nossas
reuniões de grupo e nem por isso deixarmos de manter contato. Vamos usar a
tecnologia para nos manter conectados, trocando experiências, inclusive sobre
essa ameaça. Agora é hora de usar nossas redes sociais para compartilhar boas
mensagens. Isso vai passar e estaremos mais juntos que nunca.
10- Cooperação
Cada um de nós é único, mas
parte de um todo. Não é o momento de sermos egoístas, pensando apenas em nós
mesmos, mas de adotar o princípio da cooperação. Devemos evitar o esvaziamento
de prateleiras de supermercados para fazer grandes estoques em casa, nem acabar
com o álcool gel das farmácias. Nós precisamos, mas o outro também, que sejamos
coerentes.
11- Exigência
e Disciplina
Mas do que nunca precisamos nos
disciplinar para enfrentarmos esse momento. Devemos seguir as regras estabelecidas,
obedecendo as recomendações e também exigir disciplina daqueles que convivem
conosco. A situação exige novas
posturas, novos hábitos, que devemos adotar e transformar em regras durante
este período. A ausência da disciplina gera bagunça e diante da iminente ameaça
que nos ronda é a receita certa para o caos.
12- Amor
Lembrando sempre o que diz o
Amor-Exigente, amar é fazer aquilo que precisa ser feito, e é por esse amor verdadeiro, em relação aos nossos queridos que fazem parte do grupo de risco, que devemos,
por vezes, contrariá-los. Por amor precisamos fechá-los, mantê-los confinados, evitando
o contato físico, inclusive com os netinhos, mas ao mesmo tempo, sem desampará-los. Vamos
atravessar esse momento e a melhor receita é o amor, mas um amor verdadeiro e
exigente, para conosco, para nossos queridos e para com o próximo.
Adaptação de Celso Garrefa
Amor-Exigente de Sertãozinho
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