sexta-feira, 9 de novembro de 2012

NOSSO COMPORTAMENTO: UM MODELO A SER SEGUIDO?


         
Certa vez, enquanto atendia uma família cuja filha adolescente havia ingerido medicamentos na tentativa de praticar suicídio, logo percebi que ela e sua mãe vivenciavam intensos conflitos.

No atendimento sentaram-se mãe e filha a minha frente, uma ao lado da outra. Durante o contato pedi que a mãe me relatasse ...

                                                                                           

 Obs.: 
Em razão de regras contratuais este texto não está mais disponível neste blog, podendo ser lido na íntegra no livro "Assertividade, um jeito inteligente de educar", de Celso Luís Garrefa, com lançamento previsto para 03/02/24.


Postado há 9th November 2012 por Celso Luís Garrefa

terça-feira, 6 de novembro de 2012

TOMA FILHO, ESSE REMÉDIO É DOCINHO


         
       
          Certo dia, enquanto visitávamos um casal de amigos, pais de uma criança de quatro anos de idade, a mãe lembrou que era hora de medicar o filho em razão de uma forte inflamação de garganta. A criança, como é natural, ao vê-la apanhar o remédio tentou esquivar-se. A mãe, então, para convencer o filho utilizou, como argumento...


Obs.: Em razão de regras contratuais, este texto não está disponível neste blog, podendo ser lido na íntegra no livro "Assertividade, um jeito inteligente de educar", de Celso Luís Garrefa, com lançamento previsto para 03/02/24. 

domingo, 4 de novembro de 2012

SIM, SE POSSÍVEL; NÃO, SE NECESSÁRIO


     
       Um dos maiores desafios enfrentado pelos pais, na educação dos filhos, é a coragem para dizer-lhes um “não”, como resposta, dentro de casa.

Isso acontece por razões variadas. Há aqueles que, equivocadamente, acreditam que devem ser sempre “bonzinhos”, e assim serão respeitados e valorizados, com isso, criam no ambiente familiar a trágica regra do proibido proibir; outros não possuem personalidade suficiente para resistir às pressões dos pequenos e cedem facilmente no primeiro grito ou birras das crianças. Há aqueles que conviveram com regras muito duras, passaram por grandes dificuldades e lutam para reverter isso em relação aos filhos, tornando-se extremamente permissivos. Também existem os passivos, que não querem trabalho e fazem o máximo para evitar conflitos. Lutam para não contrariá-los e assim, conseguem o que buscam: a paz momentânea.

Nossos filhos são nossa responsabilidade e é no ambiente familiar que eles precisam aprender a conviver também com os “nãos”. Poupá-los de toda e qualquer frustração não os protegem dos desafios da vida, pelo contrário, fragilizam.

Ao pouparmos os filhos dos "nãos" apresentamos a eles um mundo irreal, um mundo de fantasias, em que todos os seus desejos são  atendidos e ninguém pode contrariá-los, com isso, eles assimilam a ideia da onipotência, acreditando que tudo podem, entretanto o mundo real não é assim. Os desafios no decorrer da existência são muitos e a sociedade não terá o menor pudor em dizer-lhes um "não".

Quando desacostumados aos “nãos" é possível que se percam, se descontrolem ou se compliquem no primeiro revês da vida real. Não raro, assistimos através da mídia, notícias de jovens atentarem contra a própria vida ou mesmo contra a vida de outros pelo simples fato de não estarem preparados para suportar uma frustração. 

Acostumados a somente ganhar, a tudo ter, a tudo poder e tudo fazer, convivendo com a permissividade excessiva e sem que nada em troca lhes sejam cobrados, os filhos assimilam a ideia de que seus desejos são direitos e portanto, devem ser atendidos prontamente. Não aceitam um "não" como resposta e as exigências crescem como uma bola de neve, até atingir limites inimagináveis. Quando o "não" chega tarde demais, não é compreendido e gera revolta.

    Consideremos, ainda, que, quem não aprende o que é um "não" dentro de casa poderá encontrar dificuldades para se posicionar diante das pressões exercidas pelos grupos fora do ambiente familiar. Como ele não aprendeu o que é um "não", poderá enfrentar problemas para se posicionar, para fazer boas escolhas e para recusar o que não lhe serve, tornando-se alvo de fácil manipulação para a malandragem ou grupos mal intencionados.

Uma boa educação exige atitude e posicionamento. Não é assertivo dizer sim, como responta, quando o desejo e vontade era dizer um "não". O "sim" pode e deve prevalecer sempre que for possível, entretanto, o “não” precisa acontecer com firmeza e coragem, sempre que  necessário. No futuro os filhos agradecerão.

               Texto de Celso Garrefa
               Sertãozinho SP

domingo, 28 de outubro de 2012

Álcool para crianças?


           Numa sexta-feira a noitinha estava eu juntamente com minha esposa e minha filha na área de alimentação de um grande supermercado de nossa cidade, comendo alguma coisa, quando minha esposa me chamou a atenção para a mesa próxima da nossa.
            Pelas características de nossos vizinhos de mesa, as evidências indicavam tratar-se de uma família composta pelo pai e a mãe juntamente com dois filhos ainda bem pequenos. O maior aparentava idade próxima aos quatro anos de idade e o menor, ainda com chupeta na boca indicava idade inferior a um ano de vida.
            A mãe segurava o filho menor no seu colo, enquanto o outro estava acomodado numa cadeira ao lado dos pais.
            Até aí tudo normal, porém o que fez chamar-nos a atenção foi o comportamento do pai. Enquanto tomava sua cerveja, por diversas vezes ele retirava a chupeta da boca da criança menor, mergulhava o bico de borracha em seu copo e recolocava novamente na boca do bebê. A mãe assistia a cena indiferente à situação.
            Notamos grande preocupação dos pais em relação ao perigo dos seus filhos se envolverem com o uso de drogas ilícitas, como a maconha, cocaína ou crack, porém não percebemos a mesma preocupação em relação ao uso do álcool, onde na grande maioria dos casos a iniciação acontece dentro de suas próprias casas, com a permissão dos pais.
            Precisamos ter claro que no Brasil, o Estatuto da Criança e do Adolescente proíbe o consumo do álcool aos menores de 18 anos de idade. De acordo com o ECA, ao tratar sobre os crimes em espécie, no artigo 244 relata que:
            “Vender, fornecer ainda que gratuitamente, ministrar ou entregar, de qualquer forma, a criança ou adolescente, sem justa causa, produtos cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica, ainda que por utilização indevida”:
            Pena – detenção de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa, se o fato não constitui crime mais grave.
            Portanto, o pai ou mãe que fornece, permite, ou facilita o uso de bebidas alcoólicas aos seus filhos menores de 18 anos de idade comete um crime, além de favorecer futuros problemas decorrentes do uso e abuso de substâncias alcoólicas.
            Negar os perigos e problemas decorrentes do uso de substâncias alcoólicas em nada ajuda. Acreditar que os filhos estão imunes aos problemas decorrentes do uso do álcool não os protegem, ao contrário, coloca-os em risco ainda maior, considerando que ao não reconhecermos um perigo, deixamos de adotar uma atitude de ação e defesa, deixando-os a mercê da própria sorte.
            Os jovens são bombardeados diariamente por uma avalanche de apelo ao consumo de bebidas alcoólicas. Recebem pressões por todos os lados. As propagandas são fantásticas ligando o consumo do álcool ao sucesso, à beleza, à felicidade, à diversão e ao prazer. Os grupos também exercem pressão sobre o indivíduo e raríssimas são as festas onde não há excesso de álcool, inclusive festinhas de aniversário de criança, bailes debutante para adolescentes ou os festejos dos finais de ano. Aos pais cabe a missão de orientá-los sobre os perigos do consumo de substâncias alcoólicas e não fortalecer e facilitar a iniciação de seu consumo.
Muitos são os pais que relatam preferir fornecer bebidas alcoólicas para os filhos em casa, acreditando que assim eles aprendem a beber de forma consciente e com moderação.          Não acreditamos que essa seja uma boa ideia  Ao permitir, fornecer ou favorecer o uso do álcool às crianças, mesmo que seja de forma moderada, estamos transmitindo-lhes a idéia da nossa permissividade em relação ao uso do álcool. Equivocam-se quem imagina que aprendendo a beber em casa, os filhos saberão consumir com moderação.
O uso moderado poderá acontecer sob nossos olhos, porém lá fora estará propenso a extrapolar os limites da permissão.
       Qualquer pai ficaria chocado se percebesse que um filho chegou drogado em casa, porém nem todos se chocam ao deparar com um filho bêbado, aceitando como “normal” ou “isso é coisa de adolescente”, ou ainda “todos bebem nessa idade”.
   Precisamos, portanto, assumir uma postura clara em relação ao uso de bebidas alcoólicas dentro de nossa casa, orientado e norteando a conduta de nossos filhos em relação ao consumo dessas substâncias e quando adultos, se optarem por consumi-las, que saibam fazer de forma consciente, equilibrada e moderada.


Por

Celso Garrefa

domingo, 23 de setembro de 2012

Drogas, uma ameaça. Como prevenir?

            
As drogas têm se tornado uma grande ameaça a nossa juventude. Cada vez mais ela chega mais cedo e ameaça a todos sem distinção. Além daquelas já existentes, como maconha, cocaína, crack, heroína, etc, surgem a cada momento,  novas, como o krokodil surgido na Rússia para substituir a heroína, de alto teor de destruição, pois corroem a pele e os músculos, deixando os ossos à mostra. 
      As drogas, são talvez, a maior preocupação dos pais em relação aos seus filhos., no entanto, de modo geral os pais não estão preparados para enfrentar essa triste realidade e não sabem que comportamentos e atitudes devem tomar para evitar que um filho torne-se mais uma vítima desse complexo problema.
            Em geral, os pais imaginam que se os seus filhos apresentarem sinais do uso de drogas, eles logo perceberão e tomarão atitudes para corrigir o problema antes que ele cresça demais.  Equivocam-se, pois só é possível perceber que um filho está envolvido com as drogas depois de aproximadamente dois a três anos de uso, ou seja, quando ele está completamente dependente desta substância entorpecente.
            Como não é aconselhável esperar, as ações dos pais precisam acontecer muito antes da experimentação. A prevenção ao uso das drogas deve iniciar o mais cedo possível.
            Temos observado com freqüência dois fatos muito presentes nos dias atuais: primeiro, estamos vivendo uma geração onde os filhos mandam e os pais obedecem; segundo, estamos assistindo uma geração de meninos e meninas órfãos de pai e mãe vivos. Com essas duas realidades tão presentes, a família que deveria ser a base, a estrutura, a raiz, perdeu sua referência.
            Nossos filhos são nossa responsabilidade e precisamos assumir nosso papel de pais e trabalhar ativamente na prevenção. Nossa atitude deve acontecer diante de todo e qualquer comportamento inadequado que os filhos apresentem no dia-a-dia.
            A chegada até as drogas é um caminho longo, uma escalada. A criança inicia pequenos desvios de comportamentos que, se não corrigidos, crescem, crescem e crescem, ganham força podendo chegar a comportamentos totalmente desajustados e às drogas.
            Os pais devem adotar atitudes que previnam comportamentos inadequados, entre eles citamos alguns como, por exemplo, estabelecer limites claros, saber dizer “não” quando necessário, adotar atitudes que sirvam de exemplo e modelo aos seus filhos, evitar toda forma de violência, estabelecer regras claras para a casa, fazer da casa um ambiente de harmonia, ser firmes nas atitudes, possuir uma definição religiosa e vivenciá-la, estar abertos ao diálogo, entre outras.
            Em relação aos filhos é importante ensiná-los desde pequenos a fazer boas escolhas, a suportar as pressões exercidas pelos grupos, fortalecer o valor de si mesmo e plantar na raiz de sua formação a essência de Deus em sua vida.
            Os pais cientes de suas responsabilidades, envolvidos e preocupados em relação à educação de seus filhos, firmes em suas atitudes e não alienados em relação ao assunto drogas, são a força mais poderosa mediante o desafio da prevenção ao uso abusivo dessas substâncias entorpecentes. Prevenir é agir antes, pois, o prejuízo causado pela dependência, em todos os sentidos, custa caro demais.
           A amplitude do tema da prevenção não cabe em um único texto, portanto nossos textos possuem como objetivo tratar não somente de problemas instalados mas, sobretudo, de prevenção, alertando os pais e chamando-os para agir antes que o pior aconteça. Trabalhar na prevenção é fácil, barato e prazeroso, portanto não devemos perder tempo e começar o mais cedo possível.


                                                                                                          Por
                                                                                                          Celso Luís Garrefa

PREVENÇÃO À RECAÍDA

Um dos maiores desafios no processo de tratamento da dependência química são as frequentes recaídas de uma parte das pessoas que buscam ajud...