A espiritualidade exerce um papel fundamental no contexto familiar e por isso devemos sempre promovê-la entre os nossos, plantando na base de formação dos nossos filhos, a essência do Ser Superior.
Não é responsável esperar que os filhos cresçam e façam suas próprias escolhas. Cabe a nós, como seus responsáveis, introduzi-los nos ensinamentos religiosos que acreditamos e que nos identificamos.
Para tanto, a nossa espiritualidade não deve ser vivida apenas no momento em que estamos no espaço religioso, mas uma tarefa de todos os dias. Vale pouco frequentar assiduamente a nossa igreja ou templo, mas fora dele sermos estúpidos ou arrogantes. Nada vale falar em espiritualidade, viver com a bíblia nas mãos, mas não ser capaz de respeitar aqueles que convivem conosco, ou o nosso próximo.
Não é nada produtivo frequentar a religião de nossa identificação, mas dentro de casa não adotarmos os princípios religiosos aprendidos. Espiritualidade é a prática do que aprendemos, é viver em função do bem, do respeito, da cordialidade. É ser gentil, colocar-se a disposição, saber perdoar, aprender o valor da palavra amar.
Futuramente os filhos crescem, fazem suas próprias escolhas, mas uma base espiritual sólida pode fazer toda a diferença na sua formação como pessoa. O que plantamos na infância pode valer por toda uma vida. Se a essência do Ser Superior foi plantada, mesmo que em algum momento alguns dos nossos desviem do caminho, essa base espiritual será determinante na retomada dos rumos.
Alguns podem até não seguir a religião que transmitimos ou optar por outra que ele melhor se identifique, trazendo para dentro de casa uma diversidade religiosa. Em relação a isso, podemos continuar promovendo a espiritualidade no lar, convivendo com as diferenças, respeitando a crença de cada um, conscientes de que respeitar a crença do outro é um dos maiores exemplos de espiritualidade elevada.
Celso Garrefa
Sertãozinho SP
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