domingo, 20 de janeiro de 2019

RESPEITAR A DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA

(Imagem da internet)
Respeitar a dignidade da pessoa humana é o primeiro dos doze princípios éticos do Programa Amor-Exigente e o pilar que sustenta os demais. Respeitar nossos semelhantes é tão óbvio, porém, ao observarmos as pessoas, parece-nos que existe certo prazer em falar sobre o outro, listar seus defeitos, criticar suas atitudes, julgar seus comportamentos, condenar suas ações. 

Nos grupos de Amor-Exigente esse respeito deve começar pelo sigilo em relação à identidade de quem procura pelo programa, bem como em relação aos assuntos ali compartilhados e partilhados. Tudo aquilo que é conversado na reunião não pode sair da sala.

Durante os encontros, o respeito às pessoas deve prevalecer, acolhendo-as sem julgamentos, sem criticas e sem condenações. Quem chega até nós já vivenciou tudo isso com grande intensidade, não desejam e nem precisam de mais ataques

Nas reuniões de grupos, a formação deve ser em círculo, todos sentados em cadeiras, sem mesas ou outras barreiras à frente. O objetivo dessa formação é colocar todos os participantes no mesmo nível, e em igualdade de condições. O coordenador não é o dono, mas um membro do grupo, deve partilhar em igualdade com os demais e também assumir sua meta para a semana.

As pessoas devem ser respeitadas como chegam, independente de sua religião, do seu nível social, da sua orientação sexual ou da sua condição financeira, sem bajular aqueles que possuem melhores condições e sem menosprezar os menos favorecidos. A dignidade da pessoa humana não está relacionada ao ter, mas ao ser. 

Toda correção, quando necessária, deve ser fraterna, com respeito e educação e, preferencialmente, sem expor a pessoa diante de um grupo. 

Também devemos cuidar para não sermos inconvenientes, cortando as falas das pessoas, desviando a nossa atenção, iniciando conversas paralelas, ou acessando o celular durante as partilhas. Enquanto um fala, os outros ouvem, com muita atenção e interesse. Também não devemos exagerar nos retornos das partilhas, fazendo deles quase uma nova palestra. Não deixa de ser uma forma de desrespeito tentar mostrar ao outro, o tempo todo, o quanto sabemos.

Quem procura pelo programa possui grande chance de permanecer se sentir pertencente e respeitado pelos membros do grupo, portanto, devemos fazer deste primeiro princípio ético, uma missão, abandonando o comportamento ciclista, ou seja, pisa embaixo e se curva em cima.

Celso Garrefa
Sertãozinho SP

segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

NADA MUDA SE VOCÊ NÃO MUDAR - FELIZ 2019

Chegamos ao final de mais um ano, e como um ciclo que se completa, é a oportunidade para refletirmos sobre este que agora se encerra e nos prepararmos para a entrada do novo período. Momento oportuno para  traçarmos novos planos e alçarmos novos voos.

Período em que manifestamos, com maior intensidade, o desejo de mudanças, mas mudanças somente acontecem a partir das ações. Muitos são aqueles que, ano após ano repetem o discurso de que precisam mudar, mas não entram no campo da ação, restando, futuramente, a lamentação: eu deveria ter mudado.

Mas, nada muda se eu não mudar. Não adianta pular ondinhas no mar, comer lentilhas na virada ou se vestir de branco ou amarelo, se não nos propormos a modificar comportamentos, abandonar a falação e entrar no campo da ação. 

          Também precisamos nos conscientizar de que as mudanças que tanto desejamos não é algo que alcançamos num instalo ou impulso. A busca pelo imediatismo gera frustrações e como consequência, muitos abandonam os seus projetos. As mudanças tão desejadas não devem se limitar às promessas feitas no último dia do ano, mas um processo em construção contínua e permanente.

Todo plano exige ação, disciplina e perseverança, pois dificilmente alcançamos objetivos, sem traçarmos metas. Sem atitudes novas, o novo ano não passará de uma mudança de data no calendário.

E nesta oportunidade desejo a todos um ano de 2019 de muita paz e realizações. Força, fé e alegria.

            Celso Garrefa
            Sertãozinho SP

sábado, 24 de novembro de 2018

O MENINO E A BARATA


O menino brinca há horas em um canto da sala. A mãe assiste a sua novela preferida. O pai sorri sozinho vendo as postagens em suas redes sociais. Em um determinado momento, a criança chama pela mãe, mas...


Obs.: Em razão de regras contratuais, este texto não está mais disponível neste blog, podendo ser lido na íntegra no livro "ASSERTIVIDADE, UM JEITO INTELIGENTE DE EDUCAR", de Celso Garrefa.


                                                               Grato pela compreensão.  




sábado, 29 de setembro de 2018

ABSTINÊNCIA X SOBRIEDADE


(Crédito Foto: Shutterstok.com)
Abolir por completo o consumo da substância causadora da dependência é um passo gigantesco na busca da sobriedade, porém, estar abstêmio nem sempre significa viver em sobriedade.

Enquanto a abstinência limita-se ao ato de eliminar completamente o consumo da substância causadora da dependência, decidir viver em sobriedade é uma atitude muito maior, que exige do dependente, em recuperação, o compromisso de mudança em todas as áreas da sua vida.

Pouco adianta parar de consumir drogas, mas continuar externando comportamentos desajustados e desequilibrados. É pouco produtivo abandonar o uso, mas continuar culpando os outros pelo problema. Pouco resolve deixar de beber, mas reproduzir a mesma agressividade com a família.

A busca pela sobriedade é uma atitude comportamental que vai além do se manter afastado do consumo da substância de uso. Trabalhar a sobriedade plena significa resgatar os domínios da própria vida, assumindo responsabilidades, corrigindo os defeitos de caráter, abandonando as manipulações e mentiras, etc.

Mais do que parar de usar, o dependente em recuperação, também precisa resgatar o respeito e a confiança das pessoas próximas, e isso não se conquista com palavras ou promessas, nem deixando de fazer uso, mas com atitudes e comportamentos equilibrados e muita perseverança. 

Aqueles, cujo objetivo visa apenas se manterem abstêmios, mas não se preocupam com a sobriedade comportamental, estão na iminência de uma recaída. Sem modificar e reorganizar o modo de viver, o dependente em recuperação coloca-se em constante situação de vulnerabilidade em relação à substância de escolha. E isso é de alto risco.

Alertamos, também, que a sobriedade comportamental não se limita à pessoa usuária de substâncias causadoras de dependência. Existem muitos por aí que jamais fizeram uso de qualquer tipo de droga, mas não possui a mínima sobriedade comportamental. Vivem intoxicados por condutas inadequadas, despejando críticas nos outros, mas são incapazes de olharem para si mesmos. Sobriedade comportamental é, acima de tudo, uma questão ética, que vale para todos.

           

Texto de Celso Garrefa
Sertãozinho SP

terça-feira, 21 de agosto de 2018

DEPENDÊNCIA - INTERNAÇÃO: QUANDO? ONDE?

(Imagem da internet)

A ansiedade em solucionar rapidamente o problema leva muitos familiares a buscarem uma internação para o dependente em clínicas ou comunidades terapêuticas, mas será essa a medida mais adequada? E que cuidados devemos tomar antes de optar pela internação?

Clínicas e Comunidades Terapêuticas se alastram pelo país, oferecendo tratamento para dependentes do álcool e de outras drogas e cresce, na mesma proporção, notícias de irregularidades e problemas relacionados a essas instituições. Que cuidados devem ser tomados antes de encaminhá-lo a esses locais?

Inicialmente, devemos compreender que não são todos os casos de dependência que necessitam de internação. Existem outras formas de intervenção que podem ser buscados como, por exemplo, os CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), os grupos de apoio, os profissionais especializados em dependência química. A busca por uma internação deve ser tomada após contato com pessoas e profissionais experientes no assunto, e não pelo desespero ou por indicação de leigos.

Após o entendimento de que a internação é de fato necessária, devemos tomar os cuidados para escolher um local adequado, que ofereça boas condições de tratamento. Caso o dependente compartilhe com o mesmo desejo da família, as comunidades terapêuticas são uma boa opção. Nesse caso é importante procurar saber sobre os métodos utilizados no tratamento e também conversar com pessoas que se trataram na instituição com a finalidade de buscar referências. Também é fundamental verificar se ela possui registro na FEBRACT (Federação Brasileira de Comunidades Terapêuticas).

Quando o dependente perde o domínio sobre si mesmo, mas não reconhece que precisa de ajuda, a família poderá optar pela internação involuntária, uma modalidade de tratamento realizado mesmo contra a vontade do adicto. Nesse caso as clínicas são as indicadas, tendo em vista que as comunidades terapêuticas não trabalham com esse perfil. Cuidados também são necessários. Conhecer o local, conversar com quem já se tratou na instituição e prestar atenção aos valores. O dependente deverá ser encaminhado para um tratamento, e não para clínicas que mais parecem hotéis cinco estrelas, onde ele apenas tira férias.

Seja qual for a medida a ser adotada é preciso cautela para não agir no impulso. Nada de sair no meio da noite procurando local para enfiar o dependente. As piores besteiras que fazemos na vida acontecem nos momentos de desespero, portanto é preciso calma, equilíbrio e busca de informações e orientações adequadas, pois uma internação realizada fora do contexto ou em locais inidôneos, além de não produzir resultados satisfatórios, podem acarretar outros danos.

Por fim, não podemos esquecer que a atenção aos familiares faz parte do tratamento. Instituições sérias sabem disso e também trabalham a família, cobrando, inclusive, a participação dela em grupos de apoio e orientação, como os oferecidos pelo Programa Amor-Exigente.

Texto de Celso Garrefa
Sertãozinho SP

domingo, 12 de agosto de 2018

ASSERTIVIDADE NA EDUCAÇÃO PREVENTIVA



“Eu amo você, mas não aceito o que você faz de errado”. Essa frase, muito difundida nas reuniões do Programa Amor-Exigente, exemplifica perfeitamente o que é um comportamento assertivo, ou seja, uma pessoa assertiva é aquela que...

Obs.: Em razão de regras contratuais este texto não está mais disponível neste blog, podendo ser lido na íntegra no livro "ASSERTIVIDADE, UM JEITO INTELIGENTE DE EDUCAR", de                                                           Celso Garrefa.


        



sábado, 16 de junho de 2018

À ESPERA DE UM MILAGRE

(Imagem da internet)
A dependência do álcool ou de outras drogas é um problema complexo que, além do dependente, afeta toda a família, no entanto, percebemos certa relutância de muitos familiares em participarem das reuniões de grupo.

    Isso ocorre por diversas razões, a começar pela preocupação em expor o problema, temendo pelo julgamento ou crítica das pessoas. Acreditam que sozinhos serão capazes de resolver a situação e demoram em procurar a ajuda do grupo. Quando procuram estão tão aflitos e desesperados que buscam uma solução mágica, uma receita pronta capaz de solucionar, em apenas um encontro, um problema de alta complexidade que se arrasta por anos.

     Muito pais não compreendem a importância de se trabalhar o grupo familiar do dependente, julgando que o problema é dele e assim, ele que resolva. 

         Há também os familiares disfuncionais, carregadas de comportamentos inadequados. Estes vivem condenando o dependente o tempo todo, no entanto, são incapazes de olharem para si mesmos e reconhecerem os seus próprios desajustes. Quando percebem que o programa também cobrará deles uma mudança de comportamento que não estão abertos, nem dispostos a fazê-lo, preferem se afastar.

           Outras famílias não têm coragem para abandonar sua zona de conforto. Acomodam-se em seu pequeno mundo, não se abrem para novos aprendizados e preferem buscar justificativas para tudo. Nada fazem para solucionar o problema e vivem a espera de um milagre.

       Aqueles que permanecem nos grupos são famílias que entendem a proposta do programa e compreendem que a recuperação do dependente é um desafio que envolve todo o grupo familiar, em um processo construído a cada encontro semanal.

Quando me perguntam se o Amor-Exigente é para quem tem problemas, costumo responder que não. Problemas todos nós temos. O Amor-Exigente é para pessoas perseverantes e determinadas em buscar soluções para os seus problemas, com a certeza de que quando fazemos a nossa parte, a providência divina se manifesta e então o milagre acontece.



Texto de Celso Garrefa 
Sertãozinho SP

sábado, 12 de maio de 2018

DIA DAS MÃES: APENAS UM POUCO DE PAZ

(Foto extraída da internet)
Ser mãe é colocar-se em segundo plano, é perdoar quantas vezes for preciso, aconselhar sem perder a fé. Mães não desistem, viram feras, enfrentam batalhões e de todos os amores, talvez não exista superior ao seu. O que desejam em troca? Nada. Quem sabe apenas um pouco de paz.

Nem sempre encontram. Nesta semana, as vésperas do dia das mães, atendi a Dona Maria, cujo olhar perdido buscava no vazio entender os motivos pelo qual a filha colocou veneno no alimento e lhe serviu. E o que dizer da Dona Joana, com marcas roxas provocadas pela fúria do filho adolescente, ou da Dona Cida, que acabara de comprar uma tevê nova com prestações a perder de vista e viu o filho dependente trocá-la por algumas pedras de crack antes da primeira mensalidade.

Como esquecer a Dona Sebastiana, morando sozinha com o filho dependente químico em uma pequena casa, composta apenas de paredes e teto. Todos os móveis, a porta do quarto e até o vaso sanitário trocados por drogas. Ou da Dona Ana que passa noites em claro a espera do filho e no dia seguinte às seis da manhã já está de pé para trabalhar. E o desespero da Dona Marta que já internou o filho alcoólatra por quinze vezes e ele sempre volta ao uso. E a tristeza da Dona Cleide por saber que a filha vive sem rumo pelas ruas da cidade, se prostituindo em troca de algumas carreirinhas.

Os nomes citados são fictícios, mas as histórias são reais. Apenas uma gota dos tantos e tantos dramas da vida real. Filhos que transformam a vida da mãe em um verdadeiro inferno. Filhos que na rua tratam todos muito bem, mas dentro de casa parecem monstros.


Neste dia das mães, essas guerreiras não querem presentes, nem abraços falsos. Não querem pedidos de desculpas que daqui a um, dois dias serão esquecidos, nem promessas de mudanças que nunca são colocadas em prática. O presente que desejam não custa dinheiro, nem se compra em lojas. O que essas e tantas outras Marias, Joanas, Cidas, Sebastianas, Anas, Martas, desejam é tão somente um pouco de paz. A cada uma meu caloroso abraço. Que Deus as iluminem.


Texto de Celso Garrefa
Sertãozinho SP


terça-feira, 8 de maio de 2018

A CRIANÇA NO SUPERMERCADO


Dizem que levar crianças ao supermercado é prejuízo no bolso e que o melhor é deixá-las em casa, mas ao contrário disso, acredito que levá-las às compras são possibilidades educativas extraordinárias...



 Obs.: Em razão de regras contratuais, este texto não está mais disponível neste blog, podendo ser lido na íntegra no livro "ASSERTIVIDADE, UM JEITO INTELIGENTE DE EDUCAR", de Celso Garrefa.



                                                               Grato pela compreensão.  




sábado, 14 de abril de 2018

MUDAR É PRECISO

         
- No meu tempo, às dez da noite tínhamos que estar em casa, reclama a mãe para a filha que se prepara para sair. A filha faz uma breve pausa, como quem tenta compreender a queixa da mãe e se manifesta: - Nossa mãe, como seu tempo era chato, ainda bem que não sou da sua época!

            Atualmente as mudanças de mundo ocorrem a uma velocidade espantosa. A cada amanhecer nos deparamos com novas realidades e precisamos nos adequar, abandonando a síndrome de Gabriela - Eu nasci assim. Eu cresci assim. Eu sou mesmo assim. Vou ser sempre assim - e nos abrir a mudanças. Aquele tempo não existe mais.

        Hoje, os tempos são outros. Os perigos são outros. Os filhos não são iguais aquilo que fomos. Quando éramos crianças tínhamos medo do bicho papão, do homem do saco, da loira do banheiro. Qual criança nascida na geração tecnológica ainda preserva esses medos? O medo deles hoje é ficar sem seu celular, ou perder o sinal de wifi,

        Presos ao passado e alienados sobre as realidades presentes perdemos crédito, diante de uma geração que vive conectada. Precisamos estar antenados ao que nos rodeiam: Quais são as realidades de hoje? Quais os riscos iminentes? Como orientar de forma assertiva, sem simplismos? Como mostrar que possuímos conhecimento sobre o que desejamos transmitir? Como nos posicionar com firmeza, diante de uma geração questionadora e imediatista? 

Ao mesmo tempo em que mudanças são necessárias, visando nos adequarmos às realidades de hoje, os nossos princípios precisam continuar preservados. Não podemos aceitar atitudes e comportamentos que atualmente são vistos como comuns, como se tudo fosse normal. E isso nos coloca diante de um grande desafio, ou seja, acompanharmos as mudanças de mundo, porém sem perdermos nossa essência, como sugere uma frase de autor desconhecido: "Troque suas folhas, mas não perca suas raízes, mude suas opiniões, mas não perca seus princípios". 




Texto de Celso Garrefa
Sertãozinho SP


sábado, 13 de janeiro de 2018

NUNCA MAIS TE COMPRO MAIS NADA


Nunca mais te compro mais nada, grita a mãe logo após mais uma travessura do filho. É óbvio e evidente que ela não cumprirá sua ameaça. Nunca mais é tempo demais e, portanto...

 
Obs.: Em razão de regras contratuais, este texto não está mais disponível neste blog, podendo ser lido na íntegra no livro "ASSERTIVIDADE, UM JEITO INTELIGENTE DE EDUCAR", de Celso Garrefa.

 Grato pela compreensão.







domingo, 17 de dezembro de 2017

AMOR-EXIGENTE: QUE AMOR É ESSE?

(Imagem da internet)
Amor-Exigente é um jeito inteligente de amar. É um amor que educa, que orienta, que prepara, que mostra caminhos e que age ativamente na educação ou reeducação dos filhos.

É uma jeito de amar que valoriza mais o ser que o ter, que se preocupa mais com a presença, que com os presentes. É um amor comprometido, que assume as responsabilidades que lhe cabem, e que permite que seus entes querido assumam as responsabilidades que são deles.

É um amor que elogia quando existem méritos, mas que sabe ser firme diante dos comportamentos inadequados, visando sua correção. Que não economiza no sim, quando isso é possível, mas que possui a coragem necessária de se posicionar com um "não" quando a ocasião exige.

É um amor que não adota atitudes violentas, nem grotescas, muito menos estúpidas ou inflexíveis. Não é autoritário, mas que atua com autoridade, com firmeza, coerência e equilíbrio. É um amor que respeita ao mesmo tempo que exige e impõe respeito. 

Não é egoísta,  porque ama os seus com intensidade, mas também não é tolo, porque ama o outro sem esquecer de si mesmo, cuidando-se, valorizando-se e se permitindo viver.  É um amor que cuida dos próprios comportamentos, fazendo deles um exemplo e modelo a serem seguidos. 

É um amor que não se acovarda ou acomoda e não utiliza esse sentimento como desculpa para a permissividade, nem como desculpa para aceitar comportamentos inadequados. O amor exigente não vive em função do outro, mas proporciona condições para que vivam todos, de forma plena. 

Suas atitudes não são originadas por raiva, mágoa ou vingança, mas com um objetivo claro de educar ou reeducar, levar ao crescimento. Amor-Exigente é um jeito inteligente de amar, que não carrega no colo aquele que sabe caminhar. Venha conhecer esse amor verdadeiro.




Texto de Celso Garrefa
Prog. Amor-Exigente
Sertãozinho SP

domingo, 26 de novembro de 2017

FILHOS CONHECEM BEM OS PAIS QUE TÊM

(Imagem extraída da internet)
Para uma boa relação entre pais e filhos é importante que ambos se conheçam mutuamente, no entanto, os filhos, como bons observadores, conhecem muito bem os pais que têm, enquanto os pais, não costumam conhecê-los tão bem quanto imaginam.

            Em geral, os comportamentos dos pais são previsíveis demais, padronizados demais, e os filhos, observadores demais. Como bom observadores sabem de antemão quais as atitudes serão adotadas pelos pais. Sabem quantas vezes será preciso insistir para conseguirem o que buscam, sabem quando fazem muito barulho, mas que cedem quando pressionados.

            Os comportamentos padronizados e facilitadores dos pais induzem os filhos a se relacionarem com eles da mesma forma com que se relacionam com a tevê da sala. Sabem exatamente em quais teclas devem apertar para conquistarem o que desejam. 

            Mas, se por um lado os comportamentos previsíveis fazem dos pais presas fáceis para filhos manipuladores, por outro, também podem servir como um ponto positivo na educação deles. A diferença está na maneira como agimos. Os filhos, como bons observadores, sabem se os pais são facilitares ou exigentes, se são firmes em suas decisões ou se cedem com facilidade. 

Como os filhos conhecem muito bem os pais que têm, é importante que eles saibam que somos firmes na educação deles, coerentes em nossas decisões, que nossas regras são claras e que não cedemos diante das suas pressões.

É importante que saibam, por antecipação, que a postura dos pais não permite comportamentos indisciplinados, inadequados ou desrespeitosos. É fundamental que eles saibam, de antemão, que seus responsáveis não aceitam e não toleram, por exemplo, o uso ou abuso do álcool ou de outras drogas.

Normalmente, os filhos não se mostram por inteiro. Eles contam aos pais até onde os relatos não os comprometem, por isso, da mesma forma com que eles nos observam, também devemos observá-los atentamente. Essa prática ajuda-nos a agirmos diante dos pequenos desvios de conduta, pois, é corrigindo as pequenas falhas que prevenimos as grandes.

   Por fim, se os nossos posicionamentos são firmes e atuamos na educação dos filhos, é muito bom que eles conhecem muito bem os pais que têm.
           


Texto de Celso Garrefa

Sertãozinho SP

domingo, 19 de novembro de 2017

O FANTÁSTICO PODER DA MESA DE JANTAR


Todos os pais que almejam uma convivência familiar harmônica, com fortes vínculos afetivos, tão importantes para uma educação assertiva e preventiva, devem começar fazendo suas refeições com a família reunida no entorno da mesa de jantar.

Infelizmente, percebo que essa não é uma prática comum nos nossos lares. Cada um se alimenta a seu modo e em seu tempo. Um no sofá da sala, assistindo televisão, com o prato nas mãos, outro no seu quarto, outro come qualquer coisa na rua e os membros da família se isolam, até mesmo no momento em que deveriam estar juntos.

Vivemos em uma época onde o tempo parece-nos curto demais. Os pais saem cedo para o trabalho, muitas mães também trabalham fora ou possuem seus afazeres. Os filhos estudam, participam de atividades e cursos, com isso, o tempo que sobra para a convivência familiar é muito reduzido.

Mas, ainda há uma certeza. Todos precisam se alimentar e podemos aproveitar e fazer desse momento, um momento familiar, realizando as refeições sentados à mesa, com a família reunida. Mas é importante que seja, de fato, um momento da família, sem a interferência de tevês ligadas ou de celulares postos ao lado dos pratos.

É importante, dentro dessa regra, estabelecermos um tempo definido para a alimentação, aonde as pessoas, mais do que engolir correndo aquilo que é servido, possam agradecer e saborear a alimentação oferecida.

Não é hora de sermões, reclamações ou críticas, mas de abertura ao diálogo, de troca de contatos familiares. É uma grande oportunidade de plantarmos valores capazes de conduzir nossos filhos no caminho do bem, de marcarmos presença, deixarmos a nossa marca, introduzirmos valores e princípios familiares e assim, fortalecermos os vínculos afetivos, que é, sem dúvidas, um dos principais fatores de proteção na formação dos filhos.

Essa prática também nos permite enxergarmos, acompanharmos e observarmos nossos filhos. Somente quem os conhecem muito bem e possuem contato direto com eles são capazes de  perceber pequenas nuances de mudanças comportamentais e assim, orientar, ensinar e agir se necessário.

           O alimento servido na mesa de jantar, com a família reunida, além de alimentar o corpo físico, se bem aproveitado, possui o fantástico poder de fortalecer as relações, que é a base para a construção de uma família saudável. Enquanto a tevê da sala, os celulares carregados de recursos e as redes sociais distanciam as pessoas que vivem juntas, a mesa de jantar possui um fantástico poder de unir, de agregar. 

               


Texto de Celso Garrefa
Sertãozinho SP

sábado, 4 de novembro de 2017

FACULDADE: UNS SAIRÃO FORMADOS, OUTROS ALCOÓLATRAS

Entrar para a faculdade é o sonho de muitos jovens e também de pais e mães que desejam ver um filho formado. A universidade é um período de vida decisivo, de preparação para um futuro promissor, mas também não deixa de ser um momento perigoso, tendo em vista que é uma época onde a oferta do álcool é marcante.

O ingresso na faculdade é um momento onde ocorre certo desligamento do convívio familiar, sobretudo, entre aqueles que se alojam em repúblicas para estudantes. O convívio com outros jovens, longe da supervisão dos pais, proporciona a esses alunos a liberdade para fazerem suas próprias escolhas, sem repreensões.

Em muitos casos a entrada para a faculdade costuma ser comemorada com excessivo consumo de bebidas alcoólicas. Um hábito que pode se prolongar durante todo o curso, nas festas com a turma, onde é comum uma prática perigosa, que são as competições entre estudantes para medir quem consome maior quantidade do álcool. Brincadeira que já resultou em morte de universitários.

A pressão exercida pela turma é também um fator que incentiva o hábito de beber. O jovem não deseja sentir-se excluído e para fazer parte do grupo, o consumo de bebidas é praticamente uma regra. Algumas repúblicas de estudantes, inclusive, não aceitam, em sua composição, alunos que sejam abstêmios.

O alcoolismo, reconhecido pela OMS (Organização Mundial da Saúde) como uma doença, se desenvolve ao longo do tempo, através do uso frequente e prolongado do hábito de beber. O desenvolvimento da doença não está sob o controle do bebedor. É engano acreditar que o sujeito é fraco para bebida, por isso tornou-se alcoólatra. Todos os jovens estudantes que consomem esses produtos correm riscos, que aumentam de acordo com o volume e frequência dessa atitude.

Além do risco de desenvolverem o alcoolismo, outro fator preocupante é uma modalidade de consumo, muito frequente entre os universitários, conhecida como beber em binge, ou seja, o consumo de grande quantidade de álcool em curto espaço de tempo. Nesse caso, mesmo não havendo, ainda, desenvolvido a doença, esse consumo apresenta riscos iminentes, pois podem induzir o estudante ao coma alcoólico, envolver-se em brigas ou dirigir sob o efeito da bebida.

Todo cuidado é pouco. O consumo abusivo de substâncias alcoólicas, tão comum entre universitários, pode transformar sonhos em pesadelos e, ao invés de finalizarem os estudos como profissionais qualificados, podem deixar a faculdade como meros doentes alcoolistas. Tudo é uma questão de escolha e consciência.




Texto de Celso Garrefa
           Sertãozinho SP











PREVENÇÃO À RECAÍDA

Um dos maiores desafios no processo de tratamento da dependência química são as frequentes recaídas de uma parte das pessoas que buscam ajud...