Amor e ódio são sentimentos tão opostos, que parecem
distantes, no entanto a convivência com um dependente químico é algo tão complexo onde esses sentimentos se misturam e se confundem.
O amor dos pais em relação aos filhos é um sentimento tão
intenso, despertado antes mesmo do seu nascimento. Por amor, verdadeiros pais
são capazes de dar a vida por um filho, mas apesar de toda essa dedicação, por
razões diversas, muitos deles se desviam no caminhar da existência e acabam se
envolvendo com o uso de substâncias entorpecentes.
As drogas afetam a família com tamanha intensidade
suficiente para os pais não reconhecerem mais o filho. Toda a delicadeza e
inocência da infância desaparecem cedendo lugar as mentiras, as grosserias, as
ameaças. Eles não os ouvem mais e rejeitam a presença familiar. Surge o caos,
as confusões, as loucuras.
Mesmo enfrentando todos os problemas possíveis, o amor dos
pais ainda prevalece com muita intensidade, entretanto também surgem outros
sentimentos como a decepção, a raiva e o ódio. Essa mistura mexe profundamente
com os familiares que, ora se culpam por esses sentimentos negativos, ora se
frustram por perceber que todo o amor dedicado ao filho não foi suficiente para
preservá-lo das drogas. Como lidar com isso?
É importante compreendermos que um pouco de raiva e ódio são
sentimentos naturais mediante as decepções vividas e não devemos nos culpar por
isso, entretanto é necessário cuidarmos para não permitir que esses sentimentos
se tornem dominantes a ponto de superar o amor. Para tanto, precisamos possuir
o domínio das nossas atitudes e comportamentos, não permitindo que a raiva nos
impulsione a cometermos loucuras. Somos humanos e é natural sentirmos raiva e ódio, o problema é o fazemos movidos por estes sentimentos.
Atitudes descontroladas em nada ajudam na busca da solução
do problema, pelo contrário, comportamentos desequilibrados movidos pelo ódio,
geram mais ódio e onde esse sentimento domina a tragédia torna-se um perigo
iminente.
No enfrentamento do desafio é importante que o amor prevaleça,
mas não deve ser um amor gratuito. Amar um filho não significa aceitar ser mal
tratado, ofendido ou magoado por eles, muito menos concordar com tudo aquilo
que eles fazem de equivocado. Não podemos utilizar o amor como justificativa
para aceitar todo e qualquer desequilíbrio dos filhos.
O ódio e a raiva corroem, enquanto o verdadeiro amor constrói e restaura. O verdadeiro amor é sábio e equilibrado e nos impulsiona a fazer aquilo que precisa ser feito. Ele corrige, educa e prepara. O verdadeiro amor também é aquele que não mata o amor próprio.
Texto de Celso Garrefa
Amor-Exigente de Sertãozinho SP
Ellos saben que los amamos, no tienen ninguna duda y es por eso que usan ese amor para sacar provecho, piensen padres, YO TE AMO PERO NO ACEPTO LO QUE TU HACES, DEBES ELEGIR LO CORRECTO...
ResponderExcluirPerfeito seu comentário, Elinda. Gracias.
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