Normas, regras e disciplina são elementos indispensáveis para a construção de uma família funcional. Sem isso, os contatos se fragilizam, marcados pela frieza nos relacionamentos, prejudicando a formação dos vínculos afetivos. A casa deixa de ser um lar e para se transformar em uma bagunça.
Qualquer instituição, sem regras estabelecidas, caminha a passos largos rumo ao fracasso, seja ela uma
empresa, um clube, uma escola ou uma igreja e isso não é diferente no ambiente familiar. A família também é uma organização social que, para um bom
funcionamento, exige a construção de regras capazes de nortear os
comportamentos de seus membros, caso contrário, o caos se instala.
No entanto, precisamos compreender que regras e normas não são imposições, frutos do autoritarismo, mas uma construção familiar que serve para nortear a conduta de todos, resguardadas as diferenças entre seus membros e as individualidades de cada um.
Os filhos devem aprender, o mais cedo possível, a conviver e a respeitar as regras da casa, tendo como modelo e exemplo, os pais. Não é tarefa fácil falar em regras e normas para um filho que assiste o pai avançar o sinal de transito, ou a mãe dirigir o carro falando ao celular. Se for estabelecido como regra da casa que os filhos não façam as refeições com o celular ao lado do prato, os pais também precisam deixar os seus fora da mesa.
As
regras estabelecidas no ambiente familiar devem possuir, como foco, o bem comum. Portanto, elas devem
possuir, como finalidade, organizar a relação e a convivência familiar, além de
preparar os filhos para lidarem com as normas de forma natural e equilibrada.
Aqueles que não respeitam as regras da casa, certamente não respeitarão as
normas de convivência em sociedade.
Na construção das regras da casa, todos devem participar, mas é preciso respeitar a hierarquia familiar. São os pais aqueles que possuem a missão de colocar ordem
na casa e não podem fugir de suas responsabilidades. Quando, por acomodação,
por negligência ou apatia eles deixam de fazê-lo, quem dita as regras são os
pequenos e assim, nos deparamos com uma inversão de papeis, onde os filhos mandam e os
pais obedecem e este reinado infantil é a receita certa para o colapso familiar.
Não
menos importante são as definições dos prejuízos para aqueles que não respeitam
as regras estabelecidas sem, sem que tais consequências sejam a
aplicação de castigos físicos, vexatórios ou aterrorizantes. Deverão ser
prejuízos que não causem danos, mas que possam sinalizar ao outro que quando
quebramos uma regra, sofremos uma consequência, por exemplo, uma hora sem tevê,
ou uma tarde sem celular.
Toda as
vezes que falamos em regras, há sempre aqueles que gostam de citar que elas
existem para serem quebradas e não podemos concordar com isso. Toda regra pode
ser questionada, porém precisa ser respeitada. Poupar os filhos do
contato com normas e regras dentro de casa, não é atitude que os protegem. Eles crescem
se achando os donos do mundo, pensando que podem tudo, mas não podem. A vida não perdoa e cobra. Melhor que aprendam pelo nosso amor que pela punição do mundo.
Sertãozinho SP
Excelente texto
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