Muitos dependentes do álcool ou de outras drogas, após anos de problemas, perdas e sofrimentos, decidem abandonar o vício, porém, percebemos que são poucos que conseguem sucesso nesta batalha. A grande maioria para por dias ou semanas, mas não sustenta a sobriedade. Mesmo aqueles que internam em comunidades ou clínicas por meses, ao retornarem para o convívio em sociedade, parte deles sofrem as recaídas e voltam ao consumo da substância.
Sabemos que não existe cura para a dependência, porém, é plenamente possível controlar a doença e para tanto é preciso contar com um conjunto de fatores capazes de sustentar uma vida sem drogas. Para obter o máximo de recursos necessários para a recuperação e manutenção da sobriedade são necessárias duas atitudes conjuntas: contar com uma rede de apoio e fazer a sua parte no processo de recuperação.
Quanto maior a rede de apoio, maiores as possibilidades de recuperação. Comunidades terapêuticas, clínicas, Caps-ad, grupos de apoio, o fortalecimento da espiritualidade, o apoio seletivo da família, etc., são recursos disponíveis que podem ser buscados. Contudo, nenhuma ajuda, nenhum serviço, nada será capaz de produzir resultados positivos se o dependente não está disposto a fazer o movimento que somente ele pode fazer na construção da sobriedade.
Não é possível ajudar quem não deseja ser ajudado ou quem espera que os outros resolvam o seu problema, sem que nada precisem fazer. Recuperação é um processo a ser construído, que exige perseverança e muita determinação.
Por fim, precisam também compreender que a recuperação é construída por etapas, em uma busca contínua e permanente. Mesmo quando se sentem bem e sem fazer uso, precisam continuar seu tratamento. O auge da recuperação é atingido quando desenvolvem a interdependência, ou seja, receber apoio ao mesmo tempo em que oferece apoio para quem precisa.
Assoc. AE de Sertãozinho SP
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