Não podemos ficar presos ao
passado e isso exige de nós o abandono do jogo da culpa, acabando com culpas,
desculpas e culpados. Decidir abandonar este perverso jogo nos coloca diante de
dois pontos importantes a serem pensados, sendo que um deles proporciona alívio
e o outro, desconforto.
Aceitar a ideia de que não
somos os culpados pelos problemas do outro é como retirar uma carga pesada das
costas. Esta atitude traz conforto, alivia nossas angústias, diminui as
exageradas autocríticas que fazemos de nós mesmos e assim podemos soltar as
correntes que nos prendem ao passado e projetar o futuro.
Por outro lado, abandonar este
jogo cruel também pode nos causar certo incômodo, pois, não basta não nos
sentir culpados, precisamos também parar de culpar os outros, cessar as buscas
de justificativas fora de nós mesmos para tudo o que acontece conosco e à nossa
volta. Precisamos abandonar o papel de vítima.
Para tanto, vamos precisar nos
encarar, nos enxergar, reconhecer também as nossas falhas, nossos defeitos, sem
arranjar desculpas para não assumirmos nossas responsabilidades e isso costuma
incomodar. Muitas vezes não gostamos do que vemos em nós e preferimos culpar os outros.
Mas, não existe outro caminho para nos livrarmos deste sentimento. Só conseguimos parar de jogar este jogo quando trocamos a culpa pela responsabilidade. Pode ser difícil nos encarar, admitir nossos defeitos sem ter onde justificá-los, mas é o primeiro passo para a nossa libertação, rumo a uma vida nova, plena e consciente.
Celso Garrefa
Assoc. AE de Sertãozinho SP
Belíssimo texto e esclarecedor!!!
ResponderExcluirBELÍSSIMO O TEXTO!
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