Enquanto não sentimos na pele
a força de um grande problema, costumamos julgá-lo de fácil solução, mas nem
sempre é tão simples assim. Somente quando o desafio bate à nossa porta é que
de fato sabemos o quão desafiador ele é. Enquanto não vivenciamos o problema é
fácil minimizar seu potencial, difícil é nos colocarmos, de fato, no lugar do
outro.
Achar, muita gente acha muita
coisa, mas ter certeza é para poucos. Toda orientação fundamentada em “achismos”
não se sustenta como uma base concreta e segura de informação. Por isso, devemos
receber com cautela todas as sugestões e receitas fundamentadas em hipóteses
não confirmadas, apresentadas por pessoas que não dominam o assunto, ou que não
vivenciaram o problema.
A partir do momento em que experienciamos
o drama mudamos radicalmente a maneira como o enxergávamos. Nesse momento,
muitos preconceitos caem por terra, muitos pré-julgamentos se desfazem.
“Ah, se fosse meu filho”!
Reproduzir essa fala é olhar para nós mesmos e nos julgar perfeitos, donos da
verdade e conhecedores da receita, ao mesmo tempo em que olhamos para o outro como
se ele fosse incapaz.
“Ah, se fosse meu filho! Se
fosse seu filho com certeza não diria isso, porque saberia o quão complexo
e desafiador é lidar com um problema de alta complexidade. Mas, se por acaso
for seu filho, não tenha medo de buscar a ajuda adequada, com a certeza de que todo
grande problema vem sempre acompanhado de grandes aprendizados.
Assoc. AE de Sertãozinho SP