(Imagem extraída da internet) |
Em geral, os comportamentos dos pais
são previsíveis demais, padronizados demais, e os filhos, observadores demais. Como bom observadores sabem de antemão quais as atitudes serão adotadas pelos pais. Sabem quantas vezes será
preciso insistir para conseguirem o que buscam, sabem quando fazem muito barulho, mas que cedem quando
pressionados.
Os comportamentos padronizados e
facilitadores dos pais induzem os filhos a se relacionarem com eles da mesma
forma com que se relacionam com a tevê da sala. Sabem exatamente em quais teclas devem apertar para conquistarem o que desejam.
Mas, se por um lado os comportamentos
previsíveis fazem dos pais presas fáceis para filhos manipuladores, por outro, também
podem servir como um ponto positivo na educação deles. A diferença está na
maneira como agimos. Os filhos, como bons observadores,
sabem se os pais são facilitares ou exigentes, se são firmes em suas decisões
ou se cedem com facilidade.
Como os filhos conhecem muito bem os pais que têm, é importante que eles saibam que somos firmes na educação deles, coerentes em nossas decisões, que nossas regras são claras e que não cedemos diante das suas pressões.
É importante que saibam, por antecipação, que a postura dos
pais não permite comportamentos indisciplinados, inadequados ou desrespeitosos.
É fundamental que eles saibam, de antemão, que seus responsáveis não aceitam e não toleram,
por exemplo, o uso ou abuso do álcool ou de outras drogas.
Normalmente, os filhos não se mostram por inteiro. Eles contam aos pais
até onde os relatos não os comprometem, por isso, da mesma forma com que eles nos
observam, também devemos observá-los atentamente.
Essa prática ajuda-nos a agirmos diante dos pequenos desvios de conduta,
pois, é corrigindo as pequenas falhas que prevenimos as grandes.
Por fim, se os nossos
posicionamentos são firmes e atuamos na educação dos filhos, é muito bom que eles conhecem muito bem os
pais que têm.
Texto de Celso
Garrefa
Sertãozinho SP