domingo, 18 de junho de 2023

QUAL É A QUALIDADE DOS SEUS PENSAMENTOS?


Começo este texto fazendo a você uma pergunta: Qual é a qualidade dos seus pensamentos? 

Nós, seres humanos, somos sujeitos pensantes e são os nossos pensamentos que geram os nossos sentimentos e, consequentemente, os nossos comportamentos, assim sendo, um processo de mudança comportamental não começa no comportamento em si, mas nos pensamentos.

Somos bombardeados diariamente por uma avalanche de pensamentos, muitos deles positivos, muitos deles negativos e diante destes pontos extremos irá sobressair aquele que mais alimentamos.

Dizem que o pensamento é uma semente que se materializa. Daí a importância de avaliarmos a qualidade dos nossos pensamentos, valorizando a positividade e reduzindo a negatividade. Pensar que nada vai dar certo, que não é possível, que não somos capazes, que tudo está perdido é plantar a semente do insucesso. Por outro lado, acreditar que podemos evoluir, melhorar, crescer e aprender significa regar a semente de possibilidades extraordinárias.

Nem sempre dominamos nossos pensamentos e quando eles insistem em nos incomodar, necessitamos de alternativas para freá-los. Para tanto, não podemos dar espaço para a ociosidade, ao mesmo tempo, fortalecer nossa espiritualidade e buscar ajuda.

Encontrar o equilíbrio em relação ao que pensamos é fundamental para equilibrarmos também a nossa vida. Por vezes pensamos de menos e agimos no impulso, sem refletir, sem pesar as consequências, sem pensar no depois. Agindo na irreflexão cometemos muitas bobagens. Por outro lado, pensar demais e agir de menos paralisa quaisquer possibilidades de mudanças positivas.

Para lidar com isso podemos contar com o apoio do Amor-Exigente, um programa comportamental capaz de nos ajudar a melhorar a qualidade dos nossos pensamentos, consequentemente, equilibrar nossos sentimentos e a partir disso, construir as nossas mudanças comportamentais, tão necessárias para modificar os rumos daquilo que nos incomoda e adoece. Pense nisso.


Celso Garrefa

Assoc. AE de Sertãozinho SP


sábado, 20 de maio de 2023

O PAPEL DE VÍTIMA NO JOGO DA CULPA

A culpa é um sentimento que provoca muita dor e sofrimento, tendo em vista que ela produz o ódio de si mesmo e, consequentemente, a autocondenação. Ela costuma estar relacionada a algo que já aconteceu e como é impossível modificarmos o que já passou, paralisamos.  

Não podemos ficar presos ao passado e isso exige de nós o abandono do jogo da culpa, acabando com culpas, desculpas e culpados. Decidir abandonar este perverso jogo nos coloca diante de dois pontos importantes a serem pensados, sendo que um deles proporciona alívio e o outro, desconforto.

Aceitar a ideia de que não somos os culpados pelos problemas do outro é como retirar uma carga pesada das costas. Esta atitude traz conforto, alivia nossas angústias, diminui as exageradas autocríticas que fazemos de nós mesmos e assim podemos soltar as correntes que nos prendem ao passado e projetar o futuro.

Por outro lado, abandonar este jogo cruel também pode nos causar certo incômodo, pois, não basta não nos sentir culpados, precisamos também parar de culpar os outros, cessar as buscas de justificativas fora de nós mesmos para tudo o que acontece conosco e à nossa volta. Precisamos abandonar o papel de vítima.

Para tanto, vamos precisar nos encarar, nos enxergar, reconhecer também as nossas falhas, nossos defeitos, sem arranjar desculpas para não assumirmos nossas responsabilidades e isso costuma incomodar. Muitas vezes não gostamos do que vemos em nós e preferimos culpar os outros.

Mas, não existe outro caminho para nos livrarmos deste sentimento. Só conseguimos parar de jogar este jogo quando trocamos a culpa pela responsabilidade. Pode ser difícil nos encarar, admitir nossos defeitos sem ter onde justificá-los, mas é o primeiro passo para a nossa libertação, rumo a uma vida nova, plena e consciente.



Celso Garrefa

Assoc. AE de Sertãozinho SP

domingo, 30 de abril de 2023

DEPENDÊNCIA QUÍMICA, É POSSÍVEL VENCÊ-LA

Muitos dependentes do álcool ou de outras drogas, após anos de problemas, perdas e sofrimentos, decidem abandonar o vício, porém, percebemos que são poucos que conseguem sucesso nesta batalha. A grande maioria para por dias ou semanas, mas não sustenta a sobriedade. Mesmo aqueles que internam em comunidades ou clínicas por meses, ao retornarem para o convívio em sociedade, parte deles sofrem as recaídas e voltam ao consumo da substância. 

Sabemos que não existe cura para a dependência, porém, é plenamente possível controlar a doença e para tanto é preciso contar com um conjunto de fatores capazes de sustentar uma vida sem drogas. Para obter o máximo de recursos necessários para a recuperação e manutenção da sobriedade são necessárias duas atitudes conjuntas: contar com uma rede de apoio e fazer a sua parte no processo de recuperação.

Quanto maior a rede de apoio, maiores as possibilidades de recuperação. Comunidades terapêuticas, clínicas, Caps-ad, grupos de apoio, o fortalecimento da espiritualidade, o apoio seletivo da família, etc., são recursos disponíveis que podem ser buscados. Contudo, nenhuma ajuda, nenhum serviço, nada será capaz de produzir resultados positivos se o dependente não está disposto a fazer o movimento que somente ele pode fazer na construção da sobriedade. 

Não é possível ajudar quem não deseja ser ajudado ou quem espera que os outros resolvam o seu problema, sem que nada precisem fazer. Recuperação é um processo a ser construído, que exige perseverança e muita determinação. 

Por fim, precisam também compreender que a recuperação é construída por etapas, em uma busca contínua e permanente. Mesmo quando se sentem bem e sem fazer uso, precisam continuar seu tratamento. O auge da recuperação é atingido quando desenvolvem a interdependência, ou seja, receber apoio ao mesmo tempo em que oferece apoio para quem precisa. 

Celso Garrefa
Assoc. AE de Sertãozinho SP

sexta-feira, 7 de abril de 2023

PAIS E FILHOS: DE IGUAL PARA IGUAL

O quarto princípio básico do Programa Amor-Exigente cita uma grande verdade: pais e filhos não são iguais, ou seja, cada um desempenha funções diferentes na organização familiar, que precisam ser respeitadas. Refletindo sobre isso, podemos nos questionar se haverá algum momento em que pais e filhos poderão se relacionar de igual para igual.

E a resposta é sim, se pensarmos na vida como um todo, desde a concepção até o final. Lembrando uma fala do professor Neube José Brigagão, ele citava que um pai poderá se relacionar de igual para igual com os seus filhos quando eles forem capazes de assumir as responsabilidades pela condução da própria vida.

Isso reforma a ideia deste princípio. Para um filho atingir o nível de responsabilidade, de dono, de independência e condutor da própria vida ele vai precisar, durante sua formação, dos pais exercendo o papel de pais. A principal função dos pais é educar, para isso, precisam exercer sua autoridade, que é legítima, norteando as condutas dos filhos, e não se obtém sucesso neste desafio tratando-os de igual para igual, como se fossem seus amiguinhos.

Os pais precisam preparar os seus filhos para a vida e não conquistamos isso resolvendo, facilitando ou fazendo por eles aquilo que é dever deles. Não ajudamos nossos filhos tratando-os como coitadinhos, desvalorizando as suas capacidades. Não atingimos o objetivo com receio de contrariá-los, com medo de dizer "não" como resposta, quando necessário. Não logramos êxito atendendo todas as suas exigências de forma imediata, para não frustrá-los, e parecer "bonzinhos". 

Podemos, inclusive, nos deparar com um momento em que as funções se invertem e os filhos precisam cuidar dos pais, assumindo o papel de pais dos seus pais, em razão da idade avançada ou problemas de saúde e assumir esse cuidado é uma responsabilidade dos filhos, não dos amigos, portanto, que sejamos pais, para que nossos filhos possam ser nossos filhos, quando deles precisarmos.



Celso Garrefa

Assoc. AE de Sertãozinho SP





domingo, 2 de abril de 2023

MUITOS "EUS" HABITAM EM MIM


Na vida, somos muitos, apesar de sermos um só. De acordo com o momento, ou com o espaço social ao qual ocupamos, exercemos diferentes papéis. Somos pais, somos filhos, somos alunos, somos professores, somos patrões, somos empregados, etc. 

Se deixarmos de exercer um papel que é nosso, ou uma função que nos é de direito, abrimos espaço para outros assumirem. Agindo assim, perdemos o controle da nossa vida e passamos a viver sob os domínios dos outros, inclusive por quem não gostaríamos que estivessem no comando.

Um pai ou uma mãe que deixa de exercer o papel de pais transferem o comando da casa para os filhos e essa inversão de papeis é desastrosa para a organização familiar. Um chefe que não coordena seus subordinados pode colapsar uma empresa. Um dirigente que não estabelece as regras da sua instituição, vive sob as regras dos outros e perde o controle.

Para equilibrar e fortalecer as relações entre as pessoas nos meios em que interagimos é necessário uma definição clara dos papeis e atribuições de cada um. Devemos assumir os compromissos que são nossos, ao mesmo tempo, abandonar aqueles que não são nossas funções, delegando responsabilidades, respeitando uma hierarquia.

Somos um só, e somos muitos, mas não somos todos e não podemos assumir tudo sozinhos, e sendo um só precisamos preservar o nosso eu, tão precioso, tão raro, caso contrário, corremos o risco de deixarmos de ser um só para nos tornarmos ninguém. 



Celso Garrefa

Assoc. AE de Sertãozinho SP

sábado, 18 de março de 2023

UMA PORTA SE FECHA, OUTRAS SE ABREM

Muitas vezes, na vida, criamos grandes expectativas e somos surpreendidos por um grande "não" e nos frustramos. A resposta tão desejada não acontece como esperávamos, e nos coloca diante de uma questão: E agora, o que fazer?

Não possuímos domínio sobre a resposta do outro, mas diante dela podemos fazer nossas próprias escolhas. Baixar a cabeça, desanimar e desistir diante de um não que não estava em nossos planos significa conformar com a derrota. Mas, não devemos permitir que esses nãos nos paralisem e nos façam desistir, pelo contrário, podemos adotar uma postura diferente e fazer dessa adversidade a alavanca capaz de nos erguer ainda mais fortes e determinados. 

O primeiro passo é fechar os ouvidos para aquele grupo de pessoas que insiste em nos convencer de que não somos capazes, de que não damos conta, de que não vamos conseguir. Aqueles que não acreditam em nós, também não acreditam neles próprios e transferem a descrença em si mesmos, nos outros. Esses, incomodam-se com o sucesso alheio e fazem de tudo para impedir nosso progresso. 

Não podemos dar o direito a outras pessoas de interferirem em nossos projetos, em nossos sonhos, muito menos invadirem a nossa vida prejulgando as nossas capacidades. Se desanimarmos de alcançar nossos planos em função do que escutamos dos outros, não chegamos a lugar algum e validamos a opinião alheia em relação a nós: "eu não disse que você não era capaz"?

Não se trata de não aceitar receber um não como resposta. Eles fazem parte da vida e dependendo do contexto ele sinaliza que precisamos mudar de rota. Existem situações em que precisamos acatar o não recebido, com muita tranquilidade, e nos desprendermos de algo que está travando nossa vida e impedindo novos caminhares. 

Conhecer a si próprio é uma atitude determinante para lidarmos com as frustrações que cruzam nosso caminho com alguma frequência, diferenciando os momentos em que podemos fazer das adversidades a motivação para superarmos os desafios e os momentos em que precisamos soltar as amarrar e mudar os rumos da nossa vida. 

Para isso, precisamos acreditar em nós mesmos. Acreditar na nossa capacidade de superação e também na nossa capacidade de mudar a rota, se preciso for, conscientes de que toda vez que uma porta se fecha para nós, há sempre outras que se abrem. 



Celso Garrefa
Assoc. AE de Sertãozinho SP







domingo, 12 de março de 2023

"PAI, FAZ MAIS UM PIX PRA MIM"

O Pix, um modo de transferências e pagamentos instantâneos, é mais um recurso tecnológico que chegou para facilitar a nossa vida, porém, para muitos familiares isso está se tornando um tormento. Muitos filhos estão achando que seus pais são bancos e a qualquer hora...


Obs.: Em razão de regras contratuais, este texto não está mais disponível neste blog, podendo ser lido na íntegra no livro "ASSERTIVIDADE, UM JEITO INTELIGENTE DE EDUCAR", de Celso Garrefa.


                                                               Grato pela compreensão.  





sábado, 4 de março de 2023

OS MEUS LIMITES SÃO MEUS E QUEM OS DEFINE SOU EU

Os nossos recursos são limitados e são nossos, no entanto, muitas vezes damos poderes para outras pessoas invadirem nossa vida, abusar da nossa boa vontade, sugar todos os nossos recursos e energias. Quem não respeita os próprios limites, certamente não respeitará os limites do outro.

Diante dessa realidade, somos nós quem devemos estabelecer os limites do aceitável, em relação a outras pessoas, criando uma barreira protetora capaz de nos proteger daqueles que não possuem escrúpulo algum, que não têm controle sobre a própria vida e, se encontrarem espaço em nós, também vão nos arrastar para o mesmo abismo.

Para evitarmos tamanho prejuízo precisamos nos posicionar com firmeza, diante de pessoas tóxicas, e para isso, precisamos aprender o valor do “não”, essa palavra mágica capaz de frear manipuladores, chantagistas e sanguessugas de plantão.

Mas, esses “nãos” precisam ser ditos com convicção e clareza. Na dúvida, podemos pedir um tempo para pensar no assunto e, definida a resposta, ela deve ser transmitida sem rodeios. Devemos saber que o manipulador está sempre preparado para nossas desculpas, encontrando nelas o que precisa para continuar o ataque.

O Programa Amor-Exigente nos transmite uma grande verdade: não possuímos o poder sobre a vida do outro, porém, possuímos o poder sobre nossa própria vida e não devemos abrir mão disso. Portanto, se os meus limites são meus, quem os define sou eu.



Celso Garrefa

Assoc. AE de Sertãozinho SP

domingo, 19 de fevereiro de 2023

"DEPOIS, MÃE"

A mãe, atarefada, olha para o filho adolescente e pede seu apoio: - Filho, você pode colocar ração para o cachorro? Ele, espichado no sofá, com seu celular nas mãos...
                                                      Obs.: Em razão de regras contratuais este texto não está mais disponível neste blog, podendo ser lido na íntegra no livro "ASSERTIVIDADE, UM JEITO INTELIGENTE DE EDUCAR", de Celso Garrefa.

Grato pela compreensão



sábado, 11 de fevereiro de 2023

ZONA DE CONFORTO OU DE ACOMODAÇÃO?

Uma das principais barreiras que impede um processo de mudança é a dificuldade de abandonarmos a nossa zona de conforto. O medo do novo, de enfrentar um desafio, de encarar o desconhecido faz com que não nos movamos em busca de novas possibilidades e com isso nos contentamos com o momento vivido, mesmo que não estejamos contentes com ele, sem perceber que essa zona de conforto, muitas vezes, não passa de zona de acomodação.

Nós, seres humanos, somos por natureza adaptáveis às situações vivenciadas. Sem percebermos vamos acostumando com tantas coisas, mesmo que isso nos cause dissabores, e acomodamos. Acostumamos a ser desrespeitados pelo parceiro, para não perder e vamos nos perdendo de nós mesmos. Acostumamos com os gritos em nossos ouvidos. Acostumamos com o som alto, para não contrariar. Acostumamos a nos abandonar em função do outro e transformamos a zona de conforto também em zona de abandono. 

Essa acomodação ao que não nos faz bem não permite enxergamos que a zona de conforto não produz conforto algum. Na verdade nos acomodamos à nossa zona de desconforto, naturalizamos situações que não deveriam ser naturalizadas, e ao nos adaptarmos ao que adoece, não buscamos ajuda, nem a cura, pelo contrário, buscamos justificativas para continuarmos não fazendo nada para corrigir o que precisa de correção.

Portanto, que tenhamos coragem para mudar o que precisa de mudanças e o primeiro passo para isso é nos inconformarmos com tudo aquilo que adoece, que causa estagnação, que impede o crescimento e que nos acorrenta a zona de desconforto. 



Celso Garrefa

Assoc. AE de Sertãozinho SP

segunda-feira, 2 de janeiro de 2023

"A" DE ABELHA, "E" DE ELEFANTE, "Z" DE ZABUMBA

Recentemente fomos convidados a apresentar o Amor-Exigente para um grupo de pessoas interessadas em implantar o programa em uma cidade vizinha, cuja identidade prefiro preservar. No dia e horário combinados deslocamos até o local e fomos muito bem recebidos por uma equipe de pessoas dispostas e interessadas.

Era uma escola dos anos iniciais e reservaram uma sala de aula para a apresentação. As cadeiras estavam enfileiradas em frente a um quadro negro, onde se via, logo acima, um varal feito com barbante, com muito capricho, onde penduraram as letras do alfabeto acompanhadas de figuras para ajudar as crianças a memorizarem cada letrinha.

Até aí, tudo muito bem, mas o que chamou a nossa atenção foi a figura escolhida para representar a letra “K: uma lata de cerveja cuja marca inicia com “K”.

O varal me fez relembrar da minha escola na infância, da primeira professora, dos colegas de classe, e da cartilha “Caminho Suave”.  Ainda preservo na memória cada figura correspondente a cada letra do alfabeto, desde o “A” de abelha, o “E” de elefante, até o “Z” da zabumba.

A cena vista hoje retrata o quanto vivemos em uma sociedade em que o álcool é culturalmente aceito e glamourizado. As empresas investem alto em campanhas publicitárias, ligando a marca ao prazer, ao sucesso, à alegria e o primeiro contato da criança com a substância costuma acontecer dentro de casa, com anuência dos pais.

Ignora-se que o álcool também é droga, mesmo que lícita para maiores, de alto poder destrutivo para aqueles que se tornam dependentes dele, e não são poucos. Segundo estimativas, uma parcela superior a 10% da população possui problemas relacionados a esse produto.

Infelizmente, a conscientização dos riscos que o consumo do álcool representa é quase nulo. Se é desesperador ver pais mergulharem a chupeta do bebê no copo de cerveja, não menos desesperador é ver uma escola utilizar a imagem de uma substância alcoólica na alfabetização de crianças.

Não consegui sair do local, sem alertar sobre a cena. Trocar a imagem é urgente, mas não basta: precisamos mudar mentalidades. Consciência começa com “C”, mas bem que poderia começar com “K”, assim poderíamos trocar a figura da cerveja por “Konsciência”.


Celso Garrefa

Assoc. AE de Sertãozinho SP

sábado, 24 de dezembro de 2022

SEJA PERMISSIVO COM SEUS FILHOS

Seja permissivo com seus filhos. Permita que eles levantem o traseiro do sofá e vão até a geladeira para se servirem de mais um copo de água. Permita que eles carregam os...

Obs.: Em razão de regras contratuais, este texto não está mais disponível neste blog, podendo ser lido na íntegra no livro "ASSERTIVIDADE, UM JEITO INTELIGENTE DE EDUCAR", de Celso Garrefa.


                                                               Grato pela compreensão.  











sábado, 17 de dezembro de 2022

AMOR PRÓPRIO, UM REMÉDIO NATURAL

Amar a si mesmo pode soar como um ato egoísta, por isso, muitos de nós vivemos nos colocando em segundo, terceiro, décimo plano, esperando receber de outros...


Obs.: Em razão de regras contratuais, este texto não está mais disponível neste blog, podendo ser lido na íntegra no livro "ASSERTIVIDADE, UM JEITO INTELIGENTE DE EDUCAR", de Celso Garrefa.


                                                               Grato pela compreensão.  





sábado, 26 de novembro de 2022

"AH, SE FOSSE MEU FILHO!

“Ah, se fosse meu filho”! Essa é a frase preferida e proferida por muitos teóricos de poltrona, que se acham especialistas em tudo, apresentando soluções simplórias para problemas complexos, no entanto, essa manifestação apenas demonstra o quanto quem a utiliza é desconhecedor do assunto.

Enquanto não sentimos na pele a força de um grande problema, costumamos julgá-lo de fácil solução, mas nem sempre é tão simples assim. Somente quando o desafio bate à nossa porta é que de fato sabemos o quão desafiador ele é. Enquanto não vivenciamos o problema é fácil minimizar seu potencial, difícil é nos colocarmos, de fato, no lugar do outro.

Achar, muita gente acha muita coisa, mas ter certeza é para poucos. Toda orientação fundamentada em “achismos” não se sustenta como uma base concreta e segura de informação. Por isso, devemos receber com cautela todas as sugestões e receitas fundamentadas em hipóteses não confirmadas, apresentadas por pessoas que não dominam o assunto, ou que não vivenciaram o problema.

A partir do momento em que experienciamos o drama mudamos radicalmente a maneira como o enxergávamos. Nesse momento, muitos preconceitos caem por terra, muitos pré-julgamentos se desfazem.

“Ah, se fosse meu filho”! Reproduzir essa fala é olhar para nós mesmos e nos julgar perfeitos, donos da verdade e conhecedores da receita, ao mesmo tempo em que olhamos para o outro como se ele fosse incapaz.

“Ah, se fosse meu filho! Se fosse seu filho com certeza não diria isso, porque saberia o quão complexo e desafiador é lidar com um problema de alta complexidade. Mas, se por acaso for seu filho, não tenha medo de buscar a ajuda adequada, com a certeza de que todo grande problema vem sempre acompanhado de grandes aprendizados.


Celso Garrefa

Assoc. AE de Sertãozinho SP

sábado, 19 de novembro de 2022

TENTE OUTRA VEZ

Às vezes, na vida, precisamos tentar de novo, quantas vezes for preciso. Nem sempre alcançamos nossos objetivos em uma primeira tentativa, e isso não deve ser motivo para desistirmos. A cada novo começo, devemos eliminar aquilo que não funcionou na primeira peleja, buscar novos jeitos de fazer, acrescentar o que ainda não foi feito e seguirmos firmes na busca do nosso propósito.
Nessa caminhada é importante comemorarmos cada conquista, por menor que seja, vibrar com cada pequena meta alcançada. Por vezes queremos atingir um grande objetivo e não valorizamos os pequenos sucessos. Sem valorizá-los, desistimos. Um grande objetivo é alcançado através de pequenas metas, que vão se somando e encorpando.
Quando a batalha é grande é natural cansarmos, afinal, somos gente, e na vida, vez ou outra precisamos de uma pausa. Podemos aproveitá-la para refletir, descartar velhos hábitos, corrigir o que for necessário, abandonar o que não serve mais, recarregar as energias e retomar a caminhada com muita força. Mas, tomemos cuidado: parar para descansar não significa parar para desistir.
Na vida, existem momentos em que precisamos mudar os rumos da nossa trajetória, com coragem. De nada adianta lamentar o passado, se nos acomodamos e nada fazemos para mudar o futuro.
A canção composta por Ney Azambuja, Tavito e Paulo Sérgio Valle nos leva a refletir, quando cita: “A vida tem sons que pra gente ouvir precisa aprender a começar de novo. É como tocar o mesmo violão e nele compor uma nova canção”. E como sugere o Programa Amor-Exigente, nada muda se eu não mudar. Existem momentos em que precisamos trocar a música que rege a nossa vida e abrir espaço para um nova canção.


Celso Garrefa

Assoc. AE de Sertãozinho SP


sábado, 12 de novembro de 2022

DISCIPLINA: PONTE PARA A SOBRIEDADE

A dependência do álcool ou de outras drogas é um problema complexo que atinge um número elevado de pessoas, causando inúmeras consequências negativas, afetando não só o usuário, como também seus familiares. Muitos deles chegam a manifestar o desejo de superar o problema, porém, a maioria espera por uma solução pronta, uma resposta imediata, sem esforços e com isso não alcançam a recuperação.
É plenamente possível superar o problema, mas, é preciso muita perseverança e disciplina, características que não costumam fazer parte da rotina de um dependente, entretanto, são especialistas em arranjar desculpas para desistir e essas justificativas quase nunca estão em si mesmos, mas nos outros.
Muitos buscam um tratamento, porém, poucos perseveram. Isso, em parte, justifica o baixo índice de pessoas dependentes que conseguem superar o vício.
Segundo o Programa Amor-Exigente é preciso exigência na disciplina para ordenar e organizar a nossa vida. O uso de substâncias é um fator capaz de desestruturar a vida de qualquer pessoa e não é tarefa fácil reorganizar o que se transformou em uma desordem total.
É preciso muita disciplina, determinação, perseverança e insistência com foco em um objetivo e um conceito muito interessante, cuja autoria desconheço, cita que “disciplina é fazermos aquilo que precisa ser feito, mesmo quando não estamos com vontade de fazer”.
O foco na disciplina é uma atitude necessária para o sucesso e manutenção da sobriedade, sem isso, o desejo de superar o desafio não passa de mais uma enganação, não dos outros, mas de si próprio.


Celso Garrefa
Assoc. AE de Sertãozinho SP 

sábado, 29 de outubro de 2022

INFLUÊNCIAS OU ESCOLHAS?

Diariamente nos confrontamos com situações que tanto podem ser bons como maus exemplos. Frequentemente pessoas tentam nos influenciar com suas opiniões e conceitos, no entanto, aquilo que nos tornamos não é resultado dessas influências, mas sim das nossas próprias escolhas. Possuímos o livre arbítrio para decidir.

Se formos bem sucedidos é gratificante bater no peito e assumir o crédito do sucesso, porém, se der errado é comum buscarmos justificativas para o fracasso. É mais cômodo encontrar um culpado para o nosso insucesso do que reconhecer a falha, porém, não é uma atitude que ajuda a corrigirmos os rumos, pois, ao justificarmos a falha fora de nós mesmos, não assumimos as nossas responsabilidades.

Não há como apagar aquilo que passou, mas um olhar sobre o passado pode ser uma atitude interessante porque nos permite enxergarmos onde falhamos, ajustar as arestas e corrigir o futuro. No entanto, é preciso muito cuidado para não nos mantermos amarrados ao que passou, vivendo de lamentações.

Mais do que lamentar as escolhas mal sucedidas, neste novo momento, podemos parar de buscar os culpados nos outros ou nas circunstâncias, e planejarmos novas escolhas a partir de nós mesmos e do momento presente. O bom da vida é isso: sempre podemos adotar novas atitudes, mas devemos ter a consciência de que se não mudarmos nossas escolhas, não corrigimos aquilo que não está bom. Se as escolhas são nossas, as consequências também. 


Celso Garrefa 

Assoc. AE de Sertãozinho SP

domingo, 23 de outubro de 2022

TENHA CALMA, O DESESPERO É UM GRANDE ENGANO


Muitas vezes nos vemos diante de uma situação tão complicada, que não enxergamos uma saída e entramos em desespero. A descoberta de que um filho está fazendo uso abusivo de drogas é um exemplo de drama que leva muitos pais a experimentarem essa terrível sensação.

Em estado de desespero os familiares sofrem um impacto paralisante, que os impedem de adotar qualquer tipo de ação, ou pior, pode leva-los agir no impulso do momento e adotar atitudes impensadas que, ao invés de produzir resultados positivos, agravam ainda mais uma situação que já é grave.

O pânico impede os familiares de enxergar o problema na medida certa. É comum super dimensionarem a situação, e com isso, não conseguem vislumbrar uma saída ou uma solução.  Os pensamentos não possuem uma lógica e são dominados pelo negativismo.

Nos raros momentos em que pensam em alguma medida, buscam o imediatismo, porém, nem sempre se resolve um problema instalado a longo tempo em um estalar de dedos e a frustração aumenta ainda mais o estado de desespero.

O primeiro passo é tentar manter a calma diante de um grande desafio. A calma nos permite lidarmos com um problema de alta complexidade com discernimento, controle e sabedoria. Ela nos permite agir ao invés de apenas reagir, conscientes de que manter a calma diante do caos não significa aceitar comportamentos que desaprovamos, mas lidar com eles com posicionamentos firmes e ações controladas e equilibradas.

Duas atitudes são fundamentais para mantermos a calma: fortalecer nossa espiritualidade e buscar ajuda, com a certeza de que são nos momentos mais difíceis que sentimos com maior intensidade a presença de Deus em nossa vida.

Por fim, o desespero é um grande engano, portanto, acalme-se, como sugere a canção de Leandro Borges: "Se eu pudesse conversar com sua alma, eu diria, fique calma, isso logo vai passar". 


Celso Garrefa

Pedagogo Social 

Assoc. AE de Sertãozinho SP

domingo, 16 de outubro de 2022

DE GRAÇA RECEBESTES, DE GRAÇA DEVEIS DAR

Não temos dúvidas de que o ser humano precisa uns dos outros, e quanto maior o desafio enfrentado, maior a necessidade de nos apoiarmos para vencê-lo. Esse é o trabalho dos grupos de apoio, ou seja, uma união de pessoas que possuem em comum uma batalha árdua demais para ser enfrentada sozinha.

Durante o período de dependência química ou alcoólica é comum a pessoa se afastar dos bons amigos, inclusive fazendo com eles piadinhas bem infantilizadas e sem graça – não aguenta, toma leite – ou se achando o cara, enquanto enxerga o outro como careta. Muitos se afastam inclusive da família ou a própria família, após tanto sofrimento, não suporta mais conviver com uma pessoa altamente destrutiva.

Na medida em que a dependência se agrava e os prejuízos pelo uso se tornam muito superiores aos prazeres proporcionados pelo consumo, pode despertar em muitos a necessidade de abandonar a vida louca e se tratar. 

Nesse momento muitos se veem sozinhos. Para abandonar um vício é preciso se afastar da turma do uso e, em geral, os amigos que não são usuários se afastaram a tempo. Nessa hora, os grupos de apoio são importantíssimos e estão de portas abertas para acolhê-los e ajudá-los a conquistar sua sobriedade, através de um processo de construção de novas relações baseadas na cooperação e no apoio mútuo, em uma via de mão dupla.

A sobriedade torna-se plena e a sua manutenção é facilitada quando utilizamos o grupo em que estamos inseridos para continuarmos recebendo apoio ao mesmo tempo em que oferecemos apoio, cooperando uns com os outros, reconhecendo a nossa necessidade e a necessidade do outro. De graça recebestes, de graça deveis dar! (Mateus 10:8). 



Celso Garrefa

Assoc. AE de Sertãozinho SP

domingo, 9 de outubro de 2022

PERGUNTE AO GOOGLE

A pequena menina mal completou três anos de idade e já possui um celular nas mãos, onde desliza os frágeis dedinhos sobre a tela, clica em um ícone, outro clique e...

Obs.: Em razão de regras contratuais, este texto não está mais disponível neste blog, podendo ser lido na íntegra no livro "ASSERTIVIDADE, UM JEITO INTELIGENTE DE EDUCAR", de Celso Garrefa.


                                                               Grato pela compreensão.  



sábado, 1 de outubro de 2022

VÍNCULOS AFETIVOS OU LIGAÇÃO EMOCIONAL?

Júnior mal chegou da escola, jogou a mochila num canto da sala, deixou o tênis no meio do corredor, esticou-se no sofá e lançou o primeiro de muitos pedidos para sua mãe: - Mãe, pega uma água pra mim. Ela parou, por um instante, o almoço que fazia, encheu um copo e o serviu.

Se questionada, provavelmente vai justificar sua atitude como uma demonstração de amor, de cuidado, de carinho, como um meio de fortalecer os vínculos afetivos, mas para o filho todo o esforço dela é visto apenas como uma obrigação.

O fortalecimento dos vínculos afetivos é essencial para a solidificação das relações familiares, no entanto, é preciso muito cuidado para não confundirmos um vínculo afetivo com uma ligação emocional, que, apesar da linha tênue que os diferenciam, são duas situações complemente diferentes.

Os vínculos afetivos são construções conjuntas, uma via de mão dupla, em que um se preocupa com o bem estar do outro, em que os membros cooperam entre si, visando o bem comum, enquanto que a ligação emocional apenas um lado atua em função do outro, sem nada receber em troca, um desejo permanente de resolver a vida do outro, de facilitar a vida do outro, de viver a vida do outro.

Ligações emocionais são prejudiciais tanto para quem assume as responsabilidades que não são suas, como para aquele que tem a vida facilitada. Quem vive a vida do outro, não tem vida. Quem vive em função do outro, não é visto, não existe. E o que é pior, se em algum momento a pessoa assistida resolver tomar conta da própria vida, quem o assistia perde a razão de viver. E agora, quem é você? o que sobrou de você?

A pessoa que tem a vida facilitada, sem necessidade, também é prejudicada. Pode encontrar dificuldades de crescimento pessoal, de evoluir, de se tornar independente e responsável. Torna-se frio e enxerga o outro apenas como um serviçal, obrigado a atendê-lo custe o que custar. Se um dia se ver só, pode não saber que rumo seguir.

Por tudo isso, as ligações emocionais devem ser repensadas nas relações familiares. É um comportamento que adoece todos os envolvidos, enquanto que os vínculos afetivos devem ser valorizados, pois são essenciais na construção de um ambiente familiar funcional. Enfim, para que viver em função do outro, se podemos viver todos?

Celso Garrefa

Assoc. AE de Sertãozinho SP

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