domingo, 7 de novembro de 2021
POSICIONAMENTOS FRÁGEIS, MANIPULAÇÕES FORTES
domingo, 24 de outubro de 2021
PROMOVER A ESPIRITUALIDADE (10° Princ. Ético do Amor-Exigente)
A espiritualidade exerce um papel fundamental no contexto familiar e por isso devemos sempre promovê-la entre os nossos, plantando na base de formação dos nossos filhos, a essência do Ser Superior.
Não é responsável esperar que os filhos cresçam e façam suas próprias escolhas. Cabe a nós, como seus responsáveis, introduzi-los nos ensinamentos religiosos que acreditamos e que nos identificamos.
Para tanto, a nossa espiritualidade não deve ser vivida apenas no momento em que estamos no espaço religioso, mas uma tarefa de todos os dias. Vale pouco frequentar assiduamente a nossa igreja ou templo, mas fora dele sermos estúpidos ou arrogantes. Nada vale falar em espiritualidade, viver com a bíblia nas mãos, mas não ser capaz de respeitar aqueles que convivem conosco, ou o nosso próximo.
Não é nada produtivo frequentar a religião de nossa identificação, mas dentro de casa não adotarmos os princípios religiosos aprendidos. Espiritualidade é a prática do que aprendemos, é viver em função do bem, do respeito, da cordialidade. É ser gentil, colocar-se a disposição, saber perdoar, aprender o valor da palavra amar.
Futuramente os filhos crescem, fazem suas próprias escolhas, mas uma base espiritual sólida pode fazer toda a diferença na sua formação como pessoa. O que plantamos na infância pode valer por toda uma vida. Se a essência do Ser Superior foi plantada, mesmo que em algum momento alguns dos nossos desviem do caminho, essa base espiritual será determinante na retomada dos rumos.
Alguns podem até não seguir a religião que transmitimos ou optar por outra que ele melhor se identifique, trazendo para dentro de casa uma diversidade religiosa. Em relação a isso, podemos continuar promovendo a espiritualidade no lar, convivendo com as diferenças, respeitando a crença de cada um, conscientes de que respeitar a crença do outro é um dos maiores exemplos de espiritualidade elevada.
Celso Garrefa
Sertãozinho SP
terça-feira, 28 de setembro de 2021
QUEM ACOSTUMA AO SOFRIMENTO NÃO BUSCA A CURA
Nem sempre compreendemos o porquê uma pessoa fortemente afetada pela dependência do álcool ou de outras drogas relutar tanto para buscar ajuda, mesmo quando o uso se tornou um grande problema, provocando, a nosso ver, um grande sofrimento.
Como seres humanos somos por natureza adaptáveis às situações vivenciadas. No caso do dependente, essas adaptações podem levá-lo a acomodação, naturalizando o problema de tal forma que não percebe o tamanho exato do seu sofrimento. Essa conformação às intempéries dificulta a percepção do quanto ele está sendo afetado, e como resultado, torna-se inerte ao problema, não busca ajuda, nem a cura.
O desenvolvimento da dependência é um processo extremamente lento, que ocorre em um período prolongado de tempo. Assim, o sujeito lentamente vai se acomodando ao sofrimento, que demora perceber o quanto está se debilitando física, mental e espiritualmente. Mesmo que outras pessoas tentem alertá-lo, é comum ele não perceber e negar o quanto está em queda livre.
A família, por sua vez, tenta fazer de tudo para amortecer a queda, sem perceber que essa atitude não impede a progressão da doença, apenas favorece o protelamento do pedido e aceite de ajuda.
Essa acomodação ao drama torna-se uma barreira para o tratamento. Quem vê de fora percebe claramente o quanto a pessoa está se debilitando, porém, nem sempre esta é a mesma visão do dependente.
Para tentar ajudá-lo precisamos fazê-lo perceber aquilo que recusa aceitar, precisamos fazê-lo enxergar aquilo que não consegue ver. É necessário que ele se inconforme com a situação, ou seja, deixe de se conformar com o sofrimento para descobrir o quanto é prazeroso viver em sobriedade.
Celso Garrefa
Sertãozinho SP
domingo, 19 de setembro de 2021
GRUPO DE APOIO - PODER TRANSFORMADOR
domingo, 1 de agosto de 2021
domingo, 9 de maio de 2021
O PASSADO JÁ PASSOU, LIBERTE-SE
Ao confrontarmos com um grande problema no presente, costumamos olhar para o passado, analisando nossos comportamentos na tentativa de descobrir onde erramos e essa atitude é o gatilho para o sentimento de culpa.
Esse olhar sobre o passado costuma vir carregado de lamentações e cobranças desmedidas, como se tivéssemos a obrigação de nunca falhar, de saber tudo, de conhecer tudo, de possuir o dom de prever as consequências futuras dos atos realizados naquele momento.
Somado a isso, colocamos nesse passado o nosso eu de hoje, num processo comparativo, porém devemos compreender que o eu de hoje não é o mesmo daquele eu do passado. Com o tempo ganhamos novas visões de mundo, novos conhecimentos, novas experiências, novos recursos. Essa é uma cobrança desmedida, injusta e cruel conosco.
Devemos nos conscientizar de que naquele momento o nosso eu fez aquilo que estava ao nosso alcance, aquilo que acreditávamos ser o correto, aquilo que nossos recursos possibilitaram e cientes disso, devemos abandonar as lamentações paralisantes e a carga pesada provocada pelo sentimento de culpa, para assumirmos responsabilidades a partir do nosso novo eu e do momento presente.
Não devemos fechar os olhos para o passado, pois dele tiramos lições importantes para nosso crescimento, mas não deve ser um olhar carregado de lamúrias que apenas causam sofrimentos profundos e nos mantém paralisados no tempo, mas sim visando assumirmos responsabilidades, para corrigirmos os rumos, acertarmos as arestas, desprovidos dos arrependimentos produtores de culpas.
Na vida tudo são aprendizados, e libertando-nos do peso provocado pelo sentimento de culpa soltamos as amarras do passado, valorizamos os aprendizados, assumimos novas responsabilidades e seguimos nossa jornada com leveza e paz.
Celso Garrefa - Sertãozinho SP
sábado, 24 de abril de 2021
É FÁCIL DIZER NÃO, DIFÍCIL É MANTER O NÃO QUE FOI DITO
Um dia desses falando com a mãe de um garoto de cinco anos, ela argumentou que quando ele quer, não tem jeito, tem que dar, senão ele não para, não tem quem aguenta...
sábado, 17 de abril de 2021
NEGAÇÃO: UMA ATITUDE QUE NOS PRENDE AO PROBLEMA
Em relação ao uso de drogas, possuímos uma grande preocupação em relação aos filhos, mas ao mesmo tempo, por falta de conhecimentos, acreditamos que isso acontece na casa do outro, do vizinho, com filhos negligenciados, de periferias. Esse pensamento negacionista em nada contribui para evitarmos o problema, pois, ao não nos sentirmos ameaçados pelo perigo, não adotamos medidas de proteção.
Quando o filho começa a externar alguns comportamentos sugerindo que algo está acontecendo, a negação torna-se ainda mais intensa. A primeira atitude é perguntarmos para ele se está fazendo uso, no entanto, o medo da resposta é tão grande que formulamos a pergunta induzindo-o para a resposta que gostaríamos de ouvir: – filho, você não está usando drogas não, né?
Nenhum de nós queremos enfrentar um problema dessa magnitude e como ninguém deseja sofrer, recusamos, num primeiro momento, a aceitar a realidade. Essa negação é uma atitude inconsciente, utilizada como uma autodefesa das dores e dos sofrimentos oriundos desse drama.
Inicialmente essa negação é total, ou seja, negamos totalmente aquilo que parece óbvio, mas haverá um momento em que o uso se torna tão escancarado e evidente que não conseguiremos mais negá-lo, no entanto, o pensamento negacionista ainda prevalece, mas de outra forma. Nesse novo momento tendemos a diminuir o tamanho do desafio. É comum, nessa fase, o uso de palavras no diminutivo: é só uma cervejinha, é só um peguinha, é só um cigarrinho, ou buscarmos justificativas: todo mundo usa; ele usa, mas é tão bonzinho; isso é coisa da idade.
Precisamos abandonar a negação, reconhecer que estamos diante de um grande problema, mesmo sabendo do tamanho do desafio que iremos enfrentar. Esse é um momento extremamente complexo, pois ao abandonarmos a negação, outros sentimentos irão aflorar, como a culpa, a vergonha, a decepção, a tristeza, o medo, a incerteza, etc.
Para lidarmos com tudo isso, vamos precisar abandonar outras negações, como por exemplo, a ideia de que sozinhos conseguiremos resolver o problema, de que não precisamos de ajuda, de que o problema é só dele, de que surgirá uma solução mágica capaz de solucionar o desafio.
Por mais difícil que isso possa parecer, precisamos abrir os olhos, para enxergar o problema na medida exata, mesmo que o coração sinta. E para aliviar os sentimentos do coração existe remédio: grupos de apoio, que nos ajudarão a negar outras crenças: de que não damos conta, de que não exista soluções, de que não vamos aguentar, de que não somos capazes.
Celso Garrefa
Sertãozinho SP
quinta-feira, 31 de dezembro de 2020
2020: UM ANO PERDIDO OU DE APRENDIZADOS?
Chegamos ao final de mais um ano. Um ano totalmente atípico em que muitos contabilizaram como perdido. Não vejo assim. Evidente é que este foi um ano duro, difícil e complicado para tantos, mas mesmo diante desse cenário precisamos enxergar e retirar lições e ensinamentos capazes de nos tornar pessoas ainda melhores.
A virada do ano não será como uma chave que tudo transforma, mas como um ciclo que se completa, é a oportunidade para refletirmos sobre esse que agora se encerra, agradecer pelos aprendizados, dar maior importância aos contatos, valorizar as coisas que de fato merecem ser valorizadas, descartar o supérfluo e agradecer a vida, tão rara, tão breve, tão frágil.
Este é um momento em que manifestamos, com maior intensidade, o desejo de mudanças, mas mudanças somente acontecem a partir das ações. Muitos são aqueles que, ano após ano repetem o mesmo discurso, de que precisam mudar, mas não entram no campo da ação. No encerrar da vida só restam-lhes olhar para traz e lamentar: eu deveria ter mudado.
Mas, as mudanças que desejamos começa em nós. Nada muda se não mudarmos. Não adianta pular ondinhas no mar, comer lentilhas na virada ou vestir-se de branco ou amarelo, se não nos propormos a modificarmos comportamentos, tomarmos atitudes, reorganizarmos nossa vida e buscarmos ensinamentos mesmo nos momentos difíceis. Sem atitudes novas, o novo ano não passará de uma mudança de data no calendário.
Dizem que quanto mais desejamos o bem, mas o bem nos deseja também, mas mais do que desejarmos o bem, precisamos buscar o bem, mas do que desejarmos a paz, viver a paz. Desejo, portanto, a todos nós que em 2021 busquemos o bem e vivamos a paz, com muita força, fé e alegria.
sábado, 10 de outubro de 2020
EDUCAÇÃO PREVENTIVA: QUANDO COMEÇAR?
(Foto: www.shutterstok.com) |
A gravidez é um momento especial para o casal que tanto deseja ter um filho. Período em que os futuros papais se preparam para receber uma nova vida. Serão nove meses de espera, tempo esse de fazer planos, de discutir sobre a escolha do melhor nome para o bebê, de criar expectativas sobre qual será o seu sexo, de programar o quartinho da criança.
Tudo isso é muito bonito e saudável, mas é necessário, também, começar aí, antes mesmo do nascimento, a planejar sobre qual será o tipo de educação que estão dispostos a adotar na criação desse filho. É o momento de se definir qual será a proposta de vida que norteará o relacionamento familiar.
Como as crianças aprendem aquilo que vivem, uma educação preventiva não começa nela propriamente dita, mas nos comportamentos e no relacionamento do casal. Como pretendem educar para o respeito se o casal não se respeitam e se ofendem o tempo todo? Como pensar em harmonia no lar que breve receberá uma criança, se os futuros pais vivem em estado de histeria e loucura? Como educar pelo exemplo se o casal não faz de suas atitudes um modelo a ser seguido?
Deixando um pouco de lado o romantismo e olhando pela ótica da razão, essa criança que breve começará sua jornada nesta vida irá se deparar com um mundo hostil, carregado de perigos e ameaças de toda espécie. É responsabilidade dos pais prepará-la para esses desafios, caso contrário, ela poderá sentir-se entregue a própria sorte. Precisamos chegar primeiro.
Celso Garrefa
Sertãozinho SP
domingo, 20 de setembro de 2020
CONSERTE O SEU TELHADO ENQUANTO NÃO CHOVE
Adotar uma educação preventiva, em relação aos filhos, é como consertar o telhado da nossa casa. Não é durante a chuva o momento ideal para corrigir as goteiras, mas enquanto ainda faz sol. Não é quando os filhos crescem e criam problemas...
segunda-feira, 7 de setembro de 2020
CODEPENDÊNCIA - A ILUSÃO DO CONTROLE
(Foto extraída da internet) |
Esse é um exemplo de codependência, um termo amplamente utilizado nos grupos de auto e mútua ajuda para se referir a pessoas fortemente ligadas emocionalmente a outra pessoa, normalmente um familiar dependente do álcool ou de outras drogas, e que acredita ser capaz de controlá-lo. A codependência possui características muito semelhantes aos da própria dependência.
Se o dependente depende do uso das drogas, o codependente depende do dependente, ou seja, para estar bem, o codependente depende de que seu familiar adicto esteja bem, para estar feliz, também depende da felicidade dele.
Da mesma forma com que o dependente nutre a ilusão de que possui o controle sobre a sua droga de abuso, o codependente também nutre a ilusão de que possui o controle sobre o dependente. Assim como o dependente nega o problema, o codependente também nega sua codependência.
Na ilusão do controle, o codependente passa a viver exclusivamente em função do outro. Quase tudo o que pensa, fala, faz e vive possui alguma relação com o dependente. Não consegue enxergar a si mesmo, nem as outras pessoas em seu entorno e perde a alegria pela vida.
Se o primeiro passo para o dependente corrigir seu problema é reconhecê-lo, o primeiro passo do codependente também é reconhecer o problema em si mesmo e não no outro e buscar ajuda. Assim como o tratamento do dependente é um processo construído ao longo do tempo, o tratamento do codependente também não se soluciona num passe de mágica. Redescobrir-se além do outro é o começo da batalha contra a codependência, portanto, busque ajuda e redescubra-se.
Celso Garrefa - Sertãozinho SP
sábado, 2 de maio de 2020
LIVES MOVIDAS A ÁLCOOL - UM DESSERVIÇO À COMUNIDADE
(Imagem da internet) |
Texto de Celso Garrefa
Assoc. Amor-Exigente de Sertãozinho SP
domingo, 5 de abril de 2020
CORONAVÍRUS, SEM PÂNICO
domingo, 22 de março de 2020
AMOR-EXIGENTE E O CORONAVÍRUS (Doze princípios do Amor-Exigente adaptados para o enfrentamento do Covid-19)
segunda-feira, 16 de março de 2020
LIMITES: SUPERAR OU FREAR?
(Foto da internet) |
segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020
ISSO NÃO VAI ACONTECER COMIGO
(Imagem da internet) |
Texto de Celso Garrefa
domingo, 19 de janeiro de 2020
QUEM EU SOU, ONDE ESTOU, PARA ONDE VOU?
sábado, 28 de setembro de 2019
PROBLEMAS INCOMPATÍVEIS COM NOSSA PROPOSTA DE VIDA
(Imagem da Internet) |
domingo, 25 de agosto de 2019
COOPERAÇÃO - PRINCÍPIO ÉTICO FAMILIAR
(Imagem extraída da internet) |
PREVENÇÃO À RECAÍDA
Um dos maiores desafios no processo de tratamento da dependência química são as frequentes recaídas de uma parte das pessoas que buscam ajud...
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(Celso Garrefa) Muitas vezes, na vida, nos preocupamos tanto com as pessoas que vivem ao nosso redor e não medimos esforços para protegê-...
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É comum os pais de dependentes químicos demorarem a aceitar que estão diante de um grande desafio, mesmo quando seus filhos já apresentam in...
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A dependência do álcool ou de outras drogas é um problema crescente, que tem afetado muitas famílias. Diante do desafio, muitas delas perceb...