A primeiro atitude dos familiares é tentar convencer o dependente a mudar de vida, utilizando a tática do convencimento com palavras e conselhos, no entanto, estamos diante de um problema complexo, multifatorial e de difícil solução. Não é nada fácil convencer o dependente a mudar de vida apenas com palavras, se este não está disposto a nos ouvir e quem mais precisa de conselhos são aqueles que menos desejam recebê-los.
A busca da solução para o problema vai além das palavras. Exige ação, atitude. Enquanto apenas falamos a outra parte ouve, ou finge ouvir e nada acontece; quando tomamos algumas atitudes ela precisa se ajustar às nossas mudanças.
Em primeiro lugar precisamos acabar com as ameaças vazias, que em nada colabora para a solução do problema. Cada ameaça não executada aumenta o descrédito em nossos posicionamentos. Quantas vezes ameaçamos não dar mais dinheiro, e basta uma insistência e cedemos, quantas vezes ameaçamos abandonar tudo e nada fazemos?
O primeiro passo é recuperar o crédito perdido. Podemos começar com atitudes simples, que estejam ao nosso alcance, e que temos condições de mantê-las. Eles devem perceber que a partir de agora aquilo que eu falo, eu faço. Na medida em que vamos recuperando o crédito, na medida em que eles começam a perceber que não estamos mais dispostos a recuar, podemos avançar e ousar nas atitudes tomadas. Mas é de extrema importância estabelecer apenas aquilo que estou disposto a manter.
Não precisamos pensar em uma atitudes que por si só irá solucionar o problema, mas em um conjunto de ações e perseverar. Se nos sentirmos cansados, podemos até parar, por um instante, para descansar, mas nunca para desistir. O importante é agir, pois, sem ação não existe solução.
Celso Garrefa
Assoc. AE de Sertãozinho SP