quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
"VOCÊ JÁ FOI USUÁRIO DE DROGAS?"
sexta-feira, 6 de dezembro de 2024
O VALOR DA BANANA
sábado, 30 de novembro de 2024
NÃO FEZ MAIS DO QUE SUA OBRIGAÇÃO
sábado, 12 de outubro de 2024
CABELOS MALUCOS OU MÃES MALUCAS?
Vimos de tudo: cabelos coloridos, elaborados com muito capricho, outros pais utilizaram coisas simples e com muita criatividade realizaram grandes feitos, quase uma obra de arte e houve aqueles pais que simplesmente enviaram os filhos aos cabeleireiros para executar o serviço.
Dá trabalho sim e cada um interpreta essa atividade da sua maneira. Há quem critique os professores, julgando que eles vivem inventando coisas e sobra para os pais, outros reclamam a falta de tempo para elaborar os penteados e muitos entram na brincadeira e curtem o momento.
Sim, cuidar das crianças dá trabalho e em uma época onde pais e filhos pouco interagem, ocupados com seus afazeres ou distraídos pelas redes sociais, essa atividade é uma grande oportunidade de contato, de aproximação, de troca.
Vivemos um tempo em que realizamos as tarefas e cuidados com os filhos quase que mecanicamente. Preparar a mochila, pentear os cabelos, correr com o café da manhã, sair voando para a escola. No retorno das aulas nem sempre perguntamos como seu dia na escola.
Infelizmente, quem terceirizou o serviço, ou quem executou os penteados dos filhos resmungando, reclamando, de mau humor, externalizando uma insatisfação na realização do feito, não aproveitou a oportunidade de estreitar os laços, de fortalecer os vínculos afetivos, de conhecer um pouco mais seus filhos. Quem não aproveitou o retorno das aulas para saber como foi o dia na escola com tantos cabelos malucos, e com tantas coisas que eles têm para transmitir, está perdendo um pouquinho dos filhos que tem.
Executar um penteado maluco nos filhos é trabalhoso, mas não pode ser motivo para nos deixar malucos. Maluco é não aproveitar a oportunidade para curtir o momento, entrar na brincadeira e fortalecer os laços afetivos entre pais e filhos.
Autor do livro "Assertividade, um jeito inteligente de educar"
domingo, 8 de setembro de 2024
FILHOS AGRUPADOS, PAIS ISOLADOS
Os grupos aos quais os filhos se juntam são influenciadores, e dependendo da turma, tanto podem exercê-las de forma positiva como negativa. Além de influenciadores, os grupos exercem pressões e isso exige atenção e cuidado.
A adolescência é a fase da transição. Neste período eles tendem a ouvir menos os pais e mais os grupos de amizade, os influenciadores de internet, os ídolos etc. Em geral, sentem-se imunes e poderosos, e se testam o tempo todo. É, portanto, a fase em que estão mais sujeitos a desviar do caminho.
Nessa etapa da vida eles precisam fazer escolhas o tempo tempo, e sem exceção, em algum momento alguém vai apresentar-lhes o álcool e outras drogas. Caberá a eles fazer a escolha, com um detalhe, no momento da oferta, nós, pais, não vamos estar presentes, ou seja, a decisão caberá somente a eles.
Por tudo isso me convenço cada vez mais da necessidade dos pais buscarem conhecimentos, orientações e apoio. Filhos agrupados e pais isolados, alienados e ausentes em nada colaboram para uma transição segura e sadia da adolescência para a fase adulta.
Em primeiro lugar, devemos abandonar a negação e aceitar a ideia de que todos os nossos filhos estão sujeitos a desviar-se da rota. Podemos aprender com eles e formar os nossos grupos, onde trocamos experiências e nos preparamos para lidar com os desafios que atualmente é educar filhos, pois, como cito no livro "Assertividade, um jeito inteligente de educar" - Não existem garantias de sucesso, mas sem uma postura educativa é quase certo o fracasso.
Celso Garrefa
domingo, 25 de agosto de 2024
VIVER COM PRESSA NOS IMPEDE DE VIVER
Com pressa não observamos os detalhes, não acompanhamos o crescimento dos filhos, não valorizamos os contatos, não acalmamos o coração, não silenciamos, nem paramos, e como consequência, vivemos estressados e irritados, reclamando da falta de tempo.
Desacelerar é preciso. Rever a maneira como fazemos uso do nosso tempo, descartar a perda de tempo por inutilidades e reorganizá-lo visando tirar dele o máximo proveito. Não adiante desejar que os dias tenham mais horas. Somos nós que devemos nos ajustar a quantidade de horas disponíveis em um dia.
Enfim, estamos vivendo com tanta pressa, que estamos deixando de viver. Vale, neste momento, lembrar daquela música composta por Almir Sater e Renato Teixeira:
“Ando devagar porque já tive pressa e levo esse sorriso porque já chorei demais”
Celso Garrefa
sábado, 17 de agosto de 2024
CRIANÇAS ADULTAS X ADULTOS CRIANÇAS
E não é só isso, o tempo que sobra acaba engolido pelas tecnologias, utilizadas, inclusive, como método de distração dos pequenos, sem regras e sem limites. Nem mesmo na hora das refeições a família se reúne, e mesmo quando fazem a alimentação sentados à mesa, os celulares continuam ao lado dos pratos.
Não se conversa mais com os filhos, não se incentiva mais a brincadeira fora das redes, e sem o brincar a criança está deixando de ser aquilo que nesta fase da vida ela deveria ser: apenas criança.
Muitos pais também se renderam às redes sociais e também passam tempo absurdo conectados, e como consequência, assistimos a um distanciamento familiar, e sem essa convivência, não desenvolvemos os vínculos afetivos, fundamentais para uma educação assertiva.
Não existem mais os ritos de passagem e muitos meninos e meninas estão vivendo esta fase da vida como se fossem adultos, crescendo antes do tempo, acessando conteúdos impróprios para a idade e expostos a uma série de riscos.
Ironicamente, estas crianças que não foram vistas, nem tratadas como crianças, ao se tornarem adultas, passam a ser tratadas como incapazes, infantilizadas pelos pais, que querem facilitar, querem poupar, querem bancar, querem resolver e fazer por eles aquilo que nesta fase da vida eles próprios deveriam fazer.
Como consequência, podemos nos deparar com adultos que não conseguem assumir quaisquer responsabilidades, não desejam sair da casa dos pais, demoram para entrarem no mercado de trabalho e assim, assistimos à formação da geração nem-nem, ou seja, nem trabalham, nem estudam.
Enfim, para formarmos adultos responsáveis, competentes e equilibrados é fundamental respeitarmos a lógica do tempo, ou seja, crianças são crianças, adultos são adultos e não o contrário.
Celso Garrefa (Autor do livro "Assertividade, um jeito inteligente de educar")
terça-feira, 9 de julho de 2024
TOMADA DE ATITUDE: SEM AÇÃO NÃO EXISTE SOLUÇÃO
A primeiro atitude dos familiares é tentar convencer o dependente a mudar de vida, utilizando a tática do convencimento com palavras e conselhos, no entanto, estamos diante de um problema complexo, multifatorial e de difícil solução. Não é nada fácil convencer o dependente a mudar de vida apenas com palavras, se este não está disposto a nos ouvir e quem mais precisa de conselhos são aqueles que menos desejam recebê-los.
A busca da solução para o problema vai além das palavras. Exige ação, atitude. Enquanto apenas falamos a outra parte ouve, ou finge ouvir e nada acontece; quando tomamos algumas atitudes ela precisa se ajustar às nossas mudanças.
Em primeiro lugar precisamos acabar com as ameaças vazias, que em nada colabora para a solução do problema. Cada ameaça não executada aumenta o descrédito em nossos posicionamentos. Quantas vezes ameaçamos não dar mais dinheiro, e basta uma insistência e cedemos, quantas vezes ameaçamos abandonar tudo e nada fazemos?
O primeiro passo é recuperar o crédito perdido. Podemos começar com atitudes simples, que estejam ao nosso alcance, e que temos condições de mantê-las. Eles devem perceber que a partir de agora aquilo que eu falo, eu faço. Na medida em que vamos recuperando o crédito, na medida em que eles começam a perceber que não estamos mais dispostos a recuar, podemos avançar e ousar nas atitudes tomadas. Mas é de extrema importância estabelecer apenas aquilo que estou disposto a manter.
Não precisamos pensar em uma atitudes que por si só irá solucionar o problema, mas em um conjunto de ações e perseverar. Se nos sentirmos cansados, podemos até parar, por um instante, para descansar, mas nunca para desistir. O importante é agir, pois, sem ação não existe solução.
Celso Garrefa
Assoc. AE de Sertãozinho SP
sábado, 30 de março de 2024
EU PRECISO ME PROTEGER DE MIM
(Celso Garrefa) |
Quantas vezes fazemos uma autocrítica exagerada e
negativa em relação ao nosso eu, diminuindo as nossas capacidades, menosprezando
as nossas qualidades e com isso nos sentimos menores do que realmente somos. Outras
vezes não nos julgamos merecedores e aceitamos qualquer coisa e conformamos com
menos do que fazemos jus.
Também é comum nos colocarmos na posição de “coitados”,
transmitindo, inclusive verbalmente, que para nós qualquer coisa serve, que para
nós tudo está bom, que não ligamos em ser tratados sem
consideração e respeito. Por vezes nos diminuímos tanto que sentimos
incomodados até mesmo diante de um elogio, como se dele não fôssemos merecedores.
Essas atitudes nos impedem de perceber aquilo que
temos de bom, de positivo. Precisamos deixar de ser cruéis em nossa autoanálise
e reconhecer, também, nossos valores, enaltecer, sem arrogância, nossas
qualidades.
Não adianta nos arrebentarmos, não resolve nos anularmos,
não é funcional vivermos apenas em função do outro e esperar o reconhecimento. Não
resolve concentrar todas as nossas energias e esforços em relação às pessoas
que convivem conosco e esperar o retorno, se vivemos diminuindo a nossa importância enquanto
pessoa.
Não somos valorizados por aquilo que fazemos a outras pessoas, nem somos reconhecidos por aquilo que entregamos ao outro. Em geral, as pessoas respeitam aqueles que eles admiram. Isso não significa ser egoísta e deixar de olhar com carinho e cuidado para aqueles que amamos e fazer por eles o nosso melhor, só não podemos esquecer de nós mesmos e nos proteger das autocríticas negativos que traçamos sobre nós. Enfim, eu preciso me proteger de mim, porque se eu não fizer, certamente ninguém o fará.
sábado, 16 de dezembro de 2023
O QUE OS OLHOS NÃO VEEM, O CORAÇÃO NÃO SENTE
Essa negação do problema acontece de forma inconsciente e possui o
objetivo de protegê-los de uma realidade dolorosa, na qual eles não desejam e não sabem como
lidar. Mas não tem jeito, abandonar a negação é necessário e urgente.
Esse não é um momento fácil, tendo em vista que a aceitação dos fatos
aos quais recusam enxergar causa sofrimentos profundos e angustiantes. Para os pais, reconhecer o problema é como receber um choque paralisante, como se nada mais na vida fizesse sentido.
Encarar as verdades, que de maneira inconscientes relutavam para aceitar, é como viver um luto, mas não tem jeito, a família precisa o mais
breve possível despertar do transe provocado pela aceitação da realidade e começar a se mover.
Para tanto, precisam abandonar a ideia de que sozinhos iram solucionar
um problema de alta complexidade e buscar ajuda, não apenas para o filho, mas
também para toda a família, que adoece tanto quanto ou até mais que o próprio
dependente.
Precisam abandonar o sentimento de culpa, parar de justificar os fatos e
enxergá-los na medida certa, sem minimizá-los, nem os maximizar. Tratar da
codependência e trabalhar o desligamento emocional, ou seja, ampliar os seus
recursos para preservar uma mente sã e equilibrada, independente dos
comportamentos insanos do outro.
Encarar a realidade dos fatos é sem dúvidas o primeiro passo para a
busca da solução do problema. Isso é desafiador, mas a família não precisa enfrentar isso
sozinha. Podem contar sempre com a ajuda dos grupos de apoio do Programa
Amor-Exigente para enxergar, com clareza, que um desafio nunca chega sem estar
carregado de oportunidades.
Celso Garrefa
Assoc. AE de Sertãozinho SP
quarta-feira, 4 de outubro de 2023
PRINCÍPIOS BÁSICOS
sexta-feira, 8 de setembro de 2023
SEMPRE É TEMPO
Quantas desculpas atribuímos ao tempo de vida para permanecermos na nossa zona de acomodação, e quanto tempo perdemos paralisados no tempo. Não existe o tempo certo, e nunca é tarde para começarmos algo novo.
Sempre
é tempo de revermos nossos conceitos, sempre é tempo de mudarmos nossas
opiniões e comportamentos, sempre é tempo de aprendermos algo novo, sempre é
tempo de começarmos realizar coisas que até então a vida não nos permitiu.
Sempre é tempo de reconhecermos nosso valor, de nos cuidarmos.
Sempre
é tempo de exigir respeito e de respeitar a nós mesmos. Sempre é tempo de viver
a vida, de descobrir coisas novas, de realizar sonhos, de traçar novos planos,
sempre é tempo de ser feliz.
É
certo que o tempo nos traz algumas limitações, que precisam ser respeitadas,
mas não precisamos fazer delas a muleta que nos mantem estagnados. E por falar
em limitações, todos possuem as suas, mesmo que diferentes umas das outras.
Mas o
mesmo tempo que limita, também capacita, torna-nos melhores, mais experientes, mais
sábios. Eis a vida, perdas e ganhos, portanto, valorizemos os ganhos e aceitemos
algumas perdas, sem resmungos, elas fazem parte da nossa existência.
A vida é um grande enigma, carregada de surpresas e incertezas. O tempo de vida não se conta apenas pelo tempo percorrido, cinquenta, sessenta, oitenta, mas também pelo tempo que ainda resta pela frente e neste sentido não sabemos quem possui mais vida, se aqueles cujos cabelos já branquearam pela ação do tempo ou o jovem, cuja tenra idade o faz sonhar grande. Sob este ponto de vista somos todos da mesma idade.
Celso Garrefa - Assoc. AE de Sertãozinho SP
sábado, 2 de setembro de 2023
GRUPOS DE APOIO: PODER TRANSFORMADOR
Uma das piores decisões que tomamos, diante de um grande desafio, é buscar o isolamento. Sozinho nos tornamos frágeis, perdemos forças, adoecemos. Caminhar sozinhos, por vezes, desanima e, como consequência, paramos pela metade.
Quando estabelecemos parcerias aumentamos os nossos compromissos, inclusive com o outro, e assim, ao mesmo tempo em que
encorajamos, incentivamos e animamos, também somos encorajados, animados e
incentivados e essa troca permite chegarmos mais longe, encontrarmos novos
caminhos.
Nos grupos de apoio
encontramos pessoas experientes e dispostas a nos acolher, sem críticas e sem
julgamentos. Não demora percebermos o poder transformador contidos nas
partilhas e trocas de experiências e como consequência começamos a enxergar
novas possibilidades para um desafio que achávamos sem solução.
As trocas de experiências realizadas
nos grupos de apoio potencializam a nossa capacidade para enfrentar o desafio, capacitam-nos para lidarmos com um problema de alta complexidade
de forma assertiva e orientada, ampliam nossa visão e devolve a esperança de
retomarmos os rumos da nossa vida e da nossa família.
E mesmo quando tudo está bem, ainda precisamos do grupo, por duas razões: para preservar o bom momento agora experimentado e retribuir o apoio recebido, apoiando quem agora chega precisando de ajuda. Se sozinhos somos frágeis, em grupo nos tornamos infinitamente mais fortes, portanto, venham participar de um grupo de apoio e descobrir o seu poder transformador, venham entregar o seu melhor e receber o nosso melhor.
Celso Garrefa
Assoc. AE de Sertãozinho SP
PREVENÇÃO À RECAÍDA
Um dos maiores desafios no processo de tratamento da dependência química são as frequentes recaídas de uma parte das pessoas que buscam ajud...
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(Celso Garrefa) Muitas vezes, na vida, nos preocupamos tanto com as pessoas que vivem ao nosso redor e não medimos esforços para protegê-...
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