sábado, 16 de julho de 2016

MAIS AÇÃO, MENOS FALAÇÃO

(Imagem da internet)
Não são poucas as famílias que convivem com um dependente do álcool ou de outras drogas dentro de casa. Em geral, elas tentam ajudá-los a abandonar o vício e a primeira tentativa que utilizam é a conversa, mas para lidar com um problema tão complexo como este não bastam apenas palavras. Não se consegue avanços significativos com um dependente apenas na base do diálogo. 

Por vezes, é preciso mais, é preciso ação e atitude. No entanto, por razões diversas, os familiares relutam em entrar em ação e tomar atitudes e assim, o problema vai se arrastando ao longo do tempo. Na base da conversa, o dependente costuma reagir de duas formas: ou não está a fim de papo, manifestando toda uma reação com certa agressividade, ou ele ouve, promete mudanças, mas suas promessas não se sustentam.

Nesse ritmo, o dependente se acostuma com muito blá, blá, blá e acomoda, sabendo que nada acontece. Por vezes, promete melhoras e a família dá uma relaxada, no entanto, esta tranquilidade não dura mais que alguns dias, tornando-se um ciclo repetitivo. Ele usa, a família reclama; ele promete mudanças, a família acredita; ele para por alguns dias e de novo volta a usar.

Outra razão que faz a família demorar a agir é o medo. Medo de tudo. Medo das reações do dependente, medo de que ele possa piorar, medo de que ele saia de casa, medo de perder. Alguns desses medos são justificados, outros são enganos. Uma análise crítica é importante para diferenciarmos os riscos reais dos imaginários e buscarmos apoio para encará-los.

Nem sempre dá para esperarmos o dependente tomar uma atitude. Nem sempre ele está ou tem condições de fazê-la. Cabe aos familiares entrar em ação, mover-se. Não precisamos virar a mesa da noite para o dia, mas dentro das nossas capacidades, precisamos abandonar a falação e começar a agir, caso contrário, o problema se perpetua e gera frutos, como citou, brilhantemente, a Sra. Liane Castrillon, em uma das edições da “RevistAE:

     "Não basta pôr uma pedra em cima, deixar no freezer à espera do tempo para solucionar. Geralmente, o compasso da espera degringola em problemas filhotes... e aí, o elenco aumenta”.

     Para mudarmos os rumos daquilo que não está dando certo é necessário abandonarmos a falação, que empurra o problema com a barriga e entrarmos em ação. Quando apenas falamos, o outro apenas ouve, quando agimos ele precisa se adaptar e se enquadrar às nossas ações. Este é o segredo.


                        Texto de Celso Garrefa
                        Amor-Exigente de Sertãozinho SP

quarta-feira, 13 de julho de 2016

TOMA FILHO, ESSE REMÉDIO É DOCINHO!

Certo dia, enquanto visitávamos um casal de amigos, pais de uma criança de quatro anos de idade, a mãe lembrou que era hora de medicar o filho em razão de uma forte inflamação de garganta. A criança, como é natural, ao vê-la apanhar o remédio tentou esquivar-se. A mãe, então, para convencer o filho utilizou, como argumento...

                                                        Obs.: Em razão de regras contratuais, este texto não está mais disponível neste blog, podendo ser lido na íntegra no livro "ASSERTIVIDADE, UM JEITO INTELIGENTE DE EDUCAR", de Celso Garrefa, com previsão de lançamento em 03/02/2024. 

sábado, 9 de julho de 2016

A REPÓRTER E A MACONHA

No último dia 26 de junho comemoramos o dia mundial de combate às drogas e na ocasião postei um texto sobre a data, onde, entre outras coisas, citei que temos a sensação de que estamos perdendo a guerra contra as drogas. Parece que corremos atrás de uma Ferrari montados em uma bicicleta.

Durante a semana de combate às drogas praticamente nada se viu, em termos de reportagem sobre o assunto em nossos canais televisivos. Apenas campanhas isoladas, normalmente produzidas por entidades ou grupos ligados ao tema, porém sem o apoio da grande mídia, seu alcance é limitado.

Na contramão do que esperávamos da grande mídia, ao acompanharmos uma reportagem de um grande canal aberto tivemos o desprazer de assistir uma cena patética, protagonizado por uma repórter de competência inquestionável. Na cena, ela fuma um cachimbo gigante de maconha e justifica "recusar nem pensar", pois segundo ela, seria um sinal de desrespeito.

            Desrespeito?  E o respeito aos próprios princípios? E o respeito a nossas crianças e jovens tão carentes de informações de qualidade sobre os perigos que as drogas representam? Se lá na Jamaica a maconha é utilizada em ritos religiosos, aqui no Brasil é utilizada como entorpecente, inclusive por muitas crianças a partir dos dez ou onze anos de idade.

            Como fica difícil convencer um jovem de que ele não precisa de droga nenhuma para ser feliz se ele assiste nossa repórter brisar em rede nacional. Como dificulta nossa tarefa de informar ao jovem que a maconha aumenta consideravelmente a probabilidade dele desenvolver a esquizofrenia se a maconha é apresentada como algo inofensivo.

            Vou além deste fato envolvendo a maconha. Sabemos, por estatísticas, que o uso abusivo e a dependência do álcool afetam uma parcela acima de 10% da população brasileira. Assistimos diariamente motoristas embriagados matarem no trânsito e mais, uma pesquisa da ABEAD (Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas) apontou que nossos adolescentes consomem 6% de todo o álcool produzido no país, mesmo sendo proibida a venda e a distribuição para menores de 18 anos.

            Apesar de todas as estatísticas apresentarem números alarmantes sobre o abuso ou a dependência da droga “álcool”, não notamos a mesma comoção das pessoas ao assistirem nossas celebridades consumirem este produto livremente nos nossos canais de tevê, associando-o diretamente ao sucesso, ao prazer e à felicidade. Aplaudimos as músicas que fazem apologia ao seu consumo e achamos graça quando assistimos bêbados em situações vexatórias.

            Não estou justificando a cena da maconha, muito menos fazendo sua defesa. Não faço essa comparação com o objetivo de diminuir o impacto da reportagem, mas como um alerta em relação ao álcool que, apesar de lícito, também é droga, causa dependência e danos imensuráveis, no entanto sua propaganda é veiculada diariamente nos diversos canais de mídia sem nos chocar.

            Não possuímos o poder das grandes mídias, porém não vamos desanimar, como cita Edward Everett Hale: Sou um só, mas ainda assim sou um. Não posso fazer tudo, mas ainda assim posso fazer alguma coisa. E não é porque não poder fazer tudo, que vou deixar de fazer aquilo que posso”.

            Texto de Celso Garrefa

            Programa Amor-Exigente (Sertãozinho SP)

sábado, 25 de junho de 2016

DIA MUNDIAL DE COMBATE ÀS DROGAS

O Dia Internacional de Combate às Drogas foi estabelecido pela ONU em 1987 com o objetivo de estimular o debate sobre o assunto, planejar ações de enfrentamento ao uso, abuso e tráfico de drogas ilícitas e criar ações de cooperação para uma sociedade livre da dependência química. Ao longo destes anos não há muito que comemorarmos. As estatísticas apresentam um consumo crescente, com iniciação cada vez mais cedo e a cada dia surgem novos tipos de drogas.
É óbvio que precisamos de estratégias de combate e enfrentamento ao uso, porém não podemos limitar as ações somente diante dos problemas instalados. Quando a droga entrou na vida do cidadão, recuperá-lo é tarefa árdua e uma luta desigual.
Acredito que só conseguiremos avanços significativos e uma redução do consumo quando as autoridades, o poder público e os pais acordarem para essa triste realidade e investirem pesado na prevenção. Mais do que correr atrás, precisamos nos antecipar e chegar antes do problema.
A família é a primeira referência na vida da criança e os pais devem assumir suas responsabilidades, guiando, orientando e servindo de modelo aos pequenos. Os pais precisam de coragem para falar sobre o assunto com os filhos, de forma segura e convincente, e isso exige um mínimo de conhecimento, caso contrário, não convencem ninguém e não são levados a sério.
Outro instrumento fundamental na prevenção são as escolas, local por onde passam praticamente todas as crianças e jovens. No currículo escolar há espaço para o desenvolvimento dos temas transversais que podem ser muito aproveitados. Não adianta ensinar um aluno sobre o que aconteceu a 2.500 a.C. se não discutirmos com eles sobre a realidade atual e os perigos iminentes.
O poder público também precisa se empenhar na prevenção. Criar espaços onde nossas crianças e jovens possam encontrar formas saudáveis de prazer, como a prática de esportes, a dança, a música, o teatro, etc. Atividades saudáveis que os cativem a ponto de não sentirem a necessidade de buscar o prazer ilusório que as drogas oferecem.
As igrejas também são fundamentais na prevenção. Precisam cativar o jovem, abordar o tema sem medo e transbordar sua vida com a essência do Ser Superior.
Só alcançaremos resultados significativos no combate às drogas quando cada um de nós entrarmos em ação, fazendo a nossa parte, sem acomodação e sem esperar para ver o que acontece. O dia mundial de combate às drogas é um convite à ação, e como diz aquela canção do Geraldo Vandré: “Vem, vamos embora que esperar não é saber. Quem sabe faz a hora. Não espera acontecer”.
Assoc. AE de Sertãozinho SP

sábado, 11 de junho de 2016

DROGAS: UM PRAZER FATAL

Quando tratamos sobre o assunto drogas, não podemos menosprezar sua principal característica: Elas proporcionam prazer e essa realidade é um dos fatores que dificulta a adesão do dependente ao tratamento.

            Durante as fases de experimentação ou de uso esporádico, o prazer é dominante e os prejuízos, pequenos, porém, a busca contínua pela manutenção da sensação prazerosa faz com que o usuário busque quantidades cada vez maiores dessas substâncias e na mesma proporção com que ele aumenta o consumo, aumentam também os prejuízos decorrentes do uso.

            A busca  contínua pela manutenção do prazer domina de tal forma o dependente que ele, ao longo do tempo, vai perdendo o interesse pelos outros prazeres saudáveis que a vida oferece. Mesmo sofrendo os prejuízos pelo uso, muitos passam a viver única e exclusivamente na busca das sensações provocadas pelo consumo das drogas.

            Quando o dependente dá uma pausa no consumo, ele enfrenta momentos de depressão e arrependimento profundo e neste intervalo muitos chegam a jurar que nunca mais farão uso das drogas, no entanto, o corpo e a mente, acostumados ao prazer, logo gritam por elas e assim, ele vai se revezando entre consumir, arrepender-se, consumir novamente, etc.

  Quando ele compreender que esse prazer custa-lhe caro demais e optar pela recuperação, confrontará com um vazio imenso que precisará ser preenchido. A dependência o afastou dos bons amigos, de hábitos saudáveis e, muitos deles, até mesmo da família e de Deus. Em geral, perderam o emprego e a confiança de todos. Reencontrar o caminho, a essa altura, não será fácil e ele vai precisar de ajuda.

          A partir do momento em que ele, com humildade e sinceridade se propõe a viver em sobriedade, deverá considerar o fator “prazer” no conjunto de ações e estratégias no enfrentamento do seu desafio. É importante que ele redescubra outros prazeres que sejam saudáveis, que saia da ociosidade e do vazio que a ausência das drogas irá proporcionar e que busque por grupos de pessoas que trabalham a manutenção da sobriedade, como Amor-Exigente, os Narcóticos ou Alcoólicos Anônimos, etc.

No processo de recuperação, o dependente precisa redescobrir outros prazeres capazes de proporcionar um novo sentido a sua vida, caso contrário, o prazer proporcionado pelo uso das drogas pode tornar-se um prazer fatal. 

            Texto de Celso Garrefa

            Amor-Exigente de Sertãozinho SP

sexta-feira, 27 de maio de 2016

DROGAS: O IMPACTO DA DESCOBERTA


Esta semana uma mãe comentou comigo que após a descoberta da dependência química do filho tudo ficou muito intenso e ele passou a fazer uso com frequência assustadoramente maior e  a situação tomou uma proporção gigantesca.

Mas não é bem assim. Acontece que até que a dependência química do filho não é de conhecimento dos pais, ele faz de tudo para esconder que está usando drogas. Consomem longe do contato dos familiares e utilizam de disfarces para esconder os sinais e efeitos do uso. Quando questionados, negam veementemente e até juram que não estão fazendo isso. Mesmo quando os pais começam a desconfiar, acabam convencidos do contrário.

A partir do momento em que a família toma ciência do problema, o filho não precisa mais se preocupar em esconder sua dependência. Abandona os disfarces e pode, inclusive, culpá-los pelo seu problema. Por outro lado, os pais passam a prestar maior atenção em tudo o que ele faz. Vasculha seus pertences, cheiram suas roupas, vigiam quando sai à noite, observam quando ele volta para casa. Todos esses fatores juntos proporcionam a falsa sensação que as coisas pioraram. Na verdade, já estava muito ruim, apenas não era visível para a família.

Como os familiares estão fragilizados pelo impacto da descoberta, esse é um momento perigoso. O desespero aflora o instinto de proteção e assim, equivocadamente, acreditam que conseguirão poupar o filho de todos os problemas oriundo de sua dependência. Alguns pagam suas dívidas, outros permitem que ele consuma dentro de casa, etc. Essa tentativa de protegê-lo só não o protege da própria droga e e dele mesmo e dessa forma, o dependente tem sua vida na ativa facilitada. Quando a família tenta recuar, eles jogam pesado: - Vai pagar ou prefere me ver morto?

Por toda complexidade que gira em torno da convivência com um adicto, a primeira atitude da família, diante do problema, é buscar orientação e apoio, capazes de prepará-los para enfrentar tamanho desafio. Junto a um grupo de apoio poderão enxergar o problema na exata medida, sem minimizá-lo ou torná-lo um gigante. Por isso, insistimos na importância de procurarem por um grupo do Programa Amor-Exigente mais próximo, pois sozinhos, o fardo é pesado demais.



Celso Garrefa
Sertãozinho SP

terça-feira, 10 de maio de 2016

FILHO, VOCÊ NÃO ESTÁ USANDO DROGAS NÃO, NÉ?

       
Postei, há alguns dias, um texto falando sobre o sentimento de culpa que afeta pais e mães de dependentes químicos e nele citei que ela surge tão logo os familiares atravessam a fase da negação e recebi de uma leitora um pedido para falar um pouco sobre essa fase.

            Cara leitora, aceitar o fato de que um filho está fazendo uso das drogas é um choque para os pais. É uma realidade tão dura e cruel que eles, inconscientemente, se recusam a aceitar, mesmo quando os sinais evidenciam que algo está acontecendo. Essa é a fase da negação. Ela inicia assim que o filho começa a apresentar mudanças comportamentais sinalizando que algo está acontecendo e dura até o momento em que o uso torna-se tão evidente e escancarado que não é mais possível negá-lo. 

            A negação do problema é uma atitude inconsciente e, de certa forma, serve como um mecanismo de defesa dos pais contra as dores e os sofrimentos resultantes do problema. O medo de aceitar e reconhecer a realidade é tão intenso que muitos pais, ao desconfiarem que algo está errado, questionam o filho sobre as drogas, porém já elaboram a pergunta induzindo-os para a resposta que desejam ouvir: - “Você não está usando drogas não, né? ” 

            Mesmo quando os pais encontram drogas na casa aceitam com facilidade o argumento de que não são deles, mas de amigos. Quando sinais visíveis aparecem, ainda assim buscam as mais variadas justificativas: Isso é coisa da idade. Esse povo fala demais. Ele só exagerou um pouquinho na bebida. Ele é tão carinhoso! Isso é perseguição. Ele jurou que não usa, etc.

            Chega um momento em que a situação atinge um nível tão crítico que não é mais possível negá-la. O filho assumiu a dependência. Ele foi pego no flagra. Foi detido pela polícia, etc. Esse é o momento mais difícil para os pais. É a hora de abandonar a negação, aceitar a realidade mesmo com todo o sofrimento e angústia que isso provoca. Por um lado, isso é terrível, pois terão que se confrontar com a triste realidade que relutavam aceitar, mas por outro, é um momento importante, pois é encarando a realidade que poderão começar a agir e tomar as devidas atitudes na tentativa de corrigir o problema.

            Por vezes, os pais retrocedem e voltam a negar o problema:  - "Será que ele está mesmo usando drogas”? Ou tentam se enganar, acreditando que após uma semana mais tranquila e cheia de promessas do dependente, o problema está solucionado. Quiçá fosse simples assim, mas não é.

            Para solucionar um problema de alta complexidade é preciso encará-lo, por mais doloroso que seja, sem se iludir ou se enganar. Encarar a realidade é difícil e causa muito sofrimento, mas os pais não precisam enfrentar isso sozinhos. Os grupos de apoio do Programa Amor-Exigente é o local certo para buscarem as forças necessárias para enfrentarem esse desafio. Vamos à luta. Com o Amor-Exigente você não estará sozinho.

                        Texto de Celso Garrefa
                         Sertãozinho SP

sábado, 23 de abril de 2016

AS REGRAS DA CASA

         
          Normas, regras e disciplina são elementos indispensáveis para a construção de uma família funcional. Sem isso, os contatos se fragilizam, marcados pela frieza nos relacionamentos, prejudicando a formação dos vínculos afetivos. A casa deixa de ser um lar e para se transformar em uma bagunça.

Qualquer instituição, sem regras estabelecidas, caminha a passos largos rumo ao fracasso, seja ela uma empresa, um clube, uma escola ou uma igreja e isso não é diferente no ambiente familiar. A família também é uma organização social que, para um bom funcionamento, exige a construção de regras capazes de nortear os comportamentos de seus membros, caso contrário, o caos se instala. 

No entanto, precisamos compreender que regras e normas não são imposições, frutos do autoritarismo, mas uma construção familiar que serve para nortear a conduta de todos, resguardadas as diferenças entre seus membros e as individualidades de cada um. 

Os filhos devem aprender, o mais cedo possível, a conviver e a respeitar as regras da casa, tendo como modelo e exemplo, os pais. Não é tarefa fácil falar em regras e normas para um filho que assiste o pai avançar o sinal de transito, ou a mãe dirigir o carro falando ao celular. Se for estabelecido como regra da casa que os filhos não façam as refeições com o celular ao lado do prato, os pais também precisam deixar os seus fora da mesa.

As regras estabelecidas no ambiente familiar devem possuir, como foco, o bem comum. Portanto, elas devem possuir, como finalidade, organizar a relação e a convivência familiar, além de preparar os filhos para lidarem com as normas de forma natural e equilibrada. Aqueles que não respeitam as regras da casa, certamente não respeitarão as normas de convivência em sociedade.

Na construção das regras da casa, todos devem participar, mas é preciso respeitar  a hierarquia familiar. São os pais aqueles que possuem a missão de colocar ordem na casa e não podem fugir de suas responsabilidades. Quando, por acomodação, por negligência ou apatia eles deixam de fazê-lo, quem dita as regras são os pequenos e assim, nos deparamos com uma inversão de papeis, onde os filhos mandam e os pais obedecem e este reinado infantil é a receita certa para o colapso familiar.

Não menos importante são as definições dos prejuízos para aqueles que não respeitam as regras estabelecidas sem, sem que tais consequências sejam a aplicação de castigos físicos, vexatórios ou aterrorizantes. Deverão ser prejuízos que não causem danos, mas que possam sinalizar ao outro que quando quebramos uma regra, sofremos uma consequência, por exemplo, uma hora sem tevê, ou uma tarde sem celular.

Toda as vezes que falamos em regras, há sempre aqueles que gostam de citar que elas existem para serem quebradas e não podemos concordar com isso. Toda regra pode ser questionada, porém precisa ser respeitada. Poupar os filhos do contato com normas e regras dentro de casa, não é atitude que os protegem. Eles crescem se achando os donos do mundo, pensando que podem tudo, mas não podem. A vida não perdoa e cobra. Melhor que aprendam pelo nosso amor que pela punição do mundo.

           


Texto de Celso Garrefa
 Amor-Exigente de 
 Sertãozinho SP

segunda-feira, 14 de março de 2016

FILHOS BONZINHOS TAMBÉM PRECISAM DE ATENÇÃO


Costumamos olhar com maior preocupação em relação a um possível envolvimento com substâncias ilícitas para os jovens cujos comportamentos desaprovamos e nos acomodamos em relação aqueles considerados “bonzinhos”. Infelizmente, as drogas não costumam poupar ninguém e os filhos “bonzinhos” correm risco semelhante ou até maior que aqueles que nos preocupam.

            Neste texto quero focar neste grupo de jovens que, devido ao comportamento “certinho” não costumam levantar preocupações. Estes meninos normalmente são educados, carinhosos e obedientes. Muitos deles também são um tanto quanto introvertidos e evitam contato com outras pessoas. Em sociedade sentem-se deslocados e por vezes, preferem o isolamento.

            Seus comportamentos e atitudes agradam aos pais e por não apresentarem problemas, passam meio despercebidos, principalmente se na casa houver outros filhos que exigem atenção permanente. Filhos bonzinhos em casa onde existem outros problemáticos, tornam-se invisíveis aos olhos dos pais. 

            O filho de comportamento “bonzinho” dentro de casa, que obedece a todos, sem questionar, que aceita calado todas as condições impostas, que não sabe dizer um não em família, quando lá fora, pode reproduzir aquilo que vive dentro de casa e assim, pode tornar-se um alvo fácil para a malandragem. Sabemos que os grupos exercem grande pressão sobre os jovens e para resistir a isso é preciso personalidade, coisa que, comumente costuma faltar ao jovem bonzinho. Assim como ele é “tão bonzinho” em casa, ele pode ser também “tão bonzinho” com os amigos, tanto que não consegue dizer um não como resposta e quando tenta, na primeira pressão, cede.

            Outro fator que eleva o grau de risco em relação a este grupo de jovens é exatamente o seu jeito introvertido. Muitos deles não são felizes com o próprio comportamento e partem para o uso de substâncias ilícitas para fugir da inibição, acreditando, equivocadamente, que encontraram a solução para sua timidez. Cito, equivocadamente, porque sabemos que o preço que pagarão pelo equívoco vão lhes custar caro demais.

Outro detalhe que os colocam em situação de perigo é o desejo de chamar a atenção. Como não são considerados um risco, não são notados e passam despercebidos. Como são garotos introvertidos possuem uma percepção aguçada e conseguem perceber com facilidade um detalhe: a família, a mídia e a sociedade estão sempre falando de garotos problemas e não de garotos bonzinhos. Dessa forma, eles podem acreditar que esta é a receita, ou seja, apresentar problemas para ganhar a atenção.

Para trabalhar na prevenção com estes filhos precisamos, primeiramente, enxergá-los como pessoas, dar-lhes atenção e visibilidade, valorizando suas qualidades. Incentivá-los a interagir com pessoas, porém sem uma cobrança desmesurada. Também é importante ensiná-los a dizer “não” como resposta e para isso é importante trabalhar para o fortalecimento de sua autoestima. Devemos também, durante os diálogos e contatos familiares, falar sobre pessoas e personalidades que são bons exemplos e não focar sempre em atitudes e exemplos de pessoas cujos comportamentos desaprovamos.

Por fim, é bom que sejam bons e que percebam que é bom ser bons e que percebam também, que ser bons é diferente de ser bobos. A nós cabe enxergá-los e valorizar suas qualidades. Para reflexão, finalizo este texto com uma interessante citação do marquês de Vauvenargues: “Os tipos infames surpreendem-se quando notam que um homem bom também sabe ser esperto”. Está aí a receita: Ensinemos nossos filhos a serem bons, mas também, espertos.


Texto de Celso Garrefa
Amor-Exigente Sertãozinho SP

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

ESPOSA DE DEPENDENTE QUÍMICO


Quando começamos os trabalhos do Programa Amor-Exigente em nossa cidade, há mais de vinte anos, a grande procura pelo grupo era de pais e mães de dependentes químicos em busca de ajuda. Atualmente, essa busca se diversificou e atendemos também um número significativo de esposas ou companheiras dos adictos.

Muitas destas mulheres se uniram ao parceiro, mesmo sabendo do envolvimento dele com o uso ou abuso de substâncias entorpecentes, mas há também um grande número delas que só descobriram após a união e existe uma parcela de mulheres que só se deram conta do problema depois de um período mais prolongado de convivência, geralmente entre um a três anos após a união.


Em se tratando da recuperação do dependente não costuma haver meio termo, ou seja, elas podem ajudá-los de forma extraordinária ou podem favorecer o agravamento da dependência do parceiro. O que fará a diferença é a busca de orientação e apoio para lidar com o desafio.

Sem orientação, muitas delas desenvolvem a codependência e assim, além de sofrerem todas as consequências negativas advindas da convivência com um adicto, podem contribuir, de forma inconsciente e involuntária para o agravamento do problema. Ameaças vazias, brigas frequentes, agressões verbais ou mesmo físicas, acusações sem limites ou a ausência de um posicionamento claro e firme em relação à dependência do parceiro são atitudes que em nada contribuem para um verdadeiro apoio à recuperação do adicto.
Outro equívoco destas mulheres é a perda da identidade de esposa para adotarem o papel de mãe do parceiro. Esposa é esposa e deve agir como sua esposa, trocando as broncas pela adoção do diálogo claro, corajoso e sincero. Em geral, os dependentes químicos possuem grande dificuldade de amadurecimento. Não são adeptos a assumir responsabilidades e encontram bastantes dificuldades para se tornarem adultos de fato. Normalmente eles buscam na esposa o mesmo trato que recebia da mãe. É preciso que eles percebam as diferenças.

Desculpem-me as mães, mas em geral, as esposas costumam exercer um poder maior que elas sobre o dependente e se souberem fazer uso deste poder, podem contribuir muito para a recuperação do marido. Para tanto, em primeiro lugar, elas precisam buscar o equilíbrio, mesmo diante do caos. Devem adotar uma postura firme, não permitindo ser desrespeitada e muitos menos aceitar quaisquer tipos de violência, tomando atitudes caso ocorra. Também é importante que se relacionem como pessoas casadas. Não funciona casar-se e desejar a continuidade da vida de solteiro. Também é importante direcionar responsabilidades para o dependente, exigindo dele a participação nos pagamentos das contas da casa, o envolvimento na educação dos filhos, etc.

Finalmente, estas esposas não devem de forma ingênua acreditar que amá-los basta e será suficiente para recuperá-los. É preciso mais. É preciso atitude e ação. É importante frequentar um grupo de apoio e orientação. É preciso amor-exigente, e mais importante: é preciso amor próprio para não perder a dignidade.  “Eu amo você, mas não aceito as coisas que você faz de errado”.

Texto de Celso Garrefa 
 Sertãozinho SP

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

PROJETO MINHAS ESCOLHAS, MEU FUTURO




         
          Durante o segundo semestre deste ano, o Programa Amor-Exigente de Sertãozinho SP desenvolveu, em parceria com a escola Edith Silveira Dalmaso o projeto "MINHAS ESCOLHAS, MEU FUTURO" - CRESCENDO E VALORIZANDO A VIDA ATRAVÉS DE BOAS ESCOLHAS. 

         O projeto foi desenvolvido por uma equipe formada por um pedagogo, uma assistente social e uma professora (todos coordenadores e profundos conhecedores do Programa Amor-Exigente) com o apoio dos professores da unidade escolar e o foco foi trabalhar a prevenção a comportamentos inadequados.

          Os trabalhos foram desenvolvidos de forma lúdica, através de dinâmicas de grupo, desenhos, pinturas, danças, teatros, músicas, confecções de cartazes, etc. e possuiu como objetivo, preparar os alunos para fazer escolhas saudáveis, mantendo-os afastados de tudo aquilo que pode prejudicar sua existência, como o uso e abuso do álcool, cigarro e outras drogas, violência, gangues, bulling, criminalidade, etc.

         Os professores da unidade escolar também foram abrangidos pelo Projeto, através de reuniões realizadas durante o horário do ATPC, onde tiveram conhecimento dos princípios de trabalho do Programa Amor-Exigente e partilha da vivência em salas de aulas.

          Este projeto foi aprovado pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Sertãozinho SP e financiado com recursos do Fundo Municipal da Criança e do Adolescente de Sertãozinho.
 
          No final, foi realizado um evento para a apresentação dos trabalhos desenvolvidos pelos alunos, com a presença dos pais e do corpo docente.

 (Celso Garrefa)


 









 

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

UMA CRIANÇA EM FÚRIA


            Esta semana um vídeo viralizou na internet, onde uma criança é filmada durante um ataque de fúria na sala de aula. Descontrolada, ela arremessa objetos pelo chão, derruba cadeiras, etc., rodeada por pessoas que assistem passivamente a cena. Logo abaixo de cada compartilhamento acompanhamos os mais variados comentários possíveis e na maioria deles, a receita simplória para a solução do problema: corrigir a agressividade com mais agressividade.

            Os comentários sobre a cena nos mostram como muitas pessoas possuem uma visão limitada em relação a métodos educativos de crianças. Só conseguem enxergar a solução através do uso da violência e não se dão conta que existem formas as mais variadas possíveis de intervenção, inclusive mais adequadas e funcionais para os tempos atuais.

            O discurso de que nada pode ser feito por se tratar de uma criança, evidencia o nível de desinformação das pessoas e a má interpretação das leis. Não existe nenhum impedimento em falar mais grosso que a criança, colocar ordem na casa, mostrar a ela quem está no comendo. Não existe nenhum impedimento em deter a fúria do pequeno, inclusive segurando-o, se necessário. Nenhum policial prende um pai ou professor por eles fazerem uso da autoridade. Nenhum Conselho Tutelar incrimina os pais ou os professores por eles fazerem uso da autoridade. O problema não é o uso da autoridade, pois ela é legítima, o problema é o abuso da autoridade. Usar a autoridade é indispensável para uma boa educação e nenhuma lei impede os pais ou professores de fazê-la. Se não interpretamos adequadamente uma lei, tornamo-nos reféns dela.


            O comportamento apresentado pela criança exigia atitudes de ação das pessoas ao seu entorno, mas preferiram gravar a cena, talvez por razões que desconhecemos. Em relação a muitos comentários dos internautas, compreendemos que assistir a cena dá raiva e incomoda, mas agredir para corrigi-lo significa adotar o mesmo desequilíbrio que desaprovamos na atitude do menino. Naquele momento precisavam acalmar a criança, conter o ataque de descontrole, inclusive segurando-a se necessário. Posteriormente aconselha-se uma investigação da origem das agressividades, analisando o ambiente familiar e consequentemente o acompanhamento do menino.

            Em relação à escola, estranhamente manteve-se passiva diante da cena de fúria apresentada pelo menino, sob o argumento equivocado de que não poderiam tocá-lo por ele ser criança, no entanto, não se preocuparam em infringir a lei expondo a cena para milhões de pessoas. Qual o objetivo? Não sabemos.
           
            Em relação aos prejuízos sofridos pela escola, precisa haver a reparação dos danos. Como a criança não possui idade suficiente para arcar com os custos, sobra para os pais, mas estes, com um pouquinho de inteligência e vontade de solucionar o problema, podem fazer uso de algum objeto do filho e mostrar à ele que a perda será para arcar com os prejuízos que ele provocou e assim, transmitir a ideia de que toda conduta inadequada resulta em uma perda, um prejuízo. 

            Para corrigir comportamentos inadequados é preciso atitude e posicionamento firme. É preciso usar a autoridade e mostrar quem manda e tudo isso é perfeitamente possível sem o uso de nenhum tipo de violência. Novos tempos exigem novos tipos de abordagens mais assertivas e funcionais. 

Está na hora de pararmos de repetir o discurso leigo de que os pais não podem mais educar seus filhos. Podem e devem.


            Texto de Celso Garrefa
            Sertãozinho SP

terça-feira, 20 de outubro de 2015

COOPERAÇÃO: A ESSÊNCIA DA FAMÍLIA

    O Programa Amor-Exigente cita que a essência da família repousa na cooperação e não apenas na convivência. É através da cooperação que se constrói fortes vínculos afetivos. Mas para vivenciarmos a cooperação em sua plenitude devemos nos atentar para os personagens envolvidos nessa dinâmica - eu, você, nós - e respondermos a três questões: O que eu posso fazer por você? O que você pode fazer por mim? O que  podemos fazer juntos?

A primeira pergunta nos convida a um olhar sobre nós mesmos para identificarmos como podemos nos envolver, fazendo a nossa parte em nosso grupo familiar, colocando-nos a disposição para apoiar, auxiliar e agir visando o bem do outro. Essa atitude é uma demonstração do quanto nos preocupamos com aqueles que convivem conosco, sem isso, tornamo-nos pessoas egoístas e autoritárias, que ditam ordens, cobram, mas nada fazem.

Mas precisamos ter cuidado para não nos transformarmos em meros serviçais dos filhos. Existem coisas que não precisamos fazer, pois eles possuem plenas condições de realizar por si mesmos. Quando carregamos o material escolar que a eles pertence ou passamos o dia recolhendo tudo que espalham pela casa, enquanto eles vivem espichados no sofá, não estamos cooperando com eles, pelo contrário, estamos roubando-lhes a capacidade de crescimento e independência.

A segunda questão nos instiga a aceitarmos a ideia de sermos servidos pelo outro. Muitos de nós tratamos nossas crianças como reizinhos, abastecendo-os o tempo todo, não permitindo que eles nada façam em nosso favor. Queremos poupá-los de tudo desvalorizando suas capacidades e quanto mais os servimos, sem deles nada aceitar em troca, mais friamente estes se relacionam conosco.

A terceira pergunta, e talvez a mais importante desse processo, abrange tudo aquilo que podemos fazer juntos para o benefício de todos. Essa é a verdadeira essência da cooperação, no entanto, não basta fazermos juntos, precisamos aproveitar o momento para criarmos um ambiente favorável, fazendo das atividades, algo agradável, onde haja um contato sadio e de qualidade. Ao contrário do que muitos pensam, os filhos sentem prazer em nos ajudar, mas quando fazemos as tarefas juntos, porém de cara fechada, sem paciência, resmungando e reclamando o tempo todo, eles perdem o interesse e se afastam.

A falta de ação dos personagens envolvidos nesse processo transforma a família em um amontoado de pessoas, onde ninguém se preocupa com ninguém ou as preocupações partem apenas de um dos lados.

Os lares funcionais possuem, como uma das suas principais características, os fortes vínculos afetivos entre seus membros. A vivência da cooperação em sua plenitude é o combustível que mantém acessa essa chama. Com isso a convivência torna-se agradável, a harmonia reina, o respeito mútuo prevalece e todos se preocupam com o bem estar de todos. A isso chamamos verdadeiramente de família, ou seja, um grupo de pessoas que cooperam entre si.




Texto de Celso Garrefa
Sertãozinho SP

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

CRIANÇAS OU MINI ADULTOS?

Precisamos repensar o ser criança nos dias atuais, onde nossos pequenos são estimulados a viverem como mini adultos, com exposição excessiva, erotização precoce e atividades infinitas.

Apesar da pouca idade, muitas já possuem a agenda carregada de compromissos. Saem da escola e vão para o inglês, deixam o inglês direto para o judô, na sequência ainda participam da aula de música, de natação, de futebol, etc. Não sobra tempo para serem aquilo que são: apenas crianças.

Não negamos ou desprezamos a importância da participação da criança em atividades e projetos. O envolvimento dos pequenos em cursos e escolinhas é benéfico desde que haja limites e equilíbrio. Os excessos de obrigações, com a prática de várias atividades ao mesmo tempo, além de estressá-las, matam a fase mais bela da vida, que é a infância. Também é importante permitirmos que façam as atividades por prazer, sem pressões por alta performance ou exigências que estão aquém das suas capacidades.

            O ato de brincar da criança não é perda de tempo. As atividade lúdicas são fundamentais para seu desenvolvimento  e para a construção do seu eu, do seu mundo e é nossa responsabilidade, como adultos, proporcionar-lhes tempo, espaço e condições para que vivenciem esses momentos. 

Também precisamos preservar nossos pequenos da exposição precoce, como a erotização, a violência, a proximidade com substâncias inadequadas, preservando-as de materiais impróprios, programações fora de sua faixa etária e até mesmo, da convivência com pessoas cujos exemplos são lhes são favoráveis.

Sabemos, ainda, que a criança gosta de imitar o adulto. A menina adora experimentar os sapatos da mãe, lambuza-se com as maquiagens da irmã mais velha; o menino põe a gravata do pai, etc. Esses comportamentos são normais, entretanto, quando o adulto transforma esses hábitos em rotina, vestindo a criança como adulta ou levando a menina semanalmente aos salões de beleza, aceleram o processo natural de travessia da fase infantil.

Na construção do futuro da criança, os ritos de passagens são fundamentais para o seu desenvolvimento e nós, adultos, precisamos aprender a respeitar cada etapa da vida dos pequenos, permitindo que, enquanto crianças, elas possam viver como crianças, com tempo e espaço disponíveis para brincar, correr, sujar, viver o mundo das fantasias, divertir -se, e futuramente, quando adultas, que possam lembrar com alegria os momentos felizes dessa que é a melhor fase da vida.

            Texto de Celso Garrefa

            Amor-Exigente de Sertãozinho

PREVENÇÃO À RECAÍDA

Um dos maiores desafios no processo de tratamento da dependência química são as frequentes recaídas de uma parte das pessoas que buscam ajud...